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Macabeias da colônia
criptojudaísmo feminino na Bahia



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Sinopse

Durante 500 anos o Brasil ignorou dois fenômenos fundamentais: a Inquisição e os cristãos-novos. Não houve setor que a Inquisição não interferiu, a fiscalizar comportamentos e crença dos descendentes de judeus lusos, forçados ao catolicismo. Apesar de nomes ilustres como Paulo Prado, Rodolfo Garcia, Capistrano de Abreu e outros publicarem documentos chamando a atenção para o Santo Ofício, o tema ficou ignorado. Em fins da década de 1960, os arquivos da Inquisição, altamente secretos, abriram-se ao público. Hoje, já podemos falar de uma historiografia brasileira sobre a inquisição. Com a mais fina sensibilidade resgatou a trajetória de uma ilustre família de cristãos-novos desde Portugal até Matoim, no Recôncavo da Bahia.

O autor focaliza importante momento do clã de Heitor Antunes, senhor de engenho e cavaleiro d’el Rei, quando diversos membros são acusados de praticar o judaísmo em segredo, presos e atirados nas gélidas masmorras da Inquisição. Foi a matriarca Ana Roiz, com 82 anos, a mais comovente vitima, pois de uma confortável vida como senhora de engenho, foi morrer abandonada e só, nos cárceres do Santo Oficio. A história da mãe de 7 filhos, dos quais três e mais uma neta acabaram presos, vem minuciosamente relatada, a revelar um Brasil desconhecido que palpitava nas franjas da sociedade, cujos membros criticamente resistiram em se deixar catolizar.

Chamando as mulheres de Macabeias, o autor simboliza o heroísmo dos Macabeus, para os quais a resistência à tirania era a verdadeira obediência a Deus. Obra de leitura obrigatória aos que procuram conhecer esse outro Brasil, povoado de judeus secretos, o funcionamento da Inquisição, a transformar cada vitima em cumplice, os subterrâneos da história colônia, e como se moldaram as mentalidade numa civilização construída na base da cultura do segredo. (Anita Waingort Novinsky)



Sobre o autor: Angelo Adriano Faria de Assis é graduado em História pela Universidade Federal Fluminense, onde obteve os títulos de mestre e doutor em História Social. É Professor Adjunto da Universidade Federal de Viçosa e membro da Cátedra de Estudos Sefarditas “Alberto Benveniste”, da Universidade de Lisboa. Escreveu artigos, capítulos e livros sobre Inquisição, cristãos-novos, criptojudaísmo feminino e resistência judaica no mundo ibero-americano. Autor de João Nunes: um rabi escatológico na Nova Lusitânia, publicado pela Alameda.

Metadado adicionado por Alameda Editorial em 18/05/2018

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Metadados adicionados: 18/05/2018
Última alteração: 09/04/2024
Última alteração de preço: 09/04/2024

Autores e Biografia

Assis, Angelo Adriano Faria de (Autor) - Angelo Adriano Faria de Assis é graduado em História pela Universidade Federal Fluminense, onde obteve os títulos de mestre e doutor em História Social. É Professor Adjunto da Universidade Federal de Viçosa e membro da Cátedra de Estudos Sefarditas “Alberto Benveniste”, da Universidade de Lisboa. Escreveu artigos, capítulos e livros sobre Inquisição, cristãos-novos, criptojudaísmo feminino e resistência judaica no mundo ibero-americano. Autor de João Nunes: um rabi escatológico na Nova Lusitânia, publicado pela Alameda.; Novinsky, Anita Waingort (Prefácio) , Gorenstein, Lina (Orelha)

Sumário

PREFÁCIO - 11

INTRODUÇÃO - 15

CAPÍTULO 1. Batizados em pé: os "judeus não judeus" em Portugal - 21
O Tempo dos Judeus em Portugal - 22
Tempo de perseguição, tempo de exclusão - 38
Por culpa de não ter culpa: o problema dos "judeus não judeus" - 58

CAPÍTULO 2. O clã dos Antunes e a esnoga de Matoim - 77
Das origens: os Antunes em Portugal - 77
Resistências, milenarismo e messianismo: Trancoso, Setúbal e outros exemplos - 107
Do reino à colônia: os Antunes na Bahia – 113
Macabeus de Israel e Macabeus do Trópico - 134
Improvisações e continuidades: as sinagogas clandestinas e o judaísmo possível - 142

CAPÍTULO 3. Esnoga devassada: a visitação quinhentista - 159
A voz geral contra a gente de Matoim - 159
Os Macabeus na Mesa da Inquisição – 193

CAPÍTULO 4. Ana Rodrigues e a esnoga doméstica - 221
"Jesus, estávamos quietos!": os Antunes nas acusações do Santo Ofício - 221
As Macabeias e os "sinais de judia” - 237
Patrimônio religioso e judaismo masculino dos Antunes - 267
Outras "rabis" - 279

CAPÍTULO 5. A desdita das "Macabeias" na teia do Santo Ofício - 307
Criptojudaismo feminino na colônia - 307
Do recôncavo ao reino... – 307
Nos Estaus... - 312
Os Macabeus processados - 332
Perante o Tribunal: *Para defender a memória, fama e fazenda da dita Ana Roiz" - 363
Ecos da memória - 381

CONCLUSÃO - 387
FONTES - 391
BIBLIOGRAFIA - 395
AGRADECIMENTOS - 409

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