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Livro Impresso

Análise cartográfica do discurso
temas em construção



análise do discurso, aspectos sociais, cartográfias, linguistica, subjetividade


Sinopse

A redação deste livro se impôs a seus autores com o projeto de aprofundamento do diálogo dos estudos discursivos com as ciências sociais. No contexto do referido diálogo, a noção de prática discursiva, transitando da formulação inicial de M. Foucault à operacionalização por D. Maingueneau, destaca a dupla produção de textos e de grupos que sustentam (e são sustentados por) esses textos. Nessa direção, avançamos em uma compreensão da instituição como movimento que envolve o instituído e o instituinte, concepção que a distingue, portanto, de um plano organizacional. Outro interesse que se busca é a renovação das práticas de análise da materialidade linguística, por meio da interlocução com a filosofia da diferença e por uma aliança com a perspectiva da cartografia. Assim, o livro reitera o lugar das práticas de linguagem em sua função de intervenção no mundo, e não de mera representação desse mundo, ressignificando a ideia de subjetividade como produção, vista como efeito de práticas institucionais. Um livro que proporcionará aos iniciantes o contato com marcos fundadores da AD e, aos veteranos, uma rearrumação de dados, no mínimo, original para se refazer o percurso das aventuras do discurso. Diante de ambos coloca-se o desafio de se alcançar uma escrita acadêmica potente.

Metadado adicionado por Editora Mercado de Letras em 24/09/2021

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Metadados adicionados: 24/09/2021
Última alteração: 01/06/2023
Última alteração de preço: 01/06/2023

Autores e Biografia

Deusdará, Bruno (Autor), Rocha, Décio (Autor)

Sumário

SUMÁRIO

Eppur si muove 9
Fátima Pessoa, Luciana Salazar Salgado

Apresentação
Análises do Discurso: da diversidade de abordagens à perspectiva que desejamos praticar 13

Capítulo 1
Análises do discurso: excessos e limites de uma área 21

Nem tudo o que se designa como análise do discurso é análise do discurso 26

Afinal, quem trabalha com discurso? 33

Análise ou teoria: uma questão polêmica 46

Capítulo 2

Discurso, interdiscurso, prática discursiva 51

“Eu nunca tinha feito um discurso antes”: uso comum e uso técnico do termo 53

Duas definições clássicas de discurso: as contribuições de Z. Harris e de M. Pêcheux 57

Pistas para aproximação ao (inter)discurso 64

O primado do interdiscurso 70

A interdiscursividade nas margens do enunciado: a contribuição de M. Foucault 76

Prática discursiva: um novo primado? 81

Capítulo 3

A análise do discurso QUE desejamos praticar 91

Logicismo e sociologismo: dois polos e suas mesclas 93

Quando o periférico legitima o pretenso centro: o que também não convém como proposta de AD 100

Para além do logicismo e do sociologismo 102

O que se vem praticando em AD 104

“Ocupar-se de algo que diz respeito a si próprio”: o que pretendemos como prática de AD 114

Capítulo 4

Produção de córpus e quadro teórico-metodológico 119

Instituição da AD e uma concepção monotemática de córpus 122

Sobre as relações entre teoria, metodologia e córpus nos primeiros anos da AD 126

A noção de “arquivo” 130

Sobre as condições de produção dos discursos 134

Heterogeneidade e abertura de um córpus 138

Materialidades produzidas pelo pesquisador: entrevista e questionário 144

Produzir um córpus, e não simplesmente coletá-lo 151

Não se pensa córpus sem uma reflexão teórico-metodológica 156

Fazer uma escolha teórica refletida 161

Capítulo 5
Por uma cartografia dos discursos 169

O conceito de instituição: perspectiva institucionalista e deslocamentos da abordagem discursiva 176

Instituição, implicação e sobreimplicação 181

Trabalhar com dispositivos: por um quadro teórico-metodológico meno 189

Cartografia como perspectiva 198

Alguns princípios – conceitos devem ter vida e corpo na pesquisa e no fazer do pesquisador 207

Capítulo 6

Entre a representação e a produção de mundo(s). 219

O caminho das ciências da cognição: cognitivismo, conexionismo e a hipótese da representação 221

A hipótese enatista 224

Cotejando três momentos das teorias da cognição 230

A linguagem sob a ótica da enação 232

Breve parêntese para um predecessor da enação: Jakob von Uexküll 233

Palavras não representam um mundo pré-definido, mas o produzem 236

Quando o Umwelt se torna irreconhecível 245

Capítulo 7

Sujeito, subjetividade e subjetivação: três conceitos (s)em reformulação 249

A subjetividade naturalizada 253

A subjetividade nos estudos da linguagem 257

Sujeito e subjetividade na AD francesa 262

Da filosofia da representação à filosofia da diferença 271

O outro da filosofia da diferença 272

Falácias em torno da alteridade 274

Subjetividade e subjetivação: M. Foucault e (alguns de) seus leitores 281

Ainda sobre subjetividade: a dobra do fora de Deleuze e outras experiências 288

A mescla de territórios e a força instauradora da palavra: uma leitura de V. Safatle . 294

Capítulo 8

O desafio da escrita: construção de dispositivos para além das forças que constrangem 299

A escrita acadêmica e os métodos que a constrangem 301

Discutindo autoria do trabalho acadêmico 305

Rituais de escrita: “como escrevo?”. 311

Dúvidas e dificuldades na redação de um trabalho acadêmico 317

Pontos de vista teóricos sobre a escrita 326

Pistas para um método “faça comigo/conosco” nas práticas de escrita 359

Referências 367



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