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MAYA



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Sinopse

Sim, elas importam.
Com botas e panelas penduradas nos ombros seguiam os exércitos nas guerras, eram amantes, rameiras, bruxas e curandeiras, dançavam nuas, cozinhavam, espalhavam doenças e bebedeiras, eram más e eram boas, lutavam, matavam, perdiam pedaços ou morriam. Elas eram as “vivandeiras”.
Maya, escrava fugitiva adolescente por elas amparada. Maya à beira da morte, Maya nas carretas dos sobreviventes a caminho de Porto Alegre onde grassava um machismo desatinado e um primitivismo tosco. Maya nutrida pela sabedoria dos povos originários e os mitos africanos conversava com a lua e as estrelas, emocionava-se com as cores do poente e a elegância das garças. Maya na cidade, Maya entre mulheres revolucionárias e ousadas, mulheres que sapateavam em cima do machismo, soltavam prisioneiros farroupilhas, brigavam pelo divórcio, o voto feminino, por mulheres nas universidades e pela abolição da escravatura.
Maya aluna e amiga de Luciana de Abreu, uma das primeiras feministas brasileiras. Maya leitora, Maya sonhadora, Maya pensadora e questionadora. Maya e a Capelinha da praça do Novo Lugar onde mulheres gaúchas reverberam com a antiga escrava e vivandeira o feminismo que assusta, semelhante àquele que, décadas além, levaria às ruas de Londres as sufragistas inglesas.
Sim, elas importam.

Maya é um livro sobre mulheres. Mulheres da antiga Província do Rio Grande, mas que ainda persistem em nós porque moldaram nossa história. Maya é um romance de mulheres fortes e combatentes, que tiveram sua trajetória escrita a ferro e fogo, mas também com doçura e solidariedade. Maya é sobre figuras femininas que escreveram a história à sombra dos donos do poder, vencendo escravidão, lutas e desigualdades. Em uma narrativa poderosa, Hilda Simões Lopes dá vida a personagens singulares, de classes mais abastadas ou escravizadas, cultas ou analfabetas, traçando entre elas o fio do destino e revelando uma faceta pouco explorada do continente sulino. Aí se entrelaçam a vivandeira Maria Cadela, as mestras pioneiras Maria Clemência Sampaio e Luciana de Abreu, e as abastadas senhoras Maria Josefa da Fontoura e Maria Eulália da Fontoura d’Agan. Numa prosa fluida e atraente, Hilda escreve um romance sobre o nosso Rio Grande (mas também sobre o Brasil), que vai dos tempos da escravidão ao final do século XIX, da menina baiana Iara à poderosa Maya e seus ancestrais de África. Maya é um grande romance, mas também a confirmação de uma escritora que conhece suas raízes e que usa a palavra para falar de mulheres e seus sonhos, vivências e inquietações. Eis o grato prazer da leitura – e o que de melhor a literatura pode realizar?

Maria Eunice Moreira
Doutora em Letras

Metadado adicionado por Libretos em 13/06/2025

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Metadados adicionados: 13/06/2025
Última alteração: 13/06/2025

Autores e Biografia

Lopes, Hilda Simões (Autor) - Hilda Simões Lopes é natural de Pelotas, RS. Graduada em Direito e mestre em Sociologia, pesquisadora social e professora universitária, seus livros falam de mudanças sociais, das condutas-desvio e da evolução do feminismo. Ganhou o prêmio Açorianos com a A superfície das águas (Iel/RS, 1997), foi finalista do mesmo prêmio com Cuba, casa de boleros (AGE, 2000) e finalista do prêmio Minuano com A maçã da Rainha Má (Literare Books, 2021). MAYA (Libretos, 2025) é o décimo primeiro livro da autora.

Sumário

Sumário

– 9 – Prefácio
A trajetória da mulher rumo ao entendimento e à liberdade, por Miguel Frederico do Espirito Santo

– 13 – 1.
Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, 1825
– 37 – 2.
– 53 – 3.
– 73 – 4.
– 99 – 5.
– 127 – 6.
Porto Alegre, 1828
– 145 – 7.
– 169 – 8.
– 197 – 9.
– 215 – 10.
– 239 – 11.
– 255 – 12.
– 287 – 13.

– 301 – Nota da autora
– 307 – Créditos das imagens
– 309 – Biobibliografia



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