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Livro Impresso

Tchevengur



Literatura Russa


Sinopse

Tchevengur, único romance finalizado por Andrei Platônov, discute dialeticamente a utopia soviética comunista: nos anos 1920, Aleksandr Dvánov, filho de um suicida, e Stepán Kopienkin, acompanhado por seu rocim Força Proletária, erram pela estepe russa em busca do éden comunista e acabam em uma cidade alucinante, Tchevengur, onde seres humanos belos e possessos concebem o inconcebível paraíso. O livro, que no início fora intitulado Construtores da Primavera, projeta quixotescamente um mundo que poderia ter sido, beirando por vezes o absurdo ao expressar as ideias “ultrarrevolucionárias” das personagens cujas contradições são expressas na própria língua, ou nas várias línguas que povoam a paisagem platonoviana. Tchevengur, escrito entre 1927 e 1929, só foi publicado integralmente na Rússia em 1988 e, desde então, é apontado como um dos auges da produção de Andrei Platônov, que, munido de uma linguagem paródica-poética e ao mesmo devastadora, ocupa uma posição única na literatura russa e universal.

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ISBN relacionados

9788566122176 (ISBN de outro volume da coleção)


Metadados adicionados: 17/06/2024
Última alteração: 20/06/2024

Autores e Biografia

Platônov, Andrei (Autor) - Andrei Platônov nasceu nos arredores da cidade de Voronezh, em 1899. Após a Revolução, em 1918, ingressou no departamento eletrotécnico da politécnica ferroviária. Breve, entretanto, foi a sua tentativa de filiação ao Partido Comunista — as críticas feitas aos “revolucionários oficiais” em um artigo satírico tiveram como consequência a expulsão, em 1921, do “elemento instável e inconstante”. Nesse mesmo ano, publicou o seu primeiro livro — Eletrificação; no ano seguinte, o seu primeiro volume de poemas — A profundeza azul. A partir de 1927, se estabelece em Moscou, e os próximos dois anos talvez possam ser considerados os mais prósperos de sua vida literária. Entretanto, o ano de 1929 trouxe os primeiros ventos adversos ao destino de Platônov: suas novelas O Cidadão Estatal e Makar, o Duvidoso foram completamente devastadas pelos críticos literários. No outono do mesmo ano, Andrei Platônov, enviado em missão pelo Comissariado Popular da Agricultura, viaja pelas províncias da Rússia Central. Suas impressões resultam no enredo para a novela A escavação, onde o autor narra o “apocalipse da coletivização” numa linguagem apocalíptica. Concluída em 1930, a novela tampouco foi publicada durante a vida do autor. Durante a Segunda Guerra Mundial, atuou no front, como correspondente para o jornal “A Estrela Vermelha”. Ainda assim, no pós-guerra, viu-se novamente na condição de pária literário: nos últimos anos de sua vida, gravemente enfermo, o autor sobrevivia transcrevendo contos populares russos e bashquires, encontrando apoio material somente entre amigos próximos, tais como os escritores Mikhail Chólokhov e Aleksandr Fadiéev. Sem ver a sua obra reconhecida, Andrei Platônov faleceu em 1951, deixando as suas principais obras não publicadas.; Filíppova, Svetlana (Ilustrador) - A ilustradora, animadora e cineasta Svetlana Filippova se formou na Faculdade de Filologia da Universidade Estatal do Cazaquistão, em 1991, e na Escola Superior de Roteiristas e Cineastas em Moscou, em 1997. Foi aluna de grandes mestres da animação russa tais como Fiodor Khitruk, Yuri Norstein e Andrei Khrzhanovsky. Trabalha com pintura, desenho gráfico, litografia e animação. Participa regularmente de vários festivais de cinema, arte e exposições de livros na Rússia e no exterior. Seus filmes foram premiados nos mais importantes festivais internacionais, entre os quais destaca-se o Festival KROK. Pelas suas ilustrações do livro dos contos da Liudmila Ulitskaia, recebeu o primeiro prêmio da Associação dos artistas das artes gráficas. Entre os seus livros ilustrados, podem ser destacados as ilustrações do romance Tchevengur (ed. Vita Nova e ed. Ars et Vita), da coletânea Alamedas Escuras (ed. Vita Nova e ed. Ars et Vita), entre outras. ; Vragova, Maria (Tradutor) - Maria Vragova é tradutora, produtora cultural e curadora. Formada em Língua e Literatura Portuguesa pela Universidade Estatal de São Petersburgo em 2004, Maria Vragova vem desenvolvendo vários projetos de tradução desde então. Entre os principais trabalhos de tradução escrita podem ser destacadas a primeira tradução para o russo do romance “A terra somnâmbula”, de Mia Couto (2024), a primeira tradução para o português do romance “Tchevengur”, de Andrei Platônov (2022), a tradução de “Memórias de subsolo”, de F.M. Dostoiévski (2021), tradução do livro “O poster soviético” de V.Ivanov, uma encomenda da Universidade Federal de Minas Gerais (2011); primeira tradução para português do livro infantil “Tarakã, o bigodudo”, de Kornei Tchukovski (2016); tradução de várias novelas e contos para o livro “A revolução das mulheres”, v. 2: Memórias, poesias, cartas, romances (2016-2017). Maria realizou também a tradução do roteiro para o filme “Mikhail Tal”, assim como a tradução dos filmes apresentados na mostra de cinema russo “Entre duas épocas”, na Mostra de Animação Russa e na Mostra “Mulheres no cinema do Leste Europeu”.; Schneider, Graziela (Tradutor) , Perpetuo, Irineu Franco (Orelha) - Irineu Franco Perpetuo é jornalista e tradutor. Coautor, com Alexandre Pavan, de Populares & Eruditos (Editora Invenção, 2001), e autor de Cyro Pereira – Maestro (DBA Editora, 2005) História Concisa da Música Clássica Brasileira (Alameda Editorial, 2018), Como Ler os Russos (Todavia, 2021, segundo colocado no Prêmio Biblioteca Nacional, categoria Ensaio Literário – Prêmio Mário de Andrade) e dos audiolivros História da Música Clássica (Livro Falante, 2008), Alma Brasileira: A Trajetória de Villa-Lobos (Livro Falante, 2011) e Chopin: O Poeta do Piano (Livro Falante, 2012). Traduziu, diretamente do russo, Pequenas Tragédias (Editora Globo, 2006), Boris Godunov (Editora Globo, 2007), A Dama de Espadas e A Filha do Capitão (Ciranda Cultural, 2019), de Púchkin, Memórias de Um Caçador (Editora 34, 2013), de Ivan Turguêniev, Anna Kariênina (Editora 34, 2021), Sonata Kreutzer (no volume Tolstói e Tolstáia, Editora Carambaia, 2022) e A Morte de Ivan Ilitch (Coleção Folha Grandes Nomes da Literatura, 2016), de Tolstói, Memórias do Subsolo (Todavia, 2022), Gente Pobre (Ciranda Cultural, 2021) e O Eterno Marido (Ciranda Cultural, 2020), de Dostoiévski e Vida e Destino (Editora Alfaguara, segundo lugar no Prêmio Jabuti 2015) e A Estrada (Editora Alfaguara), de Vassíli Grossman, O Mestre e Margarida (Editora 34, 2017) e Os Dias dos Turbin (Editora Carambaia, 2018), de Bulgákov, Lasca de Zazúbrin (Editora Carambaia, 2017), Meninas, de Liudmila Ulítskaia (Editora 34, 2021), Xis e outras histórias (Editora Carambaia, 2022), de Ievguêni Zamiátinm Encontros com homens notáveis, de Gurdjieff (Goya, 2023) e, com Moissei Mountian, Salmo, de Friedrich Gorenstein (Editora Kalinka, 2017) e A Infância de Ivan, de Aleksei Tolstói (Editora Kalinka, 2020). Participou do grupo de cinco tradutores que traduziram O Arquipélago Gulag, de Soljenítsyn (Editora Carambaia, 2019).

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Criada em 2020, a Editora Ars et Vita é uma editora independente e multicultural, criada com o objetivo de divulgar autores pouco conhecidos do público brasileiro. Cerca de 90% do seu catálogo é constituido por projetos originais, concebidos pela Ars et Vita e desenvolvido com autores, artistas visuais e colaboradores, buscando um diálogo entre as artes visuais e a literatura.A Ars et Vita valoriza a pluralidade de vozes e olhares, a interdisciplinaridade e a transversalidade de temas, colaborando com as mudanças de paradigmas em curso em âmbito mundial.

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