Autores e Biografia

Almeida, Fernando José de (Autor) - Fernando Almeida, 81 anos, é um fluminense de raiz. Em Friburgo viveu sua juventude, e lá estudou com os jesuítas, no Colégio Anchieta, onde foram plantadas e regadas sua formação humanista e seu encantamento pelo conhecimento. Ali, iniciou seus estudos de Filosofia, num tempo em que aulas, livros, debates, dúvidas, textos escritos eram todos falados e escritos em Latim. Durante 25 anos, coordenou e dirigiu e, sobretudo, lecionou Filosofia e Psicologia, em Escola de Ensino Médio, em cujo currículo, por ele desenhado, congregou uma reconhecidíssima equipe de professores e educadores. Na PUC-SP, é professor há 50 anos. Nela, fez seu Mestrado e Doutorado, sempre tematizando a tecnologia e suas interfaces com a sociedade e com a educação. Seu pós-doutorado, feito na França, também versou sobre o tema da tecnologia. Marcaram sua vida profissional as atividades como gestor acadêmico, cultural e de redes educativas em São Paulo, sendo Vice-Reitor Acadêmico da PUC-SP, Secretário de Educação da cidade de São Paulo, Vice-presidente da TV Cultura e Diretor de Cultura e Educação do SESC Nacional.

Sumário

Carta aos netos e aos que virão depois
Prefácio: Carta ao nosso avô
Introdução
Breve cenário político pedagógico que chega à escola como valor inconteste
A quem interessa?
O “pensamento” digital e seus desígnios
Três dimensões para a construção do conceito de “ensino híbrido”
Disputa sangrenta de narrativas
Mudança de registro
Tópico 1: Hibridismo crítico – currículo e projeto de nação
Tópico 2: Hibridismo nos processos de aprendizagem e ensino: por uma poderosa relação prática e dialógica entre professor e aluno
Viés histórico do escravismo do tutor
Tópico 3: Uma terceira dimensão – hibridismo em 3D
A nova margem do rio: a relação entre currículo e tecnologias
Os atores da educação escolar neste contexto
A obsolescência programada da figura do professor: a lógica da busca da construção do professor artificial
A criação de cultos à nadificação
Camadas tectônicas dos fundamentos de tais desejos
Os correlatos – ou a face escura e oculta da lua
O apressadismo e a ubiquidade: equívocos educativos e seus impactos no currículo e na aprendizagem
O valor intrínseco do saber
A ubiquidade tem limites?
Onde acho que estamos chegando?
Riscos da ubiquidade como valor universal, defendido pela essencialização de um dos atributos das máquinas ditas pensantes
Três reparos confirmativos
Os escorregões conceituais não param aí
Ubiquidade e aprendizagem (e ensino)
A ubiquidade como uma geopolítica sem território
Informação difusa e conhecimento escolar
Conclusões provisórias
Referências