Precisa de ajuda?

+ 55 11 99384-2442
[email protected]

Livro Impresso

Banho-Maria



Airton Paschoa, publicado em abril de 2009, Nankin, Livro selecionado pelo PAC 2007, Programação de Aço Cultura da Secretária Estatual de cultura de São paulo, Conto Brasileiro, Banho-maria, banho-maria livro, banho-maria contos, banho-maria editora nankin, banho-maria airton paschoa, banho-maria editora alameda, airton paschoa contos, airton paschoa editora nankin, airton paschoa editora alameda, airton paschoa literatura brasileira, airton paschoa literatura


Sinopse

Nas águas de Ver navios (2007), este livro acolhe a mesma diversidade de formas breves. Os escritos (ao autor repugna a palavra “textos”) vão desde contos e crônicas, passando por poemas piadas ou poemas em prosa, até poemas tout court, sem prosa. O diálogo com Ver navios não é apenas genérico. Assim, “Fantasia coral” replica “A truta” schubertiana do outro livro...

O que talvez não se reproduz inteiramente é o estado de espírito do eu lírico-narrativo. À semelhança do primo mais velho, “Banho-maria” (“O chiado não cessa. Mas basta controlar a pressão. Um suspiro e iria tudo pelos ares. Muito sábia a senhora minha avó. Viveu de chaleira na mão e um dia evaporou. Que Deus a tenha! que a chaleira está entre nós”) também serve de expressão à fisionomia geral do livro (captada com perspicácia pela ilustradora, Polyana Canhête, a qual converte a velha chaleira do escritor em outra ancestral sua, uma máquina de escrever, evidentemente avoenga).

O eu épico-lírico se abre agora em compasso de espera (“Oriente próximo”), mas compasso tenso, a que não faltam ameaças de explosão (“Cuíca” ou “Jornal Nacional”), e até mesmo explosões (“Justa causa” ou “Iluminação pública”). A tensão do livro não inibe o espaço destinado aos remansos da memória; ao contrário, quase que os cria, na tentativa de fugir à pressão (“Do outro lado”, “Estamos indo”). Posto não surjam tão mansos muitos remansos, nem seja a memória propriamente caso sempre de comemorar (“Educação a distância”). E aqui tocamos uma das chaves do livro.

A memória do futuro do passado, o outro nome da utopia piada, que chega com certo atraso ao País, constitui um dos motes centrais do díptico, justificando escritos como “Utopia não, pangéia”, “A queda”, sem contar a própria “Fantasia coral”, escritos a que não falta humor... tampouco dor.

O curioso, para não avivar eventual morbidez, é que, com estoutra “antologia” (de flores funéreas?), o escritor parece querer deslocar para o centro do seu trabalho um gênero típico de espólio literário, a “miscelânea”. Assim seja.
[depoimento do autor]

............................

Sobre o autor: Airton Paschoa é autor de Contos tortos (1999), Dárlin (2003) e Ver navios (2007), publicados pela Nankin, e foi um dos editores da rodapé - crítica de literatura brasileira contemporânea, revista que contou três números, também dados a público pela mesma editora. Com graduação em Jornalismo e mestrado em Literatura Brasileira na Universidade de São Paulo, escreve esporadicamente sobre cinema e/ou literatura e publica em algumas revistas de circulação nacional, como Novos Estudos Cebrap e Revista USP.

Metadado adicionado por Alameda Editorial em 10/08/2018

Encontrou alguma informação errada?

ISBN relacionados

--


Metadados adicionados: 10/08/2018
Última alteração: 16/02/2024
Última alteração de preço: 16/02/2024

Autores e Biografia

Paschoa, Airton (Autor)

Sumário

Lombalgia - 9
ad nauseam - 10
Sopro de vida - 11
Oriente próximo - 13
Fantasia coral - 14
A queda - 15
Utopia não, pangeia - 17
Educação a distância - 18
Catarata - 19
Caracas - 20
Desenho - 22
Folclore brasileiro - 23
Lei do ventre livre - 24
Casa de marimbondos - 25
Política de reparação - 26
Sarita - 27
Bursite, otite & outras inflamações - 28
Autofalante - 30
Justa causa - 32
Digamos Alísia - 34
A negra - 35
Os comedores de farinha - 37
Parente pobre - 38
Mesmo sangue - 39
O círculo - 41
Circo - 42
Cuíca - 43
O atrabiliário - 44
O estadista - 45
Brejo das almas - 46
Cidadania - 47
Parede - 48 Abertura - 49
Capitalismo utópico - 50
Jornal Nacional - 51 horário eleitoral - 52
O Bem e o Mal - 53
Meio circulante - 54
Garoto de Ipanema - 55
Primavera - 56
Nojo ameno - 57
Ó - 58
Carão - 59
A colcha - 60
Desgosto - 61
A bezerra de ouro - 62
Banho-maria - 63
veia literária - 65
Kiki - 66
E uma cabana - 67
Vi e Va - 68
O bis do abismo - 69
Pedreira - 72
O cubo ao quadrado - 73
Andantino - 74
O ateliê vermelho - 75
Procusto - 76
Abissínia - 77
Sem bálsamo - 79
Hípica - 80
Iluminação pública - 81
Satanismo - 82
O poeta aureolado - 83
Pena - 84
Museu de cera - 85
Sismo - 86
Programa - 88
Do outro lado - 89
Estamos indo - 90
Dor de costa - 91

SOBRE O AUTOR - 93

***





Para acessar as informações desta seção, Faça o login.