Precisa de ajuda?

+ 55 11 99384-2442
[email protected]

Livro Impresso

A redescoberta de Debret no Brasil modernista



Debret, 1768-1848, Brasil, Arte, História, Viagens, debret viagem, Anderson Ricardo Trevisan, Anderson Ricardo Trevisan debret, A redescoberta de Debret no Brasil modernista, debret modernista, viagem de debret, debret editora alameda, livro debret modernista, anderson ricardo trevisan debret alameda, anderson ricardo trevisan alameda, editora alameda debret, seculo xix


Sinopse

Foucault disse, em História da Sexualidade II – O Uso dos Prazeres, que problematizar é a “tarefa de uma história do pensamento por oposição à história dos comportamentos ou das representações: definir as condições nas quais o ser humano “problematiza” o que ele é, e o mundo no qual ele vive”.

É isso que se pode esperar da leitura do profundo trabalho de investigação executado neste livro por Anderson Trevisan. Fundamentado no que há de mais instigante nas análises fincadas na Sociologia da Arte (os textos de Pierre Francastel, que inventa a disciplina na França dos anos 1950), temos sempre em primeiro plano de análise uma investigação direta das obras de arte, aqui as páginas da revista, eleitas como elemento primordial de constituição de significados. Com isso se escapa de alguns modismos, atuais e antigos, de ver as manifestações artísticas como “reflexo” das condições sociais nas quais nasceram ou, mais atualmente, como mera derivação de “estruturas objetivas” e/ou posicionamento de autores e mecenas em lutas por poder, simbólico ou não.

Este trabalho de Anderson começa, na verdade, anos atrás, quando elaborou sua dissertação de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da fflch-usp, sob o tema de “Aquarelas do Brasil: estudos sobre a arte “documental” de Debret.” Aqui, a pesquisa deslindou as dificuldades de um pintor francês, aluno de David, que aporta em terras brasileiras como membro da Missão Artística Francesa de 1816, com o intuito de tentar pintar esta estranha combinação entre realeza e trópicos, com baixíssimo índice de urbanização e apropriação bastante diferencial do que poderia ser concebido como civilização.

Agora, neste novo trabalho, todo este arcabouço de conhecimento se volta para um novo fenômeno social: a “redescoberta” de Debret no Brasil modernista. Redescoberta, à beira da reinvenção, que força o olhar investigativo a também se reinventar, problematizando o que vê, mas também o que se sabe sobre o que se vê, para dar conta desta imersão bastante peculiar que as telas e aquarelas de Debret vão encontrar nas páginas de uma revista impressa, de circulação imprecisa, que utiliza Debret não mais como alguém que colaborou na constituição da dimensão simbólica da realeza portuguesa em terras brasileiras, mas agora na direção da constituição de uma nação que quer se pensar e imaginar moderna e republicana.



Sobre o autor: Anderson Ricardo Trevisan é doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo, onde realizou também seu pós-doutoramento, com estudos sobre pintura e cinema. É pesquisador do Grupo de Pesquisa em Cinema e Literatura da Unesp de Marília e pesquisador colaborador e docente credenciado do Instituto de Estudos da Linguagem, da Unicamp, trabalhando junto ao projeto de cooperação internacional A circulação transatlântica dos impressos: a globalização da cultura no século XIX.

Metadado adicionado por Alameda Editorial em 05/04/2018

Encontrou alguma informação errada?

ISBN relacionados

--


Metadados adicionados: 05/04/2018
Última alteração: 08/05/2024
Última alteração de preço: 08/05/2024

Autores e Biografia

Trevisan, Anderson Ricardo (Autor) - Anderson Ricardo Trevisan é doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo, onde realizou também seu pós-doutoramento, com estudos sobre pintura e cinema. É pesquisador do Grupo de Pesquisa em Cinema e Literatura da Unesp de Marília e pesquisador colaborador e docente credenciado do Instituto de Estudos da Linguagem, da Unicamp, trabalhando junto ao projeto de cooperação internacional A circulação transatlântica dos impressos: a globalização da cultura no século XIX; Menezes, Paulo (Orelha)

Sumário

O passado revisitado - 15

Introdução - 19

Capítulo 1. Entre índios, heróis e monarcas - 25
Debret, o neoclassicismo e a “civilização” - 25
De aluno de David a membro da Missão Artística Francesa - 27
A “civilização” na bagagem - 43
Debret e a monarquia no Brasil - 49
A recepção de Debret no século XIX - 54
Os pareceres do IHGB - 55
O papel de Manoel de Araújo Porto Alegre - 66
Debret na arte brasileira – Gonzaga-Duque - 68

Capítulo 2. Crítica, colecionadores e instituições - 81
Castro Maya e aquisição do espólio de Debret - 89
As origens da coleção - 89
A exposição das obras - 96
Debret em circulação – outros espaços - 104
A crítica e o mercado editorial na redescoberta de Debret - 113
Taunay e a missão francesa - 114
O Brasil como assunto no mercado editorial - 122
O tradutor de Debret - 126

Capítulo 3. Revista da Semana, modernismo e nacionalismo - 133
A Revista da Semana: “o cinematógrafo da vida brasileira” - 133
Modernidade e nacionalismo - 140
A Revista da Semana e sua leitura do modernismo paulista - 149
Sobre o(s) Modernismo(s) - 166
Modernismo no Rio de Janeiro - 169
A arquitetura e o Modernismo Oficial - 169
Arquitetura e história nacional - 184

Capítulo 4. Debret na Revista da Semana - 201
Debret na Revista da Semana entre 1900-1930 - 202
“Ilustrando” histórias - 202
Imagens antigas no centenário da independência - 214
A cidade antiga em imagens - 227
Debret na Revista da semana entre 1930-1945 - 233
O Palácio de São Cristóvão - 233
Uma cena, vários carnavais - 236
Cenas de escravidão - 246
A imagem da mulher - 259
Um retrato de Debret - 271
O Álbum Debret - 276
As Belas Artes e o passado histórico - 285
Do histórico ao pitoresco - 294

Conclusão - 323

Referências bibliográficas - 327

Caderno de imagens - 357

Agradecimentos – 447

***



Para acessar as informações desta seção, Faça o login.