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Livro Impresso

Eu cresci na ditadura
memórias do corpo, do trabalho, da formação



ditadura, brasil, história, história de vida, memórias autobiográficas


Sinopse

Quando eu ouvia rádio com o pai, em casa, mais ou menos pela mesma época daquele time de garotos, havia uma canção de um cantor/ compositor que era considerado brega, como tantos outros da época. E eu adorava as canções dele, que falavam de paixões por meninas do subúrbio, da calçada ou da janela, outra em cadeira de rodas, uma professora, uma desconhecida. É difícil imaginar que Fernando Mendes cantasse temas que assumiriam destaque na agenda “politicamente correta” dos últimos 20 anos. Mas assim era. Uma das suas canções, que ainda me toca, chama-se Sorte tem quem acredita nela. Muitas vezes disse aos meus pais, sempre orgulhosos das minhas realizações, que eu era um privilegiado. Ambos se consternavam, e sempre diziam que eu havia construído uma trajetória e que o mérito era meu. Acho que sempre acreditei nas possibilidades que a fortuna me ofereceu. Mas isso não me impede de me sentir privilegiado por ter tido trajetória que tive até aqui. Afinal, muitos jovens de então, como eu, não tiveram as mesmas possibilidades e oportunidades. Por isso volto a Silvio Rodriguez: apesar de tudo que podemos ter feito pelos nossos meios, isso foi possível porque, diferentemente de outros tantos como nós, a sorte nos bafejou.

Metadado adicionado por Editora Mercado de Letras em 14/09/2022

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Metadados adicionados: 14/09/2022
Última alteração: 01/06/2023
Última alteração de preço: 01/06/2023

Autores e Biografia

Oliveira, Marcus Aurélio Taborda de (Autor)

Sumário

Sumário

Prefácio
SOBRE AS MEMÓRIAS DE UM CORPO OBSTINADO 11
Alexandre Fernandez Vaz

UMA OU DUAS PALAVRAS A TÍTULO DE APRESENTAÇÃO 15

Parte 1
O COMEÇO DO FIM DE UMA TRAJETÓRIA:
A CHEGADA EM MINAS GERAIS 23
Um retorno necessário: “família, família” 28
Os primeiros anos na Escola de Aplicação 34
Entre o Instituto de Educação do Paraná
e a rua: a (des)coberta da família 46
A família em segundo plano: a rua e o trabalho 77
O ensino superior como horizonte 93
O mundo do trabalho: as muitas faces do professor 101

Parte 2
MEMÓRIAS DE UMA TRAJETÓRIA
(AINDA) EM ABERTO 145
Professor da Universidade Federal do Paraná 145
De volta ao começo, distante do fim 180

Parte 3
NOSSO TEMPO, DE ONTEM E DE HOJE:
A POLÍTICA E O RECRUDESCIMENTO DA ESTUPIDEZ 219
Novos tempos tormentosos 219
A pandemia, a vida danificada e os limites da Educação 239
O cotidiano como uma dimensão da política 254
Sobre as universidades e seus alunos em tempos atuais:
nem revolucionários, nem neoliberais 260
Disputa pela memória, disputa de narrativas 266
Post-scriptum: pós-1964: entre duas ditaduras? 271

REFERÊNCIAS E ESTÍMULOS 285



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