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Livro Impresso

Origem do drama trágico alemão



Filosofia


Sinopse

A Origem do drama trágico alemão é a obra mais célebre de Walter Benjamin e uma das mais importantes do século XX. Talvez o leitor brasileiro, acostumado a referir-se a ela como Origem do drama barroco alemão, possa estranhar o título aqui proposto. No entanto, se a renomeação pode causar certo espanto a alguns, bastante surpresa vai provocar nos que voltarem ao título em alemão, Ursprung des deutschen Trauerspiels, publicado pela primeira vez em Berlim em 1928. A palavra barroco nunca dele constou, desde quando encabeçou a tese destinada a tirar do conforto tanto a academia quanto a vanguarda. Desta, destaca-se a reação de Asja Lacis, dramaturga de importante influên­cia sobre Benjamin (e, por intermédio deste, também sobre Bertolt Brecht). Benjamin a descreve como uma revolucionária russa de Riga, uma das mulheres mais notáveis que encontrei até hoje. Lacis relembra nas suas memórias o encontro em Capri no verão de 1924, lugar e momento da virada de Benjamin da filosofia para a literatura e, em parte a ela devida, do pensamento abstrato para o materialista, do qual ele todavia resguardou a tese então em andamento. Quando me disse que se tratava de uma investigação da tragédia barroca alemã do século XVII, que só muito poucos especialistas conhecem essa literatura, e que tais tragédias nunca são representadas – eu fiz uma careta: Para que ocupar-se de literatura morta? Ele ficou uns momentos calado, e depois disse: Em primeiro lugar, introduzo na ciência, na estética, uma nova terminologia. Quando se fala do drama moderno, usam-se termos como ‘tragédia’ e ‘drama trágico’ de forma indiferenciada, apenas como palavras. Eu mostro a diferença de princípio entre tragédia e drama trágico. Os dramas do Barroco expressam desespero e desprezo do mundo – são realmente peças tristes e trágicas; já a atitude dos tragediógrafos gregos e dos poetas propriamente trágicos em relação ao mundo e ao destino é a de uma total inflexibilidade. Essa diferença de atitude e de sentimento do mundo é importante. Tem de ser levada em consideração, e implica por fim uma distinção de gêneros – concretamente, da tragédia e do drama trágico. A dramaturgia barroca está, de fato, na origem das peças em que predominam a tristeza e o luto, muito comuns na literatura alemã dos séculos XVIII e XIX. Em segundo lugar, explicou, a sua investigação não era apenas um trabalho acadêmico, mas tinha uma relação muito direta com problemas de grande atualidade na literatura contemporânea.

Metadado adicionado por Grupo Autêntica em 26/09/2016

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Metadados adicionados: 26/09/2016
Última alteração: 12/03/2024
Última alteração de preço: 12/03/2024

Autores e Biografia

Benjamin, Walter (Autor) , Barrento, João (Tradutor)

Áreas do selo: ArtesAutoajudaDidáticos / Ensino FundamentalDidáticos / Ensino MédioEducaçãoGastronomiaHumanidadesIdiomas e referênciaInfantojuvenilLiteratura estrangeiraLiteratura nacionalParadidáticos / LeituraParadidáticos / ReferênciaSaúde, esporte e lazerTécnicosTeoria e crítica literáriaTurismo

Autêntica conta com mais de 700 publicações em seu catálogo. Reconhecida por seu trabalho com o público acadêmico e por suas obras destinadas às áreas das Ciências Humanas, a editora foi crescendo com o passar dos anos e passou a publicar livros com temas mais abrangentes e diversificados, como literatura brasileira e estrangeira de qualidade, com nomes de peso como Maura Lopes Cançado, Ferreira Gullar e Virginia Woolf. O catálogo contempla também obras de Antropologia, Cultura Negra, Sociologia, Historiografia, Comunicação, Cinema e Teatro, Biblioteca Escolar, Linguística, Educação, entre outros. A editora assumiu o desafio de trazer para a língua portuguesa obras de Filosofia fundamentais para seus leitores. Exemplos dessa empreitada são a tradução bilíngue (latim-português) da Ética, de Spinoza, e o Vocabulário de Foucault – Um percurso pelos seus temas, conceitos e autores, do argentino Edgardo Castro. Em 2011, criou a coleção Filô, contemplando autores clássicos e contemporâneos da Filosofia, que vão de Platão e Espinosa, a Walter Benjamin, Giorgio Agamben e Slavoj Žižek. Publicações importantes em áreas mais específicas da Educação, como Pedagogia/Formação de Professores, Filosofia da Educação, Educação de Jovens e Adultos (EJA), Educação Matemática, Ensino da Escrita e da Leitura, História da Educação, entre outras, integram o catálogo. Atualmente, a editora aposta em publicações de luxo, com capa dura e acabamento sofisticado, de nomes como James Joyce, Rubem Braga, Campos de Carvalho, Foucault e Thomas Moore. Além disso, é a responsável pela publicação de O Sumiço, tradução em língua portuguesa de La Disparition, romance de Georges Perec todo escrito sem a letra “e”.

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