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O idioma pedra de joão cabral



Crítica; Brasil; poesia


Sinopse

O poeta João Cabral de Melo Neto construiu, ao longo de sua obra, uma poética mineral. São versos, metrificados ou não, que contam muito da vida do Nordeste com seu povo e seus hábitos. A sua linguagem - aqui nomeada 'idioma pedra', alimentada na memória de uma infância vivida em meio às canas e às usinas de açúcar, em Recife, com a seca e a fome dando direção à mão que escreve - traduz um Brasil singular. Alguns de seus poemas como 'Morte e Vida Severina', considerado um Auto de Natal pernambucano, e 'O Cão Sem Plumas' ou 'O Rio', empreendem uma viagem na escrita que nos levam a querer ler poesia brasileira, pois o aprendizado se dá com as narrativas de costumes e de geografias várias. Tal empreitada avança com as palavras de pedra, caroço, osso, faca, deserto, entre outras, para identificar na língua um 'escrever em nordestino'. O poeta João Cabral apresenta os seus poemas perseguindo uma construção arquitetada. Ele vai colocando os versos 'como se fossem tijolos'. 'É por isso que posso gastar anos fazendo um poema: porque existe planejamento', nos diz em entrevista. De acordo com o que vamos encontrando ao longo desse caminho, podemos nos surpreender e verificar que a obra de João Cabral escreve Recife e seus restos, e as inúmeras viagens do poeta pelo mundo, mas, ainda inscreve o nome próprio do poeta na poética que se desdobra na fórmula Cabral/cabra.

Metadado adicionado por Perspectiva em 22/08/2023

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Metadados adicionados: 22/08/2023
Última alteração: 02/01/2024
Última alteração de preço: 02/01/2024

Autores e Biografia

Rebuzzi, Solange (Autor)

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