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eBook

Guarda-chuvas esquecidos



linguagem, Extravios, Extravagâncias, Impurezas, Idioma tátil, Idioma Tático


Sinopse

Quem nunca perdeu um guarda-chuva nunca perdeu um amor. Guarda-chuvas esquecidos, novo livro do paraibano Antônio Mariano, resume esse extravio de ser que é o ato líquido da linguagem. Alguma coisa termina sendo esquecida no translado, na fala, no deslocamento do corpo da poesia. Essa porção olvidada, esse objeto deixado para trás na realidade, volta depois em poema. O poeta rouba de si para dar a si. Ler essa obra não é estar diante de uma única rua, um estilo apenas, mas de uma rodovia com inúmeras possibilidades de acesso. Traz um pouco de cada olhar musical: tropicalismo, bossa, jazz, samba, frevo, capoeira. Eclético como a oscilação emocional de cada leitor. O idioma do escritor é

tátil às vezes,
tática sempre.

Um Antônio Mariano revela-se na extravagância e nas impurezas, no suor secreto das falhas, desilusões e desacertos do cotidiano. Nessa antologiam oferece um novo livro e resgata os anteriores O gozo insólito (1991) e Te odeio com doçura (1995). Tem o domínio da síntese e da guinada metafórica: “Nunca fui arrecife.” Suas imagens aprenderam a brevidade dos epitáfios para gerar vida. Vida que signifique irritação, inquietação, inconformidade, contradição.

Nesse copo guardarei
água boa de outra sede

Ele é prisioneiro de seus segredos. Adia a liberdade, por perceber que só a indiferença é livre. Segue no altos e baixos do eletroencefalograma. Carrega nas tintas de propósito, porque toda vivência já é um exagero. O vocabulário vem do uso comum, nada rebuscado. As diferenças são as fraturas que propõe, os arranjos inusitados, as metonímias e os paralelismos criando um estrangulamento melódico reduplicando os sentidos. Em alguns momentos, o poema é surreal:

Copo de cerveja:
absinto passado a limpo

Como não concordar com essa epifania? Ver com Antônio Mariano é enxergar diferente o que foi exaustivamente visto. Da mesma forma que ele faz releituras de influências como João Cabral, percebe o mais difícil. Por exemplo, que o poeta não significa pose e inspiração, porém a renúncia do texto. “Ser poeta é não ser.” Com seus anjos de óculos e girassóis de abismos, Guarda-chuvas esquecidos não corta os dedos da prosa. Depois da leitura, as roupas ficam com cheiro de viagem.

Fabrício Carpinejar

Metadado adicionado por Lamparina em 21/04/2021

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Metadados adicionados: 21/04/2021
Última alteração: 21/04/2021

Autores e Biografia

Mariano, Antônio (Autor), Carpinejar, Fabrício (Apresentação), Daniel, Claudio (Prefácio)

Sumário

Prefácio
Enigmas para uma esfinge
Claudio Daniel

I
Pretéritos

Uma rosa, mais que uma rosa

Narciso ao avesso

Do sal e das pedras

A Serguéi Iessiênin,

Angústia de um computador

A outra faca

Navegadores

Construção de miragem

Cena aberta

ANTEDILUVIANA

A língua dos poetas

X, Y, N

Aula de comunicação

Coveiro filósofo

Exílio

Estas mãos

II
Dispersos

Manifesto

Garrafas extraviadas

Afasia

Mensageiro dos ventos

Vazante

Before the dream

Eco do oco

Violento

Cromossomos

Transforma/se

Letras brancas
sobre um fundo escuro

III
Desorientações

I

II

III

IV

V

VI

VII

VIII

IX

X

XI

XII

XIII

XIV

XV

XVI

XVII

XVIII

XIX

XX

IV
Primeiro resgate
O gozo insólito

Um adeus

Exceção à teoria

Voragem

Inconfesso

Relação consuetudinária

O luar

Poema limpo

Evocação de Federico García Lorca

Noções de conjunto

Metafórico

Existencialismo

Definiilição

V
Segundo resgate
Te odeio com doçura

Alquimia do ódio

Consolo

Submissão

Uma hipótese

Outra hipótese

Manual de navegação

Nunca mais

Pêndulo fixo

História universal

Lot & Perseu

Condicionante ore rotundo

Reflexão do alto de um 8º andar

Anotações a grafite

Alvorecer em eclipse

Ato de amor

Motivo

Na memória dos espasmos

Dialética

Negativos

Da eternidade



Áreas do selo: ArtesAutoajudaConcurso públicoEducaçãoHumanidadesInfantojuvenilLiteratura estrangeiraLiteratura nacionalSaúde, esporte e lazerTécnicosTeoria e crítica literária

A Lamparina editora foi criada em 2004, no Rio de Janeiro. No catálogo inicial, obras de literatura — ensaios, romances, textos infantojuvenis, poesia e teatro. Em 2007, a Lamparina incorporou ao catálogo títulos da DP&A editora. O nome é inspirado na infância da editora Tereza Andrade – que lia à luz de lamparina quando criança –, e uma referência ao objeto, que, com querosene ou óleo, é combustível ao saber, ao conhecimento, à curiosidade. Pavio que, aceso, produz chama que ilumina. Hoje, com o designer Fernando Rodrigues como sócio e responsável pela produção editorial e gráfica, a Lamparina abrange em seu catálogo obras de excelência de ciências humanas e sociais, comunicação, arte, direito, educação e pedagogia, filosofia, geografia, história, ciências políticas, arquitetura e urbanismo. Nossos títulos e autores receberam reconhecimento em prêmios, indicações a prêmios literários e/ou foram adotados em programas de fomento à leitura, além de citados em trabalhos e recomendados em bibliografias para concursos de relevo. Com 16 anos de existência, Lamparina publicou obras dos mais respeitados pensadores e pesquisadores brasileiros e internacionais, referências em vários centros de ensino. Entre os nossos autores e ilustradores estão Heliana Conde, Stuart Hall, Milton Santos, Massimo Canevacci, Rosimeri de Oliveira Dias, Regina Abreu, Donaldo Schüler, Maria Esther Maciel, Antonio Negri, Walter Omar Kohan, Elvira Vigna, Maria Amália de Oliveira, Lília Ferreira Lobo, Erika Moreira Martins, Maria Lúcia Lemme Weiss, Márcio Piñon, Julia Adão Bernardes, Estela Scheinvar, Ana Clara Torres Ribeiro, Catia Antonia Silva, Henri Acselrald, Hassan Zaoual, Marcio Caetano, Paulo Malgaço da Silva Junior, Acácio Augusto. #lamparinaeditora #leialamparina

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