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Estive lá fora



violência urbana; estudantes; literatura brasileira; ditadura; Graciliano Ramos; sertão; Pernambuco; Recife; repressão; romance de formação; medicina; anos 1970; desaparecidos; dúvidas; loucura; sexo


Sinopse

Do alto da ponte da Madalena, no Recife, Cirilo observa as águas lamacentas do Capibaribe. Está pronto para pular; é a segunda vez em quatro anos que vai até lá e, parado na borda, observa os caranguejos das margens. No entanto, algo o faz mudar de ideia. Ao perambular pelas ruas dilapidadas do centro, o leitor aos poucos passa a conhecê-lo. Cenário de pleno regime militar, no final dos anos 1960. Recife é uma cidade violenta. Cirilo está prestes a terminar o curso de medicina, mas a opressão que sofre de colegas e professores não mudou em todos esses anos. Escreve à mãe cartas angustiadas, e seus relacionamentos na cidade são instáveis. Geraldo, o irmão mais velho, é um líder estudantil cheio de certezas e ideais; está desaparecido, e o pai, que acompanha sua trajetória à distância, recolhido na fazenda da família, espera o pior. Cirilo deve encontrar o irmão; quer vê-lo, mas teme não ser compreendido quando se defrontarem. Ao narrar sua história, Ronaldo Correia de Brito retoma o fio de memória de Galileia para compor um romance inovador, tanto no aspecto estilístico quanto no temporal. Apesar da tragédia que marca a vida dos personagens principais, Correia de Brito frisa que o novo romance não é um livro sobre o golpe militar, mas principalmente sobre a relação entre familiares diante da insegurança, do medo e da incerteza diante do futuro.

Metadado adicionado por Companhia das Letras em 23/10/2024

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Metadados adicionados: 23/10/2024
Última alteração: 23/10/2024

Autores e Biografia

Brito, Ronaldo Correia de (Autor)

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