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Livro Impresso

Quem sangra na fábrica de cadáveres?
A chacina da Pavilhão 9 e as chacinas em São Paulo



chacina, violência, São Paulo, Pavilhão 9, Torcida organizada, Corinthians, massacre


Sinopse

Temos em mãos um livro de peso: o peso da luta por justiça de oito famílias em luto; o peso de um levantamento de materiais sobre quatro décadas de chacinas (1980-2020); uma análise minuciosa sobre a atuação de agentes de segurança pública nas periferias de São Paulo e RMSP; cinco anos de pesquisa ética e politicamente comprometida com os movimentos sociais de familiares de vítimas da violência de Estado. Um livro que honra a memória de André, Edilsinho, Quadrilha, Markinho, Du Memo, Jhow, Mydras e Ferraz – vítimas fatais da Chacina da Torcida Pavilhão Nove, em 2015.

Professora há mais de uma década, Camila Vedovello nos ensina sobre a elasticidade dos processos de criminalização, através de diferentes escalas analíticas, compondo mapas georreferenciados de chacinas com o chão da quadra da torcida, na época localizada no baixio do viaduto Ponte dos Remédios, Zona Oeste da capital paulista — o chão onde o sangue das vítimas foi derramado. Entre lembranças de familiares e torcedores do Corinthians, notícias de jornal, acompanhamento das audiências do caso, pronunciamentos e documentos oficiais, Vedovello reconstrói também a história de uma torcida de futebol que ousou homenagear pessoas consideradas matáveis, segundo a lógica racista/punitivista institucionalizada em nosso país.

Produzido a partir de uma tese de doutorado vencedora do III Prêmio de Reconhecimento Acadêmico em Direitos Humanos Unicamp — Instituto Vladimir Herzog, este livro contribui de forma inquestionável para a luta contra o genocídio antinegro, travada dentro e fora das universidades brasileiras.

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Metadados adicionados: 05/09/2024
Última alteração: 05/09/2024

Autores e Biografia

Vedovello, Camila (Autor) - é doutora em Sociologia pela Unicamp, mestre, bacharel e licenciada em Ciências Sociais pela Unesp (Marília). Sua tese foi laureada pelo III Prêmio de Reconhecimento Acadêmico em Direitos Humanos, na categoria Pesquisa de doutorado em Ciências Humanas, Sociais e Econômicas, pelo Instituto Vladimir Herzog e pela Unicamp. É pesquisadora do Polcrim (Unicamp) e do Grupo de Pesquisa Problemática Urbana e Ambiental (Unicamp). Quem sangra na fábrica de cadáveres? é seu primeiro livro e uma adaptação de sua tese de doutorado. Atua como professora de Sociologia na Educação Básica. É corintiana desde criancinha.

Sumário

prefácio
Uma sociedade adoecida 9
Introdução 17
parte i | as chacinas em amplitude 29
1. Entre segurança pública e genocídio:
os caminhos da nossa exceção permanente 31
1.1. Caminhos teórico-metodológicos da pesquisa 31
1.2. Genocídios e extermínios à brasileira: raça, classe
e territórios de mortes 41
1.3. São Paulo e RMSP: conflitos e sociabilidades na metrópole 54
1.4. Violência letal na cidade enquanto exceção permanente
da Segurança Pública 63
1.5. Entre massacres e chacinas: as zonas cinzentas
das violências letais 85
2. As chacinas em São Paulo e RMSP 105
2.1. O Esquadrão da Morte paulista: do extermínio
do subversivo ao extermínio do bandido comum 105
2.2. Dos anos 1980 aos anos 2008: os dados do NEV,
a emergência das chacinas enquanto problema
de segurança pública e sua diminuição 115
2.3. Dos anos 2009 aos anos 2020: a diminuição das chacinas,
a crise de 2012, as grandes chacinas de 2015 e os agentes
de segurança pública no domínio da cena 133
2.4. Composições sociais das chacinas: territórios, vítimas,
executores e possíveis causas 166
2.5. Controle das chacinas: o DHPP, a Delegacia de Homicídios
Múltiplos e a Ouvidoria das Polícias 180
parte ii | a imersão em uma chacina 191
3. De Pavilhão a pavilhão: do Massacre
do Carandiru à Chacina da Torcida
Organizada Pavilhão Nove 193
3.1. Carandiru: impactos sociais e urbanos da prisão
e do massacre 193
3.2. O Carandiru e a gênese da torcida 201
3.3. As torcidas organizadas de futebol em São Paulo 213
3.4. As violências contra, nas e entre as torcidas organizadas 218
3.5. O dia da chacina: reconstrução das memórias
de familiares, amigos de vítimas e jornalistas 225
3.6. Os protestos dos familiares, amigos das vítimas
e integrantes da Torcida após a chacina 239
4. A produção documental e jurídica da chacina
da Torcida Organizada Pavilhão Nove 251
4.1. A mídia e a chacina: produção do fato 251
4.2. Os discursos estatais propagados 257
4.3. O que dizem os documentos oficiais sobre a chacina 259
4.4. A chacina vai a júri popular 273
4.4.1. 23 de janeiro de 2019: o júri adiado 275
4.4.2. 28 de maio de 2019: o dia inteiro de júri 277
4.4.3. 29 de maio de 2019: após o dia inteiro de júri, a anulação 292
4.4.4. 27 de junho de 2019: a nova data do júri 294
4.4.5. 28 de junho de 2019: o dia da condenação 296
considerações finais
A Chacina da Torcida Organizada Pavilhão Nove
na história das execuções paulistas e a eterna
lembrança da chacina 303
referências
lista de siglas e abreviaturas
agradecimentos



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