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Livro Impresso

Antologia poética da imigração lusófona



Antologia, Poética, Imigração, Lusófona, Lucas Augusto da Silva


Sinopse

O imigrante é uma pessoa à deriva, em busca de ilhas do capitalismo nas quais possa viver melhor? Não será ele sempre tratado nestas ilhas como o estrangeiro incômodo, o pobre, o escuro, o ignorante, pela mesma cultura colonialista que um dia explorou os recursos e as gentes da terra de onde veio? O imigrante compreende melhor a sua terra através das distâncias oceânicas da saudade? Explorado num mercado de trabalho que só lhe concede a parte bruta e mal paga do sistema produtivo, não seria melhor estar ele entre a sua gente, que pelo menos não o olha “de fora”? O que ama, o que pensa, o que sublima o imigrante sob o peso do racismo, da xenofobia, da misoginia, em seu exílio, voluntário ou não? Em sua pesquisa de doutoramento no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Lucas Augusto da Silva fez-se estas e muitas outras perguntas. Tinha por propósito aprofundar-se no discurso dos imigrantes, para trazer à luz seus aspectos históricos, culturais e sociais. Optou, em determinado momento, por conhecer também aquela face do discurso que talvez esteja menos condicionada pelo aparato repressor das “verdades” fabricadas: a poesia, com seu ímpeto verbal intuitivo, lírico, trágico, transversal. Abriu um edital para poetas imigrantes lusófonos, espalhou panfletos e cartazes em várias cidades de Portugal e acabou amealhando 102 poemas. Em fins de 2019 me procurou, perguntando-me se não queríamos publicar o patchwork poético, que é também um estudo sociológico e um sismógrafo dos profundos movimentos que abalam a alma lusófona. Concordei de imediato. A resposta a todas aquelas perguntas cabe agora ao leitor procurar.

Marcos Pamplona

Metadado adicionado por Kotter Editorial em 04/12/2020

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ISBN relacionados

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Metadados adicionados: 04/12/2020
Última alteração: 10/10/2022

Autores e Biografia

Silva, Lucas Augusto da (Organizador)

Sumário

Este livro faz parte da pesquisa de doutoramento em Discursos: Cultura, História e Sociedade que decidi empreender no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. É a primeira vez que tento conciliar dois dos campos os quais costumo frequentar: a poesia e a academia. Mas, porque a fronteira entre diferentes linguagens é só mesmo uma linha de cal frouxa e apagada no gramado, me parecem bem-vindas todas as tentativas de atenuar este limite e torná-lo simplesmente uma ponte.

Abri uma chamada pela internet, imprimi centenas de cartazes e panfletos, e os distribuí nas cidades por onde passava durante seis meses. Algumas/alguns poetas descobriram o edital em casa, outras/os na rua, alguma/algum outra/o pela minha própria boca, e tivemos 102 poemas como resultado deste processo.

Os versos desta antologia são muito particulares e dotados de ritmos muito pessoais, mas há uma linha que conecta todos os pontos desta curva: a experiência da imigração enquanto aventura humana, como diria o meu querido amigo e editor deste livro Marcos Pamplona. Nem todos os poemas tratam do caminho da/o imigrante, mas todos eles foram concebidos durante a caminhada – que é única, singular e politicamente coletiva.

Lucas Augusto da Silva



Ronaldo Cagiano

Thiago Sogayar Bechara

Nádia Barbosa

Diógenes Carvalho Veras

Eugênio Borges

Kátia Casimiro

Eduardo Prado Cardoso

Antonio Tzara

Nunes Zarel·leci

Lira de San’Tiago

Rui Lora

Murilo Lense

Vitor Varella

André Feitosa

Carolina de Toledo Braga

Tatiana Cobbett

Samara Ribeiro

Duda Laurent

Jorgette Verónica Dumby

Carlos Augusto Cacá

Francisco Mateus

Ezequiel V. de Brum

Francisco Welligton Barbosa Jr

Jorge Baptista Carran



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