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Livro Impresso

Hóstia pela metade, A



Carlos Kahê, A Hóstia Pela Metade


Sinopse

Ao folhear este livro e se deparar com a densidade dos textos, o leitor logo vai perceber que caminhará alguns sítios, além da poesia: a ideia do autor é realizar, com novos leitores, uma espécie de conversão para a leitura: que seja poesia, contanto que não se esbarre na metrificação simples ou na crueza da rima fácil. A hóstia pela metade é um companheiro de viagem para quem receia as longas viagens da prosa, mas não se realiza com o verso languidamente impuro.

A abordagem à dura missão do artífice arranca o sangue do poema que dorme; exalta o ossuário do verso que morre, e leva o poema a sangrar. Com febre e expectorando, o poeta abre os olhos à crueza das ruas, ao fazer uma espécie de redescoberta da vida, numa viagem deliciosa e instigante pelo passado. Em O grande soldado, ele faz um recorte sobre o pós-guerra em que um soldado divino abre o livro do coração para saudar os oprimidos: homens, mulheres e o próprio soldado. Talvez, a maneira de o poeta enxergar, na poesia moderna, a voz atuante, capaz de denunciar as tragédias urbanas, especialmente suburbanas, principalmente quando tenta comparar o árido romantismo de agora com o lirismo da vida passada, em Ela só tinha oito anos. Antecipa os acontecimentos do presente projetando-os no futuro, como em Arte de rua, em que o autor denuncia a fome e o empobrecimento voraz nas cidades, neste período de franco fascismo: velhos maltrapilhos, homens, mulheres e crianças ocupando plataformas vestindo trapos, fumando guimbas… se agrupando, formando comunidades, expulsos que foram do Estado. De outro lado, a engenharia de sonhos é ampla e não se restringe aos eventos ilusórios ou amorosos; pelo contrário, o poeta cria, ao abrir o livro da vida, as carências afetivas: doenças ou lutas constantes com a razão, saúda com poesia o envelhecimento, em O lago doce do homem ou A igreja no topo da colina, a fé esquecida e o florescer sobre a aridez da romântica complexidade.

Qual é o tempo exato do poema, fora da realidade e dos sonhos? seria a floração apontada pelos espíritos iluminados que trazem à sala os doces encantos que o revigoram? descobriremos ao folhear o novo trabalho de Carlos Kahê. O poeta, ainda não se sentindo farto de sua produção, confessa: Eu tenho muita coisa dentro de mim, a alegria de minha alma, os cantinhos iluminados do coração e a grande esperança pela vida… não importa o tamanho dos espaços: cada coisa tem seu canto, cada graça o seu encaixe … nada fica à toa, somente as pérolas, os desencantos e o precioso colar de palavras.

Metadado adicionado por Kotter Editorial em 27/10/2020

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Metadados adicionados: 27/10/2020
Última alteração: 10/10/2022

Autores e Biografia

Kahê, Carlos (Autor)

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