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Livro Impresso

A gestão dos supérfluos
neoliberalismo e prisão-depósito



cárcere, prisão, neoliberalismo, prisões, sistema penitenciário, racismo


Sinopse

O livro "A gestão dos supérfluos: neoliberalismo e prisão-depósito" contempla a “clara transformação” pela qual o sistema penal brasileiro vem passando, não só inscrevendo-a no quadro da macroeconomia neoliberal, mas também observando as subjetivações que se impõem a partir da “lógica concorrencial”, da cotovelada por espaço como pedra fundamental da sociabilidade humana. A crítica do autor Carlos Eduardo Figueiredo à realidade das execuções penais no Brasil traz a legitimidade de quem, por mais de uma década, exerceu judicatura precisamente nesse campo. Ele assinala, certeiramente, o excesso de prisões provisórias como “característica central de política criminal fundada no risco”; pois, após a Índia e ao lado da Turquia e do México, estamos na casa dos 40% de presos provisórios, dos quais algo em torno de dois terços são de suspeitos ou acusados pretos.

Nesses tempos sombrios, setores poderosos da mídia empreendem uma curiosa divisão dos juízes entre garantistas (como se algum juiz pudesse desconsiderar as garantias individuais) e punitivistas. Criou-se uma mística do juiz truculento e policialesco, que nem o advento de luz sobre os porões da Lava Jato conseguiu diluir. Com este trabalho, Carlos Eduardo Figueiredo não só se legitima academicamente, como também ingressa no grupo de juízes comprometidos com as transformações sociais e econômicas de que nosso povo tanto necessita.
Nilo Batista

Metadado adicionado por Mórula Editorial em 16/12/2021

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Metadados adicionados: 16/12/2021
Última alteração: 02/02/2022

Autores e Biografia

Figueiredo, Carlos Eduardo (Autor)

Sumário

sumário
5 apresentação
7 introdução
16 A globalização neoliberal e o surgimento
da vida supérflua
20 o neoliberalismo na modernidade tardia
21 Construção teórica
24 Conceitos de neoliberalismo
33 O sujeito neoliberal
37 Destruição do social e o crescimento da desigualdade
46 Política antidemocrática
49 Humanidade excedente
51 vida supérflua
52 Quem é humano?
56 Refugo humano
64 o deslocamento do braço social para o braço penal
do estado: o grande encarceramento
71 A gestão punitiva e a nova racionalidade
do cárcere
75 governamentalidade por meio da máquina prisional
80 A guerra contra a população
83 a economia do cárcere no fordismo e no pós-fordismo:
disciplina e controle
90 O fordismo e a sociedade disciplinar
91 “Anos dourados”
96 O pós-fordismo e a sociedade de controle
105 a lógica atuarial: o etiquetamento das “não pessoas”
e a construção da prisão-depósito
105 Etiquetando as “não pessoas”: a meticulosa incapacitação
das “classes perigosas”
112 Construção da prisão-depósito
112 Finalidade da pena criminal
116 Modelo Warehousing
119 Projeto de prisão-depósito na Argentina
121 Práticas antidemocráticas nas prisões de Guantánamo
e Abu Ghraib
124 Centros administrativos de detenção de imigrantes ilegais
125 A violação de direitos humanos nos campos de refugiados
de Idomeni e Moria
130 O aparelho punitivo brasileiro
135 a lógica do latifúndio escravagista
151 a lei e a ordem
160 hipertrofia da legislação penal brasileira
166 ascenção do estado carcerário brasileiro
168 A expansão vertical do dispositivo carcerário
177 Redirecionamento orçamentário
179 Política de ação carcerária afirmativa
185 Considerações finais
195 referências



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