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Livro de pré-coisas



poesia; metalinguagem; Pantanal; maria valéria rezende; paisagem; Natureza; mato; metáfora; andarilho; ciclo das águas; simplicidade; civilização; águas; campo; homem; interior; meio ambiente


Sinopse

A natureza é a matéria-prima deste Livro de pré-coisas, que celebra a conexão entre os seres e o ambiente sem distingui-los por importância, capacidade ou tamanho. A edição traz prefácio de Maria Valéria Rezende e imagens do acervo pessoal do poeta. “Quando meus olhos estão sujos da civilização, cresce por dentro deles um desejo de árvores e aves.” Esses versos tão atuais sintetizam este Livro de pré-coisas. Publicada originalmente em 1985, a obra consolida muitas das características que tornaram Manoel de Barros um dos maiores poetas brasileiros. Entre os traços mais marcantes de sua escrita, estão a já reconhecida singularidade de sua linguagem, que evoca imagens reinventando as palavras, e o rompimento com a lógica do mundo civilizado e com as fronteiras entre a prosa e a poesia. O personagem Bernardo, andarilho que atravessa toda a obra de Manoel, aparece aqui. E ele vem de longe “com sua pré-história” para ciceronear o leitor por esse universo tão rico — só ele é capaz de aplainar as águas com as mãos ou de assustar o mato. Bernardo, que representa a conexão do homem com a natureza, tem como seu “grande luxo” justamente “ser ninguém”. A natureza, para o poeta, não é um cenário ou uma espécie de reservatório de clichês — a natureza é, acima de tudo, a matéria-prima de sua poesia.

Metadado adicionado por Companhia das Letras em 23/10/2024

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Metadados adicionados: 23/10/2024
Última alteração: 23/10/2024

Autores e Biografia

Barros, Manoel De (Autor) , Ferraz, Regina (Capista)

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