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Livro Impresso

Memorialismo e resistência
estudos sobre Carolina Maria de Jesus



Carolina Maria de Jesus, Literatura Marginal, Literatura de Resistência


Sinopse

“O que motivava Carolina a escrever era, segundo arma, um estado de ‘fusão mental’, uma manifestação involuntária que a inquietava mentalmente e só arrefecia com a escrita: ‘Quando escrevia tinha a impressão que o meu cérebro normalizava-se’ (Jesus, 1994, p. 186). Antes de seus textos terem-lhe valido a denominação de poetisa e de ela ter recebido explicações sobre essa palavra, atribuía a vontade irresistível de escrever a uma patologia: ‘Eu pensava que as coisas que brotavam na minha cabeça eram provenientes dos meus dentes. Procurei um dentista, solicitando um exame, êle não quis extraí-los’ (Jesus, 1994, p. 188). Mesmo depois de se tranquilizar com relação ao diagnóstico, Carolina continua a manifestar inquietação ante a vontade imperiosa de escrever, que fugia ao seu controle. Essa vontade é denominada aleatoriamente de ‘ideias literárias’, ‘ideias poéticas’ ou ‘pensamento poético’, dos quais ela vai falar insistentemente em todos os cadernos, seja para registrar a presença do incômodo, para manifestar tranquilidade com sua ausência, ou para tentar relacioná-lo à situação de miséria que enfrentava” (Elzira Divina Perpétua)

Metadado adicionado por Paco Editorial em 30/08/2019

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Metadados adicionados: 30/08/2019
Última alteração: 22/01/2024
Última alteração de preço: 22/01/2024

Autores e Biografia

Arruda, Aline Alves (Organizador), Barroca, Iara Christina Silva (Organizador), Tolentino, Luana (Organizador), Marreco, Maria Inês (Organizador)

Sumário

Anos ou Danos Dourados? Modernização, Escrita Feminina, Diários Mineiros – Carolina Maria de Jesus e Maura Lopes Cançado; Carolina de Jesus: Pensamento Poético, Linguagem Clássica e Ideal de Vida; As Fronteiras da Palavra em Carolina Maria de Jesus; Carolina Maria de Jesus e o Associativismo Político Cultural Negro nos Anos 1960; Catar Papel se Limita com Escrever: Rompendo os Muros da Miséria Silenciada; Para Além do Testemunho, a Obra Poética de Carolina Maria de Jesus; A Representação da Mulher em Carolina Maria de Jesus: entre o Estereótipo e a Escrita de Si; A Fome da Escrita – Paratextos no Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus; A Escrita Performática de Carolina Maria de Jesus em “Minha Vida” e “Sócrates Africano”; Escrita e Moradia em Carolina Maria de Jesus e Virgínia Woolf; Conceição Evaristo e Carolina Maria de Jesus: Resgate da Memória e Construção da Identidade; Interseções e Diferenças nos Discursos de Carolina Maria de Jesus em Quarto de despejo e Delia Zamudio em Piel de Mujer; Palavra Escrita: Instrumento de Resistência nas Vozes Narrativas de Carolina Maria de Jesus e Alice Walker; A Poética do Fora e a Escrita de Carolina Maria de Jesus: Gênero e Subalternidade; Projeto Carolinas ao Vento, Centenária e Atemporal: Difundindo nossas Negras Memórias.



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