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Livro Impresso

A ideia de história na antiguidade clássica



Roma, História, Historiografia


Sinopse

Os gregos inventaram tudo? Em outubro de 1999, a Folha de S. Paulo trouxe uma longa entrevista com Jean-Pierre Vernant, intitulada

Os gregos inventaram tudo. Publicada pouco antes, em maio, pela revista francesa LHistoire, a tradução seguiu o texto original, exceto por um detalhe: na edição original, os leitores encontravam um ponto de interrogação em seu título Les Grecs ont-ils tout inventé?.

Este livro organizado por Glaydson José da Silva e Maria Aparecida de Oliveira Silva permite evocar o caso por duas razões. A primeira é que, para o jornalismo, o citado detalhe não faz qualquer diferença. Para a historiografia, porém, é precisamente ele que importa. É a interrogação acerca do que aconteceu que move todo exame sobre o passado, esse tempo-lugar multiforme, complexo e irrecuperável em si mesmo.

A segunda é que tal questionamento do passado, a investigação baseada em testemunhos a seu respeito, é uma atitude inaugurada pelos gregos, continuada pelos romanos e em muitos sentidos renovada e reformulada até o presente. Se isso parece confirmar a sentença jornalística, há que se notar, porém, que a invenção da História na Antiguidade Clássica não representaram um processo simples ou linear.

Ao problematizar esse processo sob a fecunda chave da ideia de História, esta obra coletiva oferece um panorama crítico que, centrado no mundo clássico, vai muito além dele: chega até nós, como um convite à reflexão sobre a natureza do trabalho do historiador.

Metadado adicionado por Alameda Editorial em 04/04/2018

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Metadados adicionados: 04/04/2018
Última alteração: 10/09/2024
Última alteração de preço: 10/09/2024

Autores e Biografia

Silva, Glaydson José da (Autor) - Glaydson José da Silva é mestre (2001) e doutor (2005) em História Antiga pela Universidade Estadual de Campinas - Unicamp, e professor do Departamento de História da Universidade Federal de São Paulo (desde 2008). Foi diretor associado e diretor do Centro do Pensamento Antigo Clássico, Helenístico e de sua Posteridade Histórica da Unicamp (2007-2011). Foi coordenador nacional do Grupo de Trabalho de História Antiga, da ANPUH. É líder do grupo de pesquisa Antiguidade e Modernidade: usos do passado. E editor chefe de Heródoto Revista do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre a Antiguidade Clássica e suas Conexões Afro-asiáticas, da Unifesp.; Silva, Maria Aparecida de Oliveira (Autor) - Maria Aparecida de Oliveira Silva Graduada em História, Mestre e Doutora em História pela USP. Pesquisadora e Professora Orientadora do Grupo de Estudos sobre a Antiguidade Clássica e suas Conexões Afro-asiáticas da Unifesp. Autora de Plutarco Historiador: Análise das Biografias Espartanas, Edusp, 2006 e Plutarco e Roma: O Mundo Grego no Império, Edusp, 2014. Publicou o Estudo seguido de Tradução e Notas de Plutarco, Da Malícia de Heródoto (Edição Bilíngue) Edusp/Fapesp, 2013.

Sumário

Prefácio - 9
Introdução - 11

PARTE I – GRÉCIA - 15
Apresentação - 17
1 – A “Novidade” do Canto na Odisseia, por André Malta - 21
2 – Heródoto: “Pai da História”?, por Leandro Hecko - 43
3 – Uma ambiguidade retórica tucididiana por Anderson Zalewski Vargas - 61
4 – Eurípides, o Poeta do Feminino: o caso de Alceste, por Fernando Brandão dos Santos - 91
5 – Considerações sobre a Visão de História de Xenofonte, por José Francisco de Moura - 115
6 – Platão e a História, por Hector Benoit - 131
7 – A idéia de História em Aristóteles, por María José Martín Velasco - 155
8 – O pensamento histórico de Políbio - uma ponte entre a tradição grega e a universalização da História, por María Leonor Milia e Claudio Horacio Lizárraga - 189
9 – A Ideia de História em Estrabão a partir do Relato sobre a Magna Grécia (Geografia, Livro VI), por Airton Pollini - 219
10 – História e biografia em Plutarco: o público e o privado na vida de Sólon, por Maria Aparecida de Oliveira Silva - 255
11 – Pausânias historiador?, por Gilberto da Silva Francisco - 281
12 – Luciano e sua Relação com o Discurso do Historiador, por Pedro Ipiranga Júnior - 301

PARTE II – ROMA - 329
Apresentação - 331
13 – A quem julgas apropriado escrever a história? O orador e o historiador no De Oratore de Marco Túlio Cícero, por Cláudia Beltrão - 335
14 - A ideia de História nos Commentarii De Bello Gallico, de César, por Glaydson José da Silva - 365
15 – Considerações sobre Salústio historiador, por Pedro Paulo Abreu Funari e Renata Senna Garraffoni - 399
16 – Usos da História na intriga da Eneida de Virgílio, por Paulo Vasconcelos - 413
17 – Texto e imagem: História. Como se faz a História sob(re) Otávio/Augusto, por Paulo Martins - 437
18 – A ideia de História em Tito Lívio, por Juliana Bastos Marques - 469
19 – Flávio Josefo: suas histórias e seu duplo alicerce historiográfico, por Luis Eduardo Lobianco - 495
20 – A ideia de história em Tácito, por Fábio Duarte Joly - 531
21 –Plínio, o jovem e a História: eloquência e posteridade, por Renata Lopes Biazotto Venturini - 551
22 – A idea de Historia em Suetônio, por Vicente M Ramón Palerm e Miguel Angel Rodriguez Horrillo - 577
23 – A construção de uma proposta de Ars governatoria na obra História romana, de Dion Cássio, por Ana Teresa Marques Gonçalves - 601



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