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Águas urbanas
as formas de apropriação das águas nas Minas: século XVIII



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Sinopse

As formas de apropriação das águas nas Minas Século XVIII

Este livro trata de uma história pouco comum: os usos das águas em Mariana, cidade escolhida para ser sede do bispado da Capitania de Minas Gerais, a partir 1745. Indispensável à sobrevivência, o precioso líquido era objeto frequente de sobressaltos por parte da população quando o excesso de chuvas transbordava a cidade.

Por outro lado, as dificuldades de abastecimento de água e a falta de chafarizes eram motivos de preocupação para as autoridades e também de conflitos entre os moradores. Sem água não era possível comer, minerar, lavar roupa, cuidar dos animais e das plantações.

Para resolver esses problemas, a Câmara da cidade precisou tomar várias providências ao longo da segunda metade do século XVIII, as quais são descritas e analisadas com grande habilidade pela historiadora Denise Maria Ribeiro Tedeschi.

Ela nos transporta aos labirintos subterrâneos de um aqueduto pouquíssimo conhecido, desvenda seu percurso, os construtores e usuários. Localiza também os antigos chafarizes de Mariana, repletos de lembranças e personagens, cujas trajetórias de vida permitem a reconstituição histórica do cotidiano da cidade e de seus moradores.

Sem descuidar dos múltiplos usos das águas nas atividades domésticas e produtivas, o estudo atenta ainda para as técnicas de construção no período, explorando um rico viés de análise da cultura material. Mas é nas relações que a autora estabelece entre as ações públicas da Câmara e as práticas privadas dos camaristas no exercício do poder que a complexa rede de abastecimento de água da sede do bispado de Minas Gerais revela os meandros da política e da administração coloniais com suas mazelas e benesses.

Apoiado em pesquisa rigorosa desenvolvida em arquivos brasileiros e portugueses e escrito em estilo elegante, além de muito agradável, o livro ora apresentado se constitui em estudo altamente original e contribuição importante para a história das cidades, da cultura material e da administração na América portuguesa.

Leila Mezan Algranti

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Rios e inundações, chafarizes e aquedutos, salubridade e escassez das águas. Águas urbanas desnaturaliza um dos hábitos mais banais e corriqueiros dos homens, o consumo da água. Refere-se aos usos da água na cidade de Mariana no século xviii, povoado aurífero das Minas Gerais, arrasado pelas enchentes e que teve sua organização espacial reformulada por ordem do monarca D. João v. A contenção, distribuição e abastecimento de água ocuparam as audiências da Câmara Municipal, envolvendo uma série de medidas administrativas e atores sociais. Funcionários régios e locais, moradores, mineradores e agricultores disputaram a posse do precioso líquido nesta cidade mineradora da América portuguesa. Esta obra desvenda o universo de apropriações e as práticas de consumo da sociedade colonial, que conferiram formas culturais ao precioso bem natural.

Metadado adicionado por Alameda Editorial em 09/04/2018

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Metadados adicionados: 09/04/2018
Última alteração: 11/11/2024
Última alteração de preço: 29/10/2024

Autores e Biografia

Tedeschi, Denise Maria Ribeiro (Autor) - Denise Maria Ribeiro Tedeschi é graduada em História (Bacharelado e Licenciatura) pela Universidade Federal de Ouro Preto, graduada em Arquivologia pela Universidade Federal de Minas Gerais, Mestre na área de História Cultural pelo programa de pós-graduação da Universidade Estadual de Campinas e Doutoranda pela Universidade de São Paulo. Professora de História da Educação Básica, Técnica e Tecnológica do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG, Belo Horizonte). Investiga história urbana nos séculos XVIII e XIX no Brasil; formas de abastecimento e práticas de consumo da água.; Furtado, Júnia Ferreira (Apresentação) , Algranti, Leila Mezan (Orelha)

Sumário

Sumário
Índice de imagens - 9
Índice de tabelas - 11
Índice de gráficos - 13
Apresentação - 15
Introdução - 21

Capítulo I. A água na produção espacial urbana - 27
1.1 A trama urbana na historiografia: agentes, formas e poderes - 37
Cidade planejada x cidade espontânea - 38
1.2 Cidade das águas - 51
Do arraial à cidade - 52
As águas do Carmo - 58
A reforma urbana - 64

Capítulo II. A rede de abastecimento de água - 77
2.1 O Aqueduto de Mariana - 89
Formas naturais - 89
O Aqueduto - 95
A medição do caudal e a mãe d’água - 100
O material e o percurso - 104

2.2 Oficiais construtores: a arte de conduzir e conservar as águas - 120
Arrematações e construtores - 122

2.3 O custo das águas: as despesas com a rede de abastecimento - 148
As receitas e despesas - 152
As obras públicas - 156
A administração das águas - 168

Capítulo III. O consumo das águas urbanas - 173
3.1 Chafarizes públicos - 175
O privilégio da água - 175
A disposição interna e espacial - 186
Normas e usos - 210

3.2 Salubridade urbana - 227
A saúde das águas - 231
Água vai! - 235
Águas estagnadas - 243
O limpo que não lava - 248

3.3 O serviço das águas - 267

Conclusão - 279
Fontes e Bibliografia - 285
Anexos - 325
Agradecimentos - 325
Índice de imagens



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