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O mito da desterritorialização



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Sinopse

"Em O mito da desterritorialização, Rogério Haesbaert questiona o discurso do ""fim dos territórios"" e propõe a concepção de multiterritorialidade, observando a desterritorialização como territorialização precária de grupos como os sem teto e os sem terra. “O mito da desterritorialização é o mito dos que imaginam que o homem pode viver sem território, que sociedade e espaço podem ser dissociados, como se o movimento de destruição de territórios não fosse sempre, de algum modo, a sua reconstrução em novas bases. Território é enfocado aqui numa perspectiva geográfica, intrinsecamente integradora, sempre em processo, a territorialização como domínio (político-esconômico) e a apropriação (simbólico-cultural) do espaço pelos grupos humanos. A globalização neolibiberal acabou difundindo o mito do “fim dos territórios” (confundido muitas vezes com o “fim do Estado”), onde a “aniquilação do espaço pelo tempo” seria responsável por grande parte do “preconceito espaço-territorial” que envolveu cada vez mais os territórios em uma carga negativa, vistos mais como empecilhos ao “progresso” e à mobilidade, a ponto de (teoricamente, pelo menos) submergirem no mar da “fluidez” ou das redes que tudo dissolve e desagrega.. O grande dilema deste início de milênio não é o fenômeno da desterritorialização, como sugerem autores como Paul Virilio, mas o da multiterritorialidade, a exacerbação da possibilidade, que sempre existiu, mas nunca nos níveis contemporâneos, de experimentar diferentes territórios ao mesmo tempo, reconstruindo constantemente o nosso. Desterritorialização seria de fato a territorialização extremamente precária a que estão sujeitos, cada vez mais, os “aglomerados humanos” dos sem teto, sem terra, e dos tantos grupos minoritários na sua luta pelo “território mínimo” do abrigo e do aconchego cotidianos.” "

Metadado adicionado por Grupo Editorial Record em 04/12/2023

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Metadados adicionados: 04/12/2023
Última alteração: 01/03/2024
Última alteração de preço: 01/03/2024

Autores e Biografia

Haesbaert, Rogério (Autor)

Áreas do selo: ArtesAutoajudaEducaçãoGastronomiaHumanidadesInfantojuvenilLiteratura estrangeiraLiteratura nacionalReligiãoSaúde, esporte e lazerTécnicosTeoria e crítica literáriaTurismo

Selo criado no começo dos anos 1950, inicialmente ligado a um grupo português, e parte do Grupo Record desde 1996, Bertrand Brasil é uma marca de grandes histórias. Casa de vencedores do Prêmio Nobel, como Pablo Neruda e Ernest Hemingway, Bertrand Brasil se firmou como uma referência para romances dos melhores narradores contemporâneos, como a chilena Isabel Allende, de quem o selo já lançou mais de duas dezenas de obras, e o britânico Matt Haig, autor de um dos maiores sucessos recentes, A biblioteca da meia-noite. Bertrand Brasil tem tradição em imaginar passados longínquos, seja com as reconstruções do Egito Antigo por Christian Jacq, com a França de reis aventureiros do século 14 de Maurice Druon ou a Holanda do século 17, com Moça com brinco de pérola, de Tracy Chevalier. É, ainda, um selo de grandes mestres do romance de amor, como Nora Roberts, Barbara Delinsky e Judith McNaught. E casa, também, de grandes nomes brasileiros, do marco da dramaturgia brasileira Dias Gomes, da contadora de histórias Leticia Wierzchowski, das criatividades de Zack Magiezi e Carpinejar.

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