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Livro Impresso

O padrão de desenvolvimento dos agronegócios no Brasil e a atualidade histórica da reforma agrária



Desenvolvimento rural, Brasil, Globalização, aspectos econômicos, Projetos de desenvolvimento agrícola, Agricultura e desenvolvimento econômico, Sociologia rural


Sinopse

Inegavelmente, este livro revela o imenso potencial crítico deste jovem intelectual e militante marxista, um ser humano compromissado com apenas um dos lados sociais desta história. Nos dois campos ele foi corajoso. No primeiro, enfrentou o deserto acadêmico com seu posicionamento inquestionavelmente revolucionário. No segundo, ainda mais importante, desenvolveu uma ferramenta preciosa à reflexão crítica e autocrítica do movimento em que atua.

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Há bons motivos para recomendar este livro. A pesquisa feita com rigor acadêmico traz importantes implicações práticas para os diferentes agentes que estão envolvidos com a questão agrária brasileira.

Para argumentar em favor da atualidade desta questão, o autor reconstrói o processo histórico vivido nas últimas décadas garimpando os dispositivos legais e as políticas públicas que promoveram o surto neodesenvolvimentista no país.

Principalmente nos anos 2000, as ações governamentais, ao mesmo tempo em que criaram as condições para o avanço do capital financeiro no campo também redesenharam o “mundo rural” para servi-lo, processo que não se fez sem agravar os problemas socioambientais já existentes nas cidades e no campo e sem soterrar a possibilidade de redistribuir terras colocada pela reascensão dos movimentos sociais do campo na década de oitenta.

O livro analisa a atual situação econômica e social dos assentamentos rurais recentemente criados apontando a preocupante tendência à reproletarização (precária) dos trabalhadores rurais que, na prática, é o que tem mantido as famílias nas áreas ocupadas mas que, perigosamente, pode recolocá-las no ponto de partida que as fez entrar na luta pela terra.

Somente a visão arguta de quem conhece de perto, e profundamente, o cotidiano e os bastidores da luta dos trabalhadores rurais, assentados ou não, é que pode descortinar a falácia da melhoria real das condições de vida no campo que, supostamente, está sendo dada pela implantação do conjunto das políticas compensatórias de controle da pobreza em curso.

Do ponto de vista prático, esta perspectiva de compreensão dos processos sociais contemporâneos no campo brasileiro significa que,
avaliar a pertinência e a atualidade da questão agrária brasileira passa, necessariamente, por identificar em que lugares da estrutura social se encontram hoje os que neste país demandam terras (secularmente) para reproduzir a vida.


Rosemeire Aparecida Scopinho
Docente da UFScar

Metadado adicionado por Alameda Editorial em 25/10/2018

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Metadados adicionados: 25/10/2018
Última alteração: 03/11/2024
Última alteração de preço: 03/11/2024

Autores e Biografia

Firmiano, Frederico Daia (Autor)

Sumário

SUMÁRIO

Prefácio, 13
Apresentação, 17
Introdução, 21
Considerações sobre teoria e método, 29

A ASCENSÃO DOS AGRONEGÓCIOS NO BRASIL, 35
O contexto sócio-histórico de seu surgimento, 35
A preparação político-econômica da ascensão do agronegócio, 45
A concepção sistêmica de agricultura e o comando do capital transnacional no campo, 49
Uma nova força política: o surgimento da Abag nos anos de 1990, 54

O “ADMIRÁVEL NOVO MUNDO RURAL” DO PT, 67
A esperança e o desmonte do Plano Nacional de Reforma Agrária do governo Lula, 67
O desenho do “novo mundo rural” ainda na década de 1990, 70
A agricultura familiar e a precária situação da reforma agrária, 76
As demandas (prontamente atendidas) dos agronegócios, 90
A Lei de Biossegurança, o programa Terra Legal, o desmonte do Código Florestal e outras medidas em favor dos agronegócios, 96

O NEODESENVOLVIMENTISMO E O PADRÃO DE EXPANSÃO DOS AGRONEGÓCIOS, 105
O bloco de poder do governo Lula e a belle époque dos agronegócios, 105
O significado político da “frente neodesenvolvimentista” dos governos do PT, 111
Da dependência à servidão, da servidão ao padrão destrutivo do (neo)desenvolvimentismo, 117
O Estado na expansão do capital (trans)nacional e o padrão de reprodução do neodesenvolvimentismo: novamente, o BNDES,
122

A DEGRADAÇÃO SOCIAL DO TRABALHO E DA NATUREZA NO RASTRO DO AGRONEGÓCIO, 131
O “admirável novo mundo rural” dos conflitos, 131
Da acumulação primitiva aos limites absolutos do capital, 133
A degradação/precarização estrutural do trabalho: o setor sucroalcooleiro, o complexo da soja e o setor de carnes,
137
A degradação da natureza no curso da expansão do agronegócio, 147
A alienação das condições elementares da reprodução social, 151

O CONTROLE DO CAPITAL SOBRE AS UNIDADES FAMILIARES DE PRODUÇÃO AGRÍCOLA E NÃO-AGRÍCOLA NO CAMPO E O ESPECTRO DA PROLETARIZAÇÃO, 163
O espectro da proletarização nas unidades familiares de produção agrícola, 163
Duas pesquisas sobre assentamentos rurais na viragem do século, 165
O significado do processo de proletarização hoje, 168
Pluriatividade ou nova proletarização?, 170
O controle do capital sobre as unidades produtivas de famílias não-agrícolas no campo e a precarização estrutural do trabalho: o
caso das oficinas de confecção, no Rio de Janeiro, 175
A integração é horizontal, mas o comando é vertical: os casos dos setores fumageiro e avícola, 181
As unidades familiares de produção agrícola e/ou agropecuária sob a lógica do capital, 188
Existe rota de saída dentro da ordem? Uma pesquisa sobre a Coopan, no Rio Grande do Sul, 193

A ATUALIDADE HISTÓRICA DA REFORMA AGRÁRIA, 199
A questão agrária hoje, 199
A reforma agrária na encruzilhada, 203
A reforma agrária no quadro da estratégia democrático-popular, 207
O MST e a proposta de reforma agrária popular, 211
Um novo princípio econômico orientador para um novo programa de reforma agrária, 217
“Reforma agrária, uma luta de todos!”, 223

CONSIDERAÇÕES FINAIS, 227

REFERÊNCIAS, 235
Bibliografia citada, 235
Publicações periódicas, 249
Artigos de jornal e sítios eletrônicos, 251
Documentário citado, 252

AGRADECIMENTOS, 253



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