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No seio do rio
linhas que casam, que curam e que dançam: parentesco e corporalidade entre os Mura do Igapó-Açu



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Sinopse

O trabalho de Fernando Augusto Fileno tem a capacidade de nos proporcionar uma leitura que é, ao mesmo tempo, precisa e poética. Assim, somos conduzidos em uma viagem na qual as palavras são as canoas que nos levam ao longo do fluxo textual como se estivéssemos navegando pelas águas Mura do Igapó-Açu.

Percebe-se que a forma narrativa é algo fundamental, tanto para o autor quanto para os Mura. A escrita decorre de uma confluência. De um lado a sensibilidade de Fileno e de outro o povo indígena Mura cuja percepção está presente desde a epígrafe com a fala de Seu Agostinho. O texto congrega-se, certamente, aos principais estudos sobre os povos Mura, em conjunto com as pesquisas realizadas por Marta Rosa Amoroso e trabalhos recentes como os de Márcia Mura.
Pelas linhas os Mura casam, dançam e curam. E também pelas linhas navegam e narram.

As possibilidades de tais fluxos são imensas: por elas faz-se comércio, realiza-se rituais, comemora-se. E as linhas são também, e principalmente, as águas. O rio, as águas, o banho com o uso de elementos da cozinha. O banho que serve para tudo, sempre com a água que vem do rio. As águas são também os processos de constituição da pessoa Mura. O primeiro banho, os banhos curadores. O uso das panela, o uso das plantas, o uso dos temperos. E a constituição do coletivo em ciclos de mutualidade e reciprocidade, marcados também por conexões fluviais. Você que lê, sinta-se navegando. E descubra com os Mura que é possível conhecer quem chega apenas pelo som da remada.

Edmundo Peggion

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Fernando Augusto Fileno é mestre em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo. Formado em História pela mesma instituição, cunhou sua trajetória acadêmica no campo da Antropologia e em seu interesse pelas populações tradicionais do continente americano. Fotografo e documentarista, atualmente realiza atividades junto ao Centro de Estudos Ameríndios (Cesta-USP), do qual faz parte como pesquisador. Foi, contudo, seu encontro e estadia com os Mura do Igapó-Açu que o definiram como antropólogo e como um pouco mais humano.

Metadado adicionado por Alameda Editorial em 17/07/2019

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Metadados adicionados: 17/07/2019
Última alteração: 02/12/2024
Última alteração de preço: 02/12/2024

Autores e Biografia

Fileno, Fernando Augusto (Autor) - Fernando Augusto Fileno é mestre em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo. Formado em História pela mesma instituição, cunhou sua trajetória acadêmica no campo da Antropologia e em seu interesse pelas populações tradicionais do continente americano. Fotografo e documentarista, atualmente realiza atividades junto ao Centro de Estudos Ameríndios (Cesta-USP), do qual faz parte como pesquisador. Foi, contudo, seu encontro e estadia com os Mura do Igapó-Açu que o definiram como antropólogo e como um pouco mais humano.; Amoroso, Marta (Prefácio) , Peggion, Edmundo (Orelha)

Sumário

Prefácio 11
Introdução 15

Índios Caboclos 26
O problema 30
Capítulos 37
A escrita 41

I. Parentesco: parente é aquele que cria 45
Turmas 51
Panelas de consideração e Ajuri 57
A onomástica mura 67
O sistema de parentesco mura 71
A rede empírica através da Maqpar 76
Parentesco por consideração 91
Parentes de sangue e parentes de criação 96
Para-parentesco: compadres e comadres 106
Predação familiarizante na caça e na roça 112
Chefia mura, a agência dos pearas 127
Mais olho pra terra do que de terra pra água 136

II. Corporalidade: O corpo preparado 147
O filho e o banho de folhas 153
A mãe do corpo, uma mãe meio malvada 163
Um dia no rio Igapó-Açu 168
Maturação para a vida 173
Resguardos: criança, mulher e roça 185
As notícias viajam pelo rio: o prenúncio da morte 192
Os muitos corpos mura 197
Os mortos: misuras, espíritos do fundo e do centro 206
A Igreja “no meio do mato” 214
Tá pitiú? O código olfativo mura 220
O gosto pelo sangue 224
Uma teoria sobre agência e piché para o banho de folhas 233

III. As linhas que vão e vêm 245
O conjunto multicomunitário mura 251
As linhas que casam 261
A reunião 265
As linhas que curam 274
O trabalho 289
Linhas que dançam 307
As noites, as danças e o futebol 318
A fractalidade inerente às linhas 329

Conclusão 339
Corpos que se encostam 341
Linhas de consideração 344

Bibliografia 351
Anexo - Conexões de filiação (A1C1, A2C1, A3C2) e distribuição dos casamentos em seus respectivos anéis 365
Agradecimentos 371

Tabelas 375
Figuras 377



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