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Travessias de Amanaã
textos, poemas e reflexões



cultura negra, dia das mulheres negras latinoamericanas e caribenhas, defesa dos direitos da mulher, de raiz a semente, diáspora, denúncia, feminicídio, lanceiros negros, injustiça, racismo, antiracista, luta feminina, sociedade em conflito, justiça social


Sinopse

Travessias de Amanaã
Textos, poemas e reflexões

Mulheres são, a priori, entidades. Unidas, são força real; irmanadas na luta, pólvora; coesas em arte, deusas em ebulição. AMANAÃ é um ser intuído pelo poder de seis mulheres negras. Uma energia que passa de raiz a semente. O livro apresenta as travessias de cada uma neste mundo em diáspora.


Autoras

Ana Dos Santos
Poetisa, professora de Literatura e contadora de histórias, Ana é gaúcha de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Formada em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Participou de diversas coletâneas e publicou dois livros de poesia: Poerotisa (Editora Figura de Linguagem) e Pequenos Grandes Lábios Negros (Editora Venas Abiertas).


Carmen Lima
Natural de Porto Alegre, é professora licenciada em Pedagogia, atriz, bonequeira, brincante e contadora de histórias. Dos 30 anos de docência, há 20 atua na rede estadual de ensino, como alfabetizadora, oficineira e mediadora de leitura. Formou equipe de animação e empresa de teatro de bonecos. Esta é a sua primeira publicação, a qual assina também a capa.


Fátima Farias
Nasceu em Bagé e reside na capital Porto Alegre desde os anos 1980. É poeta, compositora e educadora social, tem como profissão também a gastronomia inspirada em temperos orgânicos. Participa de diversas coletâneas e lançou seu primeiro livro solo em março de 2020, Mel e Dendê (Editora Libretos), onde reúne poesia e prosa, dando um passeio pelos slams.

Delma Gonçalves
Nasceu em Porto Alegre, é poetisa, compositora, produtora cultural. Graduada em Letras com pós-graduação em Produção Textual, suas poesias estão em diversas coletâneas. Publicou Cinco Décadas de Samba no Bairro Santana (Editora Cidadela) e livro de poesias O Som das Letras. Produziu e é parceira de Bedeu no CD Na Poesia e na Canção Elas e Eles Cantam Bedeu & Delma.

Lilian Rocha
Natural de Porto Alegre/RS, é farmacêutica e analista clínica (UFRGS), especialista em Homeopatia (ABH), musicista (Liceu Palestrina), escritora. É autora dos livros A Vida Pulsa – Poesias e Reflexões (Editora Alternativa), Negra Soul (Editora Alternativa) e Menina de Tranças (Editora Taverna). Participante de inúmeras antologias poéticas brasileiras e portuguesas.


Taiasmin Ohnmacht
É psicóloga e psicanalista. Mestre em Psicanálise: clínica e cultura (UFRGS). Participou da organização do e-book Da Vida que Resiste – Vivências de Psicólogas(os) entre a Ditadura e a Democracia (CRP/RS). Publicou Ela Conta Ele Canta (Cidadela), com o poeta Carlos Alberto Soares, e a novela Visite o Decorado (Figura de Linguagem). Mantém o blog taiasmin.blogspot.com



PREFÁCIO
Ana, Carmen, Delma, Fátima, Lilian e Taiasmin: seis mulheres negras, escritoras, que, à semelhança de Conceição Evaristo, também falam de vivências. Suas e de outras mulheres. Para além das primeiras impressões que cada poema, cada conto escrito por cada uma dessas seis mulheres tenha provocado – e provocaram – em mim, meu destaque primeiro se dá para o ato da escrita em si. Para a importância e, quem sabe até, para a necessidade de escrever, visto que percebo em algumas – ou em todas – a escrita se fazendo tão necessária quanto o ato de respirar. Essas seis escritoras, que também desempenham outras funções no dia a dia (não há uma só jornada para as mulheres) e que se entregam ao gozo – ou sofrimento? – do ato de escrever, neste livro falam do que e de quem precisa ser dito. Falam do que e de quem foi/é renegado. Falam do que e de quem foi/é esquecido. Falam de amor, de autoamor. Falam de alegrias e de dores. E eu me vejo nas mulheres desses textos. Me vejo um pouco em Farisa, a menina que não podia falar com espíritos de brancos; na menina de tranças, que renasce todos os dias e na bruxa, que renasce das cicatrizes; na mulher que rompe com um ciclo de dor e na que parte sem se despedir; na que sonha e acorda molhada e na professora cujo aluno não conseguiu fazer o trabalho solicitado; na que é perseguida pelo segurança da loja e naquela cujo corpo recebe a bala perdida; na resposta certeira e forte aos olhares preconceituosos que recebemos todos os dias. Vejo todas as que são atingidas – e mortas – pelo racismo, pelo machismo, pelas opressões todas. Vejo as que amam, as que desamam e as que não são amadas. Estamos todas visíveis nos textos deste livro. Refletidas num espelho cuja imagem até incomoda. E esse incômodo – para mim positivo – leva-me à compreensão de que o que Ana, Carmen, Delma, Fátima, Lilian e Taiasmin fazem ao reunirem seus escritos é revolucionário. E traduz o conceito pleno de coletivo, de aquilombamento. De Ubuntu!


Rudiléia Paré Neves
Professora, coordenadora do Coletivo
de Mulheres Negras Iyá Agbara


Travessias de Amanaã (Libretos, 2021), 136 páginas, várias autoras, ISBN 978-65-86264-33-3, R$40,00

Metadado adicionado por Libretos em 19/07/2021

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Metadados adicionados: 19/07/2021
Última alteração: 11/11/2024

Autores e Biografia

Santos, Ana Dos (Autor) , Lima, Carmen (Autor) , Farias, Fátima (Autor) , Gonçalves, Delma (Autor) , Rocha, Lilian (Autor) , Ohnmacht, Taiasmin (Autor)

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