Triste tigre

A escrita como faca e outros textos, A família grande, A man’s place, A outra filha, A vergonha, A viagem inútil, A vida de Vernon Subutex, Alana Portero, Alejandra Pizarnik, Annie Ernaux, Apocalipse bebê, Aragon, As malditas, Barthes, Beauvoir, Camila Sosa Villada, Camille Kouchner, Charlotte Pudlowski, Christine Angot, Contos de Kolimá, Crítica e clínica, Deleuze, Didier Eribon, Édouard Louis, Emmanuel Carrère, Eu estou vivo e vocês estão mortos, Exteriors, Getting Lost, Glucksmann, Guattari, Guy Hocquenghem, História da violência, Lang, Leiris, Limonov, Lolita, Lutas e metamorfoses, Maggie Nelson, Mariana Delfini, Mascolo, Mau comportamento, Mau hábito, Memória de menina, Michel Foucault, Monique se liberta, Mudar: método, Não saí da minha noite, O acontecimento, O adversário, O desabamento, O fim de eddy, O jovem, O lugar, O olho mais azul, O reino, Olhe as luzes, meu amor, Os anos, Os argonautas, Rachel Cusk, Retorno a Reims, Roxane Gay, Sartre, Simple passion, Sollers

Sinopse

Vencedor de diversos prêmios de prestígio e elogiado por Annie Ernaux, Triste tigre é uma poderosa resposta literária a uma violência quase inominável. A autora é um dos destaques da Flip 2025.

 

“Por que escrevo este livro? Porque eu posso.”

Esta não é exatamente uma narrativa sobre uma criança abusada. É um estudo íntimo, sensível, violento e sincero. Uma escrita cirúrgica capaz de revelar, a um só tempo, o poder e a impotência da literatura diante do horror.

Dos sete aos catorze anos, Neige Sinno foi estuprada pelo padrasto. Aos dezenove, depois de deixar a casa na qual vivia em condições precárias com a família, ela quebra o pacto de silêncio e conta à mãe sobre os abusos. Ambas denunciam o padrasto pelos crimes cometidos, iniciando um processo judicial que o condena a nove anos de prisão.

A violência que a devastou em um período tão constitutivo de sua vida é elaborada nas páginas de Triste tigre, que traduzem décadas de reflexão profunda até chegar à compreensão fugidia de algo inominável, navegando entre memórias vívidas e turvas, documentos e conversas.

Em seu percurso, Neige apresenta também releituras de Vladimir Nabokov, Virginia Woolf, Toni Morrison, Virginie Despentes e outros autores, e se questiona se é possível, ou mesmo desejável, traçar um retrato da mente do estuprador sem se prender ao ponto de vista de quem sofre o abuso.

A autora traça o mapa de um território compartilhado por vítimas e algozes e explicita as fronteiras da perversidade. Para Neige, embora vítimas e algozes tenham entrem em contato com a escuridão e a maldade, quem sofre a violência não precisa ser condenado a viver eternamente nesse lugar.

A vítima é, sim, capaz de irromper a fronteira da perversidade, ainda que fique marcada por ela para sempre. E, para tal, é preciso não desistir, não esquecer, não perdoar. É preciso nomear o inominável.

A tradução é de Mariana Delfini.

Vencedor dos prêmios: Femina; Goncourt des Lycéens; Strega Europeo; Le Monde; Blù Jean-Marc Roberts; Les Inrockuptibles; Libraires du Québec

 

“O livro mais extraordinário dos últimos tempos.” – Elle

“Um insólito e devastador relato de abuso sexual na infância […] iconoclasta tanto na forma quanto no conteúdo” – New Yorker

“Neige Sinno encontrou milagrosamente o tom certo para dar a este livro, a um só tempo uma emoção única, violenta, delicada e humana, demasiadamente humana.” – Le Point

“Um livro de inteligência e beleza estrondosas.” – Transfuge

“Uma obra poderosa, que traz a reflexão e a meditação; impressiona por sua profundidade e maestria.” – Télérama

“Lembrem-se desse nome: Neige Sinno. Ela escreveu um livro que vai mudar tudo.” – Les Inrockuptibles

“Um gesto literário completo, violento, humilde, sensível e de uma inteligência impressionante. Esse livro precisa ser lido por muitas e muitas pessoas.” – L’Obs 

“Aproximar-se da figura do abusador, questionando-a socialmente através da literatura; descrever o abuso politicamente ao levantar a análise do abuso, e não o abuso em si, como o grande tabu da nossa sociedade: esses são os objetivos deste livro.” – Diacritik

Metadado adicionado por Grupo Editorial Record em 03/07/2025

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