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Livro Impresso

Samba, democracia e sociedade
grandes compositores e expressões da resistência cultural no Brasil



samba, democracia, música, ressitência, política


Sinopse

As letras de contestação às desigualdades sociais e de resistência ao autoritarismo, e outros tipos de desmandos, já vinham desde antes do samba. Porque a história da música popular brasileira se confunde, em muitos aspectos, com a luta do “povo sofredor” por sua
autodeterminação. E é também, muitas vezes, a crônica das desigualdades, cada vez mais gritantes, que flagelam as camadas subalternas da população brasileira, no seio da qual o samba nasce/renasce a cada década, desde o “Pelo Telefone”, em 1917.

Nesse panorama, a dialética ação/reação gera movimentos e espaços de resistência, nos quais a cultura popular, tendo o samba como um dos principais baluartes, vocaliza o fenômeno. Assim ocorreu, na Bahia oitocentista, quando o povo preto se apropriou da Festa do Bonfim, criada pela Igreja, e a formatou ao seu jeito, com seus sambas e suas comidas; da mesma forma que ocorreu com a Festa da Penha, em terra carioca. A enumeração é longa. E chega até a década de 70, com a reação dos “pagodes de fundo de quintal”, a fundação do Clube do Samba, liderada pelo compositor e cantor João Nogueira, e a criação do GRANES Quilombo, comandada pelo já legendário sambista Candeia.

Pois é disto, entre outros assuntos e por outros caminhos, que cuida este livro: do inestimável patrimônio cultural que se encerra na tão simples quanto diversificada rubrica “Samba”: dos espaços sempre resistentes que este samba semeou da Bahia para o Rio de Janeiro, e daqui para todo o Brasil e, mesmo, algumas partes do mundo. Além disso, os textos abordam o trabalho de alguns criadores exemplares, tanto pelo talento, quanto pela coragem de seu posicionamento ideológico e sua ação política. Tal qual ensinaram Paulo da Portela e outros “pais” do Samba; em lições que os autores desta obra aprenderam e nos transmitem muitíssimo bem.

Nei Lopes

Metadado adicionado por Mórula Editorial em 21/11/2022

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Metadados adicionados: 21/11/2022
Última alteração: 21/11/2022

Autores e Biografia

Leitão, Luiz Ricardo (Organizador) , Braz, Marcelo (Organizador)

Sumário

9 prefácio | Samba, Democracia e Sociedade
nei lopes
13 introdução
21 parte i | SAMBAS DE CONTESTAÇÃO E DE CRÍTICA
SOCIAL DE GRANDES COMPOSITORES
23 Com que roupa eu vou?
luiz ricardo leitão
37 Os sambas de contestação de Noel Rosa e de
Wilson Batista: sobre um Brasil moderno e arcaico
marcelo braz
61 Sambista de fato, rebelde por direito: Aluísio Machado
luiz ricardo leitão
81 A resistência democrática na Imperatriz Leopoldinense:
a contribuição de Zé Katimba
luiz ricardo leitão
101 Noca da Portela: um comunista de coração na luta
pela democracia
marcelo braz
123 Vamos lá rapaziada, tá na hora da virada!: os sambas
engajados de um sambista politizado
marcelo braz
147 parte i i | EXPRESSÕES DO SAMBA, DA DEMOCRACIA
E DA CULTURA BRASILEIRA
149 Síncope e subversão: em memória do Clube do Samba
marianna de araujo e silva
169 Estranhou o quê? Preto pode ter o mesmo que você!
O Renascença Clube e o Samba do Trabalhador:
a potência da roda
larissa costa murad
195 Kizomba – 30 anos de um grito negro na Sapucaí.
Um registro plural e democrático
nathalia sarro
207 O proletariado é o herdeiro da filosofia clássica alemã:
considerações sobre um samba inusitado
de Carlos Nelson Coutinho & Leandro Konder
eduardo granja coutinho



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