Pavor dentro da noite

Rio, João do (Autor) - João do Rio é o pseudônimo de Paulo Barreto (Rio de Janeiro, 1881-1921). Filho de professores, negro, obeso, homossexual, observador das misérias humanas, cronista, tradutor, contista audaz. É considerado o primeiro jornalista brasileiro a ter o senso da reportagem moderna, segundo a Academia Brasileira de Letras, da qual fez parte, eleito aos 29 anos. Vida breve, ousada e intensa, assim como seus contos.

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Sinopse

A Bandeirola apresenta João do Rio, jornalista e escritor que brilhou e ousou no Rio de Janeiro da Belle Époque, autor homenageado pela Flip - Paraty, 2024.
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O Rio de Janeiro da belle époque (final do séc. 19 - início do séc. 20) trouxe modernidade e urbanização a um local antes conhecido como Cidade da Morte e Porto Sujo, à custa da derrubada de cortiços e casebres, em período de explosão da população urbana, acompanhada de mudanças políticas e efervescência cultural.
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João do Rio brilhou nesse período, audaz em suas atitudes e no trabalho que amava: João do Rio como jornalista, escritor, flâneur, cronista, tradutor, dramaturgo. Descendente de escravizados alforriados, quebrou regras mediando a cultura popular e a erudita.
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Os contos de mistério escritos pelo -- de fato -- inigualável João do Rio são histórias ambientadas em salões finos, em becos sujos, fummeries, casas de jogos, em quartos escuros e por esses ambientes circulam flâneurs, apaixonados, coquetes, suicidas, obsessivos, sádicos. São contos de mistério, de espanto e, também, de dor.
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O cenário é alegre, repleto de vozes e música, um Rio de Janeiro belle époque e carnavalesco.
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Os contos de João do Rio em Pavor Dentro da Noite, carregam os traços do decadentismo, marcado pelo fascínio do extraordinário, com narrativas que apontam afetividade mórbida, neurastênicos que exprimem paixões incomuns em ambientes exóticos, sem deixar de lado a frivolidade social, a mordacidade, o estilo afetado, a moralidade hesitante.

Metadado adicionado por Bandeirola em 17/06/2024

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