Balões vítreos

Macêdo, Lucíola (Autor) - Lucíola Freitas de Macêdo nasceu em Fortaleza. Antes de Belo Horizonte, viveu em Salvador, Brasília, São Luiz e Ghilarza, na Sardenha. Trabalha como psicanalista, é membro da Escola Brasileira de Psicanálise e da Associação Mundial de Psicanálise. É mestre em Filosofia e doutora em Psicanálise pela UFMG. Tem pós-doutorado em Psicanálise e Sociedade pela PUC-MG. Dirigiu a coleção de psicanálise Estudos Clínicos, pela Editora Scriptum. Foi editora da revista Curinga (EBP-MG) e da revista Correio (EBP). É curadora do “Lacan na Academia: Conversando com a Literatura” (EBP-MG & Academia Mineira de Letras). É autora do livro de poemas "Soante" (Ed. Scriptum, 2013) e de "Primo Levi, a escrita do trauma", publicado pela Editora Subversos em 2014, finalista do Prêmio Jabuti em 2015. Publicou "Trauma, solidão e laço na infância e na adolescência" (Organizado com Nohemi Brown e Rodrigo Lyra) pela EBP Ed., 2017, e "Mutações do laço social: o novo nas parcerias" (Organizado com Elisa Alvarenga) pela EBP Ed., 2020.

Poesia

Sinopse

Afinal, pergunta Lucíola, poesia “para quê?”, senão para celebrar? Senão para cantar, e cantando, tornar a língua matéria viva, “repente sequioso”, “labiríntico de sons”? Para que poesia, senão para ir com “guizos em tropéis”, no delírio de um Joyce que se imagine à caça “do chiado da jiripoca”, que se busque derramado no idioma dos canindés? Poesia é riscar o arco “do não dito”, é “raiz do que não se vê”. É chuva que “chama zumbido”, é sobretudo o lugar onde estranha e maravilhosamente se enforquilham no mesmo ponto do mapa as cidades de Cadiz e o recôndito povoado de Garapuá, na ilha de Tinharé.
Dividido em cinco partes (“Nordestinas”, “Entre galhos, peixes”, “Enluaradas”, “Linha d’água” e “Semáforo”), “Balões vítreos” alcança com sua música vasta e seu palavreado único aquele fruto em que a linguagem viceja, plena de maravilhas. “À boca do átrio”, em meio a cardumes e águas – e dialetos e pedras – em “genuína ferocidade”, a poeta ergue na pronúncia sua convocação de corpo, de dança. Com ela, somos chamados a constatar: “estamos vivos”. – Mar Becker

Metadado adicionado por Quixote+Do em 09/08/2024

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