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Livro Impresso

Novos rumos para velhos muros
discurso e políticas de resistência



Ci~encias políticas, discurso


Sinopse

O projeto iniciado nos anos 1990 era de um muro que isolasse os latino-americanos, e esse muro, dispositivo de visibilização de uma fronteira entre o México e os Estados Unidos, desenhava um território habitado pelo medo. Um muro como texto (arquitetônico) de grande explicitude que, traduzido para o verbal, corresponderia a algo como “Fora daqui!”.
Depois, em julho de 2019, chegaram as gangorras de Rael e San Fratello para fazer frente às políticas antimigratórias e restituir às fronteiras sua vocação de território nuançado, matizado, cambiante. Construídas com apoio sobre o muro, em seu balanço contínuo, funcionavam como texto cinético, garantindo que “o que acontece de um lado tem consequências no outro”. Assiste-se, então ao texto-gangorras que requalifica o texto-muro, agenciando novas formas de contestação das forças monológicas que pretendem negar os hibridismos. Movimento heterotópico em cujo contexto se desenvolve uma reflexão sobre discurso e cenografia, sendo reafirmada a urgência de outras tantas gangorras para conter os fascismos dos muros que se impõem no contemporâneo. Primado do dispositivo-gangorra: artefato que, sob o modo lúdico, dá passagem a afetos de uma micropolítica ativa que desqualifica formas opressoras como os muros de fronteira.

Metadado adicionado por Editora Mercado de Letras em 16/01/2023

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Metadados adicionados: 16/01/2023
Última alteração: 01/06/2023
Última alteração de preço: 01/06/2023

Autores e Biografia

Rocha, Décio (Autor)

Sumário

SUMÁRIO

Prefácio
UM NOVO AGENCIAMENTO PALAVRA-PAISAGEM-PROCESSO 7
Bruno Deusdará e Poliana Arantes

Introdução
ALINHAVANDO UM PERCURSO 11

Capítulo 1
O QUE SE VÊ E O QUE APENAS SE PRESSENTE 23
Diferentes experiências com muros e paredes Dos muros literários aos muros do nosso cotidiano Marcos da construção do muro México-Estados Unidos Muros que povoam o planeta A quase invisibilidade de outros “muros”

Capítulo 2
AFETOS QUE PROMOVEM VIDA 57
Entre a macropolítica e a micropolítica – como emancipar a vida? Efeitos das formas e das forças em muro e gangorras Ainda sobre produção de subjetividade Mas por que a ordem de desmonte das gangorras? Sobre as gangorras heterotópicas Dos lugares antropológicos aos não lugares

Capítulo 3
TEXTUALIDADES DIVERSAS ENTRE MUROS E GANGORRAS 83
O real que se faz também com palavras Ação pela palavra e ação pelo movimento Do texto ao discursoHistoricidade e produção de sentido Diversidade dos planos de construção de um texto Um caso de compatibilidades entre diferentes dispositivos Das gangorras como práticas cinéticas Hora de falar de cenografias Cenografias e cenas validadas: deslocamentos conceituais Agenciamentos: territórios de heterotopias, micropolíticas e cenografias

Capítulo 4
UM MURO QUE SE REQUALIFICA 129
Experimentos que combatem o medo e reafirmam outros afetos Uma experiência de “desconstrução” do muro pelo verbal O devir-gangorra das palavras instauradoras Fazer resistência em sentido pleno Um outro lado do muro Objetos construídos como máquinas de guerra O que acontece de um lado e o que acontece do outro

CONCLUINDO: EM TEMPOS DE EMPAREDAMENTOS, GANGORREAR É PRECISO157
Instalar novas gangorras: como? Escrever este livro: por quê?

REFERÊNCIAS 169



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