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Livro Impresso

Inquérito às quatro confidências
Diário III



Literatura Estrangeira


Sinopse

Conto? Diário? Pinturas em palavras? Poesia? Filosofia? Em Llansol nenhuma e todas as alternativas estão corretas. Existem traços de cada uma delas, e, no entanto, sua escrita é única e não se reduz a nenhum gênero específico. Ou talvez inaugure aqui um novo gênero, o Inquérito. Embora tenha o subtítulo de Diário e, fiel a isso, registre os acontecimentos comuns cotidianos, o registro é feito por uma alma que pesquisa e aceita de forma incomum. Para quem o torvelinho de pó pode ser o grande acontecimento da manhã. Começa pelo fim. Pelo fica dito. Seus personagens são Figuras. Cada acontecimento é uma Cena Fulgor que pode ser tudo e pode ser nada. Ao mesmo tempo. Seu leitor é o Legente. Não um leitor que espera o começo, o meio e o fim, nessa ordem. Mas aquele que se abre para a possibilidade de ler e ver com outros olhos. Sua ética é a da paisagem. Que se sobrepõe ao humano. E seu universo é povoado de todos os pequenos nadas que não ganham uma significância extra, mas seu significado inexato. A escrita de Llansol está sempre tangendo o que não pode ser verbalizado. A ansiedade do indizível totalmente expressa na escolha da incompletude. Não a teorização sobre isso, mas o fazer disso. O que, por oposição, se completa. Há frases que no limiar dos mundos não devem ser escritas por inteiro. As frases de Llansol, que conseguem muitas vezes total autonomia do seu contexto, foram escritas no processo de perda do seu companheiro filosófico, e cada uma das suas Quatro Confidências enfrenta um espaço de dor universal e também cotidiana. Mas sem o sofrer que é provocado pela não aceitação. O sofrer por ver. O que nos faz lembrar outra escritora da língua portuguesa, a brasileira Maura Lopes Cançado e seu livro O sofredor do ver. Embora, no caso de Maura, as circunstâncias, muitas vezes, se imponham sobre o texto, as duas ressignificam a dor. Talvez porque, como diz Llansol: Ter nascido da escrita liquefaz a dor. Llansol propõe a escrita como o ato de fazer amor. O amor como o ato de escrever. Mais que citando, mas se conectando além do tempo e espaço com aqueles de quem é legente-amante: Pessoa, Herberto Helder, Rimbaud, Parmênides, Emily, entre outros. Em cada detalhe observado e narrado se percebe e assimila a consciência total do fazer parte. A arte como forma de reconhecimento de si e de cada pequena parte do todo. Uma só coisa. Llansol nos faz penetrar no mundo do entre o há e o não há. Um jeito diverso de estar entre o ser e o não ser. Alice Ruiz

Metadado adicionado por Grupo Autêntica em 26/09/2016

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Metadados adicionados: 26/09/2016
Última alteração: 19/01/2023
Última alteração de preço: 19/01/2023

Autores e Biografia

Llansol, Maria Gabriela (Autor)

Áreas do selo: ArtesAutoajudaDidáticos / Ensino FundamentalDidáticos / Ensino MédioEducaçãoGastronomiaHumanidadesIdiomas e referênciaInfantojuvenilLiteratura estrangeiraLiteratura nacionalParadidáticos / LeituraParadidáticos / ReferênciaSaúde, esporte e lazerTécnicosTeoria e crítica literáriaTurismo

Autêntica conta com mais de 700 publicações em seu catálogo. Reconhecida por seu trabalho com o público acadêmico e por suas obras destinadas às áreas das Ciências Humanas, a editora foi crescendo com o passar dos anos e passou a publicar livros com temas mais abrangentes e diversificados, como literatura brasileira e estrangeira de qualidade, com nomes de peso como Maura Lopes Cançado, Ferreira Gullar e Virginia Woolf. O catálogo contempla também obras de Antropologia, Cultura Negra, Sociologia, Historiografia, Comunicação, Cinema e Teatro, Biblioteca Escolar, Linguística, Educação, entre outros. A editora assumiu o desafio de trazer para a língua portuguesa obras de Filosofia fundamentais para seus leitores. Exemplos dessa empreitada são a tradução bilíngue (latim-português) da Ética, de Spinoza, e o Vocabulário de Foucault – Um percurso pelos seus temas, conceitos e autores, do argentino Edgardo Castro. Em 2011, criou a coleção Filô, contemplando autores clássicos e contemporâneos da Filosofia, que vão de Platão e Espinosa, a Walter Benjamin, Giorgio Agamben e Slavoj Žižek. Publicações importantes em áreas mais específicas da Educação, como Pedagogia/Formação de Professores, Filosofia da Educação, Educação de Jovens e Adultos (EJA), Educação Matemática, Ensino da Escrita e da Leitura, História da Educação, entre outras, integram o catálogo. Atualmente, a editora aposta em publicações de luxo, com capa dura e acabamento sofisticado, de nomes como James Joyce, Rubem Braga, Campos de Carvalho, Foucault e Thomas Moore. Além disso, é a responsável pela publicação de O Sumiço, tradução em língua portuguesa de La Disparition, romance de Georges Perec todo escrito sem a letra “e”.

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