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Como contar os fatos
a história da narrativa do jornalismo de revista no século XX



Jornalismo, História, Comunicação, jornalismo de revista, formas de narrar revistas


Sinopse

“Eis uma máquina de linguagem. Como ela funciona?”. Essa era a indagação que o poeta Wystan Hugh Auden usava para ilustrar o fato de que a primeira questão que lhe interessava quando ele lia um poema era a técnica empregada.

Também enquanto “máquinas de linguagem”, as reportagens jornalísticas podem igualmente ser vistas sob essa perspectiva, que toma a técnica empregada na montagem das estórias como o elemento privilegiado de sua inscrição escriturária. É desta perspectiva que irá partir o presente trabalho, ao estudar como a narrativa jornalística de revista mudou no decorrer do século XX, a partir das modificações nos códigos compartilhados de narração.

Se a missão do jornalista é justamente contar histórias, os recursos técnicos aplicados para o seu cumprimento nem sempre foram os mesmos: é possível notar de maneira bastante clara que as técnicas empregadas nas montagens das estórias sofreram modificações consideráveis, calcadas em práticas profissionais que se deslocaram e em um campo de valores sujeito a constantes deslocamentos.

A história da narrativa do jornalismo de revista, portanto, está ligada aos procedimentos estilísticos padrões adotados pela prática e que determinavam diferentes conjuntos de pressupostos, em cada tempo histórico, na forma como uma estória deveria ser contada, de acordo com os valores profissionais vigentes.

Metadado adicionado por Alameda Editorial em 25/04/2018

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Metadados adicionados: 25/04/2018
Última alteração: 11/09/2024
Última alteração de preço: 11/09/2024

Autores e Biografia

Casadei, Eliza Bachega (Autor) - Eliza Bachega Casadei é doutora em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) e professora da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (FAAC-UNESP). Mestre em Ciências da Comunicação e bacharel em jornalismo pela ECA-USP.

Sumário

Sumário
Introdução: A História da Narrativa: pelo estudo dos códigos padrões de narração na reportagem em revista - 15
O que entendemos por uma história da narrativa do jornalismo de revista - 16
O lento advento da produção noticiosa no jornalismo de revista - 2
A história do jornalismo de revista e seus códigos padrões de narração - 31

Capítulo 1
O Jornalismo e seu Tripé Articulador: um lugar social, uma prática e uma escrita - 37
Entre as duas escoras do tripé: lugar social e prática da atividade jornalística - 39
Uma escrita: em torno das narrativas referenciais e do problema do referente - 46

Capítulo 2
O Jornalismo como Narrativa: a atualização de elementos virtuais em texto - 55
O modelo da análise estrutural da narrativa - 56
O modelo das três mímeses - 66

Capítulo 3
O Código Narrativo e a Tessitura de Vozes em um Texto: repetições e translações de sentido na forma da narrativa - 113
Da estrutura à estruturação: entre o diagrama e a partitura - 116
O(s) código(s) e os plurais da narrativa - 116
Os códigos na narrativa jornalística - 128
A partilha do sensível - 106
Últimas considerações de ordem metodológica - 109

Capítulo 4
A Revista da Semana e a Narrativa Mise en Abyme: a reportagem como martírio do repórter (1900-1940) - 113
Os códigos padrões de narração na Revista da Semana - 116
O código autorreferencial - 116
O código pathético - 128
O código protocolar - 134
A função testemunhal e o martírio do repórter - 140

Capítulo 5
O Cruzeiro e a Reportagem como Experiência: a divisão da função testemunhal entre o repórter e as fontes (1940-1960) - 151
Os códigos padrões de narração em O Cruzeiro - 159
O código experiencial em primeira pessoa - 159
O código experiencial em terceira pessoa - 164
O código biográfico - 171
O código do desvendamento - 177
O código evocativo - 179
A descaracterização dos códigos narrativos de O Cruzeiro nos anos 60 - 180

Capítulo 6
Manchete, Fatos e Fotos e Realidade: a busca por novos padrões narrativos no jornalismo dos anos 60 - 185
O projeto editorial da revista Manchete: um periódico de transição - 185
Os códigos narrativos da revista Manchete - 189
O código experiencial em primeira pessoa e o código experiencial impressionista - 189
Código inquiridor - 192
A explosão dos códigos experiencial em terceira pessoa e biográfico - 193
O código impessoal - 194
O código numérico - 200
O código analógico - 203
O código da opinião pública - 206
O projeto editorial de Fatos e Fotos - 210
O projeto editorial de Realidade - 212
Esboços de novos regimes narrativos na reportagem - 217

Capítulo 7
As Provas de Verdade e o Jornalismo Interpretativo: reportagem como tradução em Veja, Época e IstoÉ (1970-atual) - 221
O projeto editorial da revista Veja - 222
Os códigos padrões de narração na revista Veja - 226
O repórter como mero apurador - 226
O código do especialista - 229
O código da voz impessoal da ciência - 231
O código do prognóstico - 233
O código documental - 234
Reportagem enquanto duração versus reportagem enquanto tradução - 235

Considerações finais: o Jornalismo como Instituição Linguística e os Diferentes Regimes Narrativos na Reportagem em Revista - 253
Referências bibliográficas - 253
Agradecimentos - 263



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