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Livro Impresso

Poéticas de fragmentos
história, música popular e cinema de arquivo



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Sinopse

O cinema e formas inéditas de música popular apareceram como novidades culturais na passagem do século XIX ao XX. O crescimento urbano e industrial, a movimentação demográfica e o avanço tecnológico marcaram as novas culturas populares então em decantação. É neste cenário de modernização que o cinema e a música popular constroem trajetórias singulares, muitas vezes convergentes no panorama da cultura contemporânea. No século XX, a música tornou-se fundamental para as estruturas da linguagem cinematográfica, apareceu como tema de seus enredos e ainda contou – e continua contando – suas histórias e de seus protagonistas.

No Brasil, cinema e música se associaram de imediato. Desde o cinema mudo, quando as películas tinham acompanhamento musical ao vivo, até o aparecimento do filme sonoro, como Acabaram-se os otários (1929), inspirado na canção “Deixei de ser Otário”, de Osvaldo Gogliano, o Vadico, passando por documentários como Vamos passear (1934), em que Cornélio Pires registra aspectos da música caipira.

Nos últimos anos, essas relações se intensificaram, com o cinema desempenhando papel decisivo na construção das narrativas sobre a história da música popular e de seus personagens. É um pouco dessa trajetória que o trabalho de Rubem Barros quer contar e compreender. Partindo da discussão sobre a cinebiografia, analisa e confronta duas obras distintas: A voz e o vazio: a vez de Vassourinha (1998), de Carlos Adriano, e Cartola, música para os olhos (2006), de Lírio Ferreira e Hilton Lacerda. Deste modo, produz forte tensão entre personagens e histórias distintas: a de um esquecido jovem intérprete paulistano de sambas e a longa trajetória de um consagrado compositor carioca.

A densidade do conflito, porém, está nas propostas de linguagem das duas obras: fragmentária, a primeira; linear, a segunda. E, ao debater a produção do chamado “cinema de arquivo” (ou a sua desconstrução), trata de questões importantes como o papel da biografia, da documentação/documentário, da formação de enredos e da construção de narrativas, cruzando problemáticas teóricas centrais do conhecimento histórico contemporâneo. Rubem Barros consegue traduzir todas essas intrincadas questões técnicas e teóricas que envolvem cada filme, comparando-os de modo claro, seguro e lúcido, o que garante uma leitura fluida e agradável.

Metadado adicionado por Alameda Editorial em 31/07/2018

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Metadados adicionados: 31/07/2018
Última alteração: 05/11/2024
Última alteração de preço: 29/10/2024

Autores e Biografia

Barros, Rubem Rabello Maciel de (Autor) - Rubem Rabello Maciel de Barros é jornalista e editor. Trabalhou nos jornais Folha de S. Paulo e Folha da Tarde e na Editora Nova Cultural. Foi editor das revistas Educação e Escola Pública, da Editora Segmento, da qual é atualmente diretor editorial. Em paralelo à carreira de jornalista, esteve sempre envolvido com o mundo do cinema, seja em produções (de forma bissexta), seja como simples cinéfilo ou pesquisador. ; Morettin, Eduardo (Prefácio) , Moraes, José Geraldo Vinci de (Orelha)

Sumário

Prefácio - 7
Introdução - 15

Capítulo 1. A voz e o vazio: a vez de vassourinha, poética da ruptura, história das ruínas - 51
Parte 1 - 53
Contexto de produção e matriz estética- 53
O que é possível ver em uma vida? - 60
A definição de um campo - 62
Linguagem e história - 66
Indícios da existência de Vassourinha, habitante das ruínas - 68
Pesquisa e concepção histórica - 72
A valorização do percurso: uma trajetória ensaística - 75

Parte 2 – Análise de A voz e o vazio: a vez de Vassourinha - 80
Parâmetros metodológicos - 80
Séries hipotéticas - 83
Segmentos/Blocos de sentido - 96
Signos e recorrências - 134
Conclusão - 137

Capítulo 2: Cartola, música para os olhos: a crônica sob as imagens e depoimentos - 141
Parte 1 - 143
Contexto de produção e matriz estética - 144
Aproximação biográfica - 152

Parte 2 – Análise de Cartola, música para os olhos - 156
Parâmetros metodológicos - 156
Sinopse e proposta de divisão em blocos de sentido - 157
Segmento 1: A juventude de Cartola e o nascimento do samba - 163
Segmento 2: Redenção, reconhecimento e morte - 185
Signos e recorrências - 206
Conclusão - 207

Capítulo 3: ritmos da história da música no cinema - 211
Matriz convergente, diálogos variados - 213
As escolhas: o lugar dos personagens na história da música brasileira - 217
Lugar de produção e enunciação inicial - 219
O trato com o arquivo - 220
Inovação, informação e redundância - 222
Intertextualidade ou dialogismo - 225
História e percurso - 228

Bibliografia - 231
Anexos - 243
Agradecimentos - 259



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