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O filho do pescador - Edição anotada



Sousa, Teixeira e (Autor) - Filho mais velho do português Manoel Gonçalves e Ana Teixeira de Jesus, brasileira afrodescendente, Teixeira e Sousa nasceu em Cabo Frio, em 28 de março de 1812. Sua trajetória mostra que apenas o talento para as letras não lhe seriam suficientes para alcançar o lugar de destaque que conquistou na história da literatura brasileira. Foi preciso também obstinação. Aos 10 anos, devido às dificuldades financeiras do pai, que era comerciante, precisou trocar os estudos de latim pela carpintaria. Para aperfeiçoar-se no ofício, mudou-se para a capital, em 1825. Mas, cinco anos mais tarde, voltou à terra natal, onde descobriu que todos seus irmãos haviam falecido. Os anos seguintes também não lhe pouparam de perdas. Segundo registros biográficos, em 1834, todos seus familiares já haviam morrido, e, sozinho no mundo, Teixeira e Sousa retorna de vez ao Rio em 1840, conseguindo empregar-se na tipografia do jornalista Francisco de Paula Brito, de quem mais tarde tornou-se amigo e sócio. Casou-se em 1846 com Carolina Maria Teixeira e Sousa, com quem teria seis filhos. Ao longo de sua carreira, a literatura esteve relegada a segundo plano, enquanto tentava de diferentes formas garantir sua subsistência, conciliando como pôde, ao longo da década de 1840, a produção de suas obras e o trabalho no estabelecimento do tipógrafo carioca. Em 1849, passou a exercer o cargo de professor público de Instrução Primária, na região do Engenho Velho, o que lhe permitiu oferecer um melhor conforto à sua família. E, em 1855, obteve a nomeação para escrivão da 1ª Vara do Juízo do Comércio da Corte, cargo que exerceu até o fim da vida. Teixeira e Sousa faleceu em 1º de dezembro de 1861, aos 49 anos, em decorrência de uma hepato-enterite. Sua morte foi abordada pelos principais jornais diários da cidade do Rio de Janeiro e por alguns periódicos literários de renome, como A Marmota e a Revista Brasileira. O Diário do Rio de Janeiro, na edição de 3 de dezembro, publicou um texto sobre a vida e a obra do autor. No artigo, o escritor é lembrado como um “exemplo civil e literário”. Além de “O Filho do Pescador”, são obras do autor: As Fatalidades de Dois Jovens (1846), Tardes de um Pintor ou As Intrigas de um Jesuíta (1847), Gonzaga ou A Conjuração de Tiradentes (1848-1851), Maria ou A Menina Roubada (1852-1853), A Providência (1854), Cânticos Líricos (1841 — 1842), Os Três Dias de um Noivado (1844), A Independência do Brasil (1847-1855), Cornélia (1844) e O Cavaleiro Teutônico ou A Freira de Marienburg (1855).

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Sinopse

Esta edição de O filho do pescador tem o objetivo de fornecer aos leitores ferramentas para que apreendam detalhes preciosos do romance de Antônio Gonçalves Teixeira e Sousa. Estão contextualizados, por exemplo, termos em latim, referências à mitologia grega, logradouros do Rio de Janeiro antigo e palavras comuns ao português falado no Brasil durante o século XIX. O filho do pescador foi publicado em 1843. É apontado por estudiosos como o primeiro romance brasileiro. A editora Sophia – cabo-friense, assim como o autor – pretende colaborar com a difusão da obra de Teixeira e Sousa, cujo protagonismo merece ser amplamente reconhecido. A obra conta com 596 notas de rodapé elaboradas por Gustavo Rocha, doutor em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (RJ). Teixeira e Sousa deixou uma vasta produção literária, conforme nos conta Hebe Cristina da Silva no prefácio: romances [O Filho do Pescador (1843), As Fatalidades de Dois Jovens (1846), Tardes de um Pintor ou As Intrigas de um Jesuíta (1847), Gonzaga ou A Conjuração de Tiradentes (1848 — 1851), Maria ou A Menina Roubada (1852 — 1853), A Providência (1854)], poesias [Cânticos Líricos (1841 — 1842), Os Três Dias de um Noivado (1844), A Independência do Brasil (1847 — 1855)], peças teatrais [Cornélia (1844), O Cavaleiro Teutônico ou A Freira de Marienburg (1855)], traduções [Lucrécia, de M. Ponsard (tragédia — 1845), Mazepa, de Lord Byron (novela — 1853)] e obras diversas [Os Coros do Concerto-Monstro (letras de canções — 1845), As Mensageiras de Amor (letras de modinhas — 1851), A Sorte (“livro de divertimento” — 1851)]. Teixeira e Sousa nasceu em 1812 e morreu em 1861, aos 49 anos, vítima de uma hepato-enterite. Seu legado está imortalizado em obras como O filho do pescador, capítulo dos mais importantes da história do romance nacional.

Metadado adicionado por Sophia Editora em 15/05/2024

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Metadados completos:

  • 9786588609286
  • Livro Impresso
  • O filho do pescador - Edição anotada
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  • 1 ª edição
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  • O filho do pescador
  • Sousa, Teixeira e (Autor) - Filho mais velho do português Manoel Gonçalves e Ana Teixeira de Jesus, brasileira afrodescendente, Teixeira e Sousa nasceu em Cabo Frio, em 28 de março de 1812. Sua trajetória mostra que apenas o talento para as letras não lhe seriam suficientes para alcançar o lugar de destaque que conquistou na história da literatura brasileira. Foi preciso também obstinação. Aos 10 anos, devido às dificuldades financeiras do pai, que era comerciante, precisou trocar os estudos de latim pela carpintaria. Para aperfeiçoar-se no ofício, mudou-se para a capital, em 1825. Mas, cinco anos mais tarde, voltou à terra natal, onde descobriu que todos seus irmãos haviam falecido. Os anos seguintes também não lhe pouparam de perdas. Segundo registros biográficos, em 1834, todos seus familiares já haviam morrido, e, sozinho no mundo, Teixeira e Sousa retorna de vez ao Rio em 1840, conseguindo empregar-se na tipografia do jornalista Francisco de Paula Brito, de quem mais tarde tornou-se amigo e sócio. Casou-se em 1846 com Carolina Maria Teixeira e Sousa, com quem teria seis filhos. Ao longo de sua carreira, a literatura esteve relegada a segundo plano, enquanto tentava de diferentes formas garantir sua subsistência, conciliando como pôde, ao longo da década de 1840, a produção de suas obras e o trabalho no estabelecimento do tipógrafo carioca. Em 1849, passou a exercer o cargo de professor público de Instrução Primária, na região do Engenho Velho, o que lhe permitiu oferecer um melhor conforto à sua família. E, em 1855, obteve a nomeação para escrivão da 1ª Vara do Juízo do Comércio da Corte, cargo que exerceu até o fim da vida. Teixeira e Sousa faleceu em 1º de dezembro de 1861, aos 49 anos, em decorrência de uma hepato-enterite. Sua morte foi abordada pelos principais jornais diários da cidade do Rio de Janeiro e por alguns periódicos literários de renome, como A Marmota e a Revista Brasileira. O Diário do Rio de Janeiro, na edição de 3 de dezembro, publicou um texto sobre a vida e a obra do autor. No artigo, o escritor é lembrado como um “exemplo civil e literário”. Além de “O Filho do Pescador”, são obras do autor: As Fatalidades de Dois Jovens (1846), Tardes de um Pintor ou As Intrigas de um Jesuíta (1847), Gonzaga ou A Conjuração de Tiradentes (1848-1851), Maria ou A Menina Roubada (1852-1853), A Providência (1854), Cânticos Líricos (1841 — 1842), Os Três Dias de um Noivado (1844), A Independência do Brasil (1847-1855), Cornélia (1844) e O Cavaleiro Teutônico ou A Freira de Marienburg (1855).
  • romantismo, teixeira e sousa, filho do pescador, machado de assis, paula brito, cabo frio, romance, historia do romance brasileiro, antonio gonçalves teixeira e sousa, primeiro romance, primeiro romance brasileiro
  • Literatura nacional
  • B869.3
  • Literária (FIC019000)
  • Categoria -
    Obras de referência literária
    Qualificador -
    Romantismo
  • 2024
  • 10/05/2024
  • Português
  • Brasil
  • --
  • Livre para todos os públicos
  • --
  • 16 x 23 x 0.94 cm
  • 0.18 kg
  • Brochura
  • 180 páginas
  • R$ 65,00
  • 49019900 - livros, brochuras e impressos semelhantes
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  • 9786588609286
  • 9786588609286
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  • Sabemos que Antônio Gonçalves Teixeira e Sousa (1812-1861) era cabo-friense e que foi o primeiro romancista brasileiro com a publicação de O filho do pescador, em 1843. Ao longo do tempo, fomos conhecendo mais e melhor a vida do autor, ajudados pela publicação de livros relacionados ao escritor e pela motivação que oferece a Semana Teixeira e Sousa, evento literário de Cabo Frio que existe há mais de 30 anos. Assim, passamos a compreender que nosso escritor cabo-friense estava antenado com sua época e que em seus livros transparece, além do texto literário propriamente dito, um olhar sociológico, filosófico e ético, fontes renovadoras de sua produção. O filho do pescador traz a marca inconfundível original ao olhar para o negro como um ser universal, recusando a abordagem institucional de situá-lo tão somente como instrumento de trabalho sem feição humana. Em seu último livro, A providência, de 1854, Teixeira e Sousa dá o último passo, o estético, ao destacar os encantos da personagem Jacintha, que tinha consciência de quem era. Esse tema, o da beleza da mulher negra, era vedado nas letras nacionais. Essas posições de Teixeira e Sousa eram mais que desafiadoras em seu tempo, marca de seu modo de ver o mundo e a realidade brasileira. Esta edição comentada é digna de elogios na medida em que nos dará um maior entendimento dos vários aspectos do texto e uma compreensão atualizada deste livro, que já é um clássico. *Texto de orelha por José Correia Baptista

Metadados adicionados: 15/05/2024
Última alteração: 15/05/2024

Sumário

NOTA DOS EDITORES | 8
APRESENTAÇÃO | 10
PREFÁCIO | 22
CAPÍTULO I – MAS EU SOU TÃO POBRE! | 24
CAPÍTULO II – MAS, MEU PAI, EU AMO! | 30
CAPÍTULO III – VIVAM OS NOIVOS! | 38
CAPÍTULO IV – DEUS É GRANDE! | 52
CAPÍTULO V – É UM HOMEM QUE VINHA FALAR COMIGO! | 58
CAPÍTULO VI – TALVEZ ELE TIVESSE TANTO QUE FAZER AINDA SOBRE A TERRA | 68
CAPÍTULO VII – E NESTE LUGAR? E NESTA HORA? | 74
CAPÍTULO VIII – E TU ME ARGUES? TU? | 78
CAPÍTULO IX – DEUS TE PERDOE | 84
CAPÍTULO X – A MINHA PONTARIA FOI MORTAL | 92
CAPÍTULO XI – TÃO TARDE, TÃO TARDE, MEU LINDO CAÇADOR! | 98
CAPÍTULO XII – EU | 108
CAPÍTULO XIII – UM FANTASMA! | 114
CAPÍTULO XIV – EU HEI DE TE AGRADECER! | 122
CAPÍTULO XV – CONTO CONVOSCO | 130
CAPÍTULO XVI – AMANHÃ! | 138
CAPÍTULO XVII – QUE VEJO! | 146
CAPÍTULO XVIII – A ELE DEVO TODOS OS MEUS MALES! | 154
CAPÍTULO XIX – OLHA, MEU FILHO! | 160
CAPÍTULO XX – UM EPÍLOGO E REFLEXÕES | 170



Áreas do selo: HumanidadesLiteratura nacional

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