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Marraio



Mattos, Rosa (Autor) - Rosa Mattos nasceu em Juiz de Fora, em 1949. Trabalha com encadernação e marmorização de papéis. Desde 1992, integra o grupo Cálamo, com o qual participou da antologia Desnorte. Leituras poéticas em torno à obra de João Guimarães Rosa (SP: Nankin, 1997).; Proença, Ruy (Orelha)

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Sinopse

Marraio: as aforções que a vida nos reserva, ser o primeiro a chegar e o último a partir é o mínimo que podemos desejar. É o mínimo que queremos da própria vida. Entre desejo e realidade, todavia, se interpõem planos de clivagem de toda espécie, criando uma tensão que atravessa longitudinalmente a poesia de Rosa Mattos neste seu livro de estréia.

O leitor verá que estréia, neste caso, muito além de linguagem inau-gural, morada de toda poesia digna do nome, significa oferenda de algo colhido após um longo período de maturação. Encontrará assim uma poética da experiência, forjada sob o impacto de um determinado real.

Que real é esse? O impacto na poesia de Rosa Mattos vem de uma concepção de contraste que move o real. Um tempo dual, pendular, ritmado por anáforas. De um lado, o tempo do desejo, da iluminação, da redenção. De outro, o tempo do de sencanto, da impotência, do desespero diante da máquina do mundo.
Eros e Tanatos terçam suas armas no tabuleiro dessa poesia.

Não por acaso, as pálpebras assumem o papel do pêndulo em vários poemas. Fechar ou abrir os olhos, como uma câmara escura, permite reconhecer e registrar sensorialmente a ambigüidade do real (Caixa de correspondência, Cavalo-marinho), instalar essa ambigüida-de na esfera do onírico (Sono), anular o risco do real (Se os olhos não vêem, Acalanto) ou colocar em xeque a própria eficácia da linguagem - espécie de miopia da expressão (Renúncia).

A poesia de Rosa Mattos, entretanto, não para aí. Nela, o drama e o deleite humanos são desdobrados em diferentes tempos e modos verbais. Ora o leitor encontra a narrativa, ora a constatação descritiva, ora a dissertação indagativa, ora a prece, ora a fábula, ora a sátira, ora uma incisiva erótica. Neste sentido, é
curiosa a quase ausência de tempos futuros, não fosse o raro emprego do futuro do pretérito em Fábula e Resgate. Posto que em alguns poemas,
como Poema de Natal ou Resgate, o modo subjuntivo faca as vezes de futuro, criando uma atmosfera intimista de prospecção hipotética ou condicional, a ausência verificada não deixa de ser um sinal de que esta poética se instala preferencialmente entre o passado e o presen te. Mais do que profetizar, sua aposta é queimar em praca pública a lenha da memória.

Diante do caráter precário e transitório da vida, o leitor escolhera, assim como faz o eu lírico, entre continuar a pagar as prestações de sua última morada - "cadáver adia do que procria" - ou desistir de morrer e ser marraio nos braços da poesia.

Ruy Proença



Sobre a autora: Rosa Mattos nasceu em Juiz de Fora, em 1949. Trabalha com encadernação e marmorização de papéis. Desde 1992, integra o grupo Cálamo, com o qual participou da antologia Desnorte. Leituras poéticas em torno à obra de João Guimarães Rosa (SP: Nankin, 1997).

Metadado adicionado por Alameda Editorial em 26/11/2018

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Metadados completos:

  • 9788586372230
  • Livro Impresso
  • Marraio
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  • 1 ª edição
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  • Mattos, Rosa (Autor) - Rosa Mattos nasceu em Juiz de Fora, em 1949. Trabalha com encadernação e marmorização de papéis. Desde 1992, integra o grupo Cálamo, com o qual participou da antologia Desnorte. Leituras poéticas em torno à obra de João Guimarães Rosa (SP: Nankin, 1997).; Proença, Ruy (Orelha)
  • Poesia brasileira, Janela do caos, rosa mattos, rosa mattos nankin, rosa mattos poesia, rosa mattos escritora, rosa mattos poeta, marraio rosa mattos, rosa mattos obras, marraio, marraio nankin, marraio alameda, marraio editora nankin, marraio editora alameda, marraio poesia, marraio livro
  • Literatura nacional
  • 869.915
  • Poesia / Geral (POE000000), Americana / Hispânica e Latina (POE005070), Assuntos e Temas / Geral (POE023000), Autoras Mulheres (POE024000)
  • Categoria -
    Poesia; Poesia moderna e contemporânea (aprox. 1900 em diante); Poesia de poetas individuais
    --
  • 2000
  • 11/10/2000
  • Português
  • Brasil
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  • Livre para todos os públicos
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  • 12 x 18 x 0.5 cm
  • 0.09 kg
  • Brochura
  • 72 páginas
  • R$ 48,00
  • 49019900 - livros, brochuras e impressos semelhantes
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  • 9788586372230
  • 9788586372230
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Metadados adicionados: 26/11/2018
Última alteração: 08/03/2024
Última alteração de preço: 08/03/2024

Sumário

Caixa de correspondência - 13
Cavalo-marinho - 15
Se os olhos não vêem - 17
Reserva - 19
Extrato - 21
Renúncia - 23
Remissão - 25
Fabula - 27
Acalanto - 29
Sono - 31
Acrobata - 33
Fortuna - 35
Pensão Primeiro Mundo - 37
Guess Who - 39
Blues como Blue - 41
Múltiplo - 43
Poema de Natal - 45
Trindade - 47
Ambrosia - 49
Resgate - 51
Diário de bordo escrito no seco - 53
Jazigo - 55 Na banheira - 57
Novo poema de Natal - 59
Dama-da-noite - 61
Viuvez - 63
Marraio - 65

SOBRE A AUTORA - 69
SOBRE A ILUSTRADORA - 69



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