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Livro Impresso

O menino de olhar apertadinho que enxergava longe...



Infantil, vizinho, menino, criança, aventuras, brincadeiras, crescimento


Sinopse

"Hoje, pela manhã, um passarinho faceiro pousou na minha janela. Ficou parado um tempão, com o olhar distante. Fiquei admirando sua beleza e o jeito elegante de pousar sem fazer barulho.
Quando o passarinho bateu asas e foi embora, meus pensamentos voaram junto e as lembranças pousaram no rosto de um menino chamado Murilo, que foi meu vizinho há muito, muito tempo…"

Assim começa a história das aventuras, brincadeiras, alegrias e sofrimentos de Murilo, um garoto que não via a hora de virar gente grande. Um menino forte, que sabia o que queria e correu atrás do próprio sonho.

Metadado adicionado por Grupo Autêntica em 22/08/2024

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Metadados adicionados: 22/08/2024
Última alteração: 22/08/2024

Autores e Biografia

Rosa, Sonia (Autor) - Nasci e moro na cidade do Rio de Janeiro. Sou professora e gosto muito de crianças. Procuro sempre ficar perto delas pra puxar conversa e saber o que pensam sobre a vida, as pessoas, os fatos, a natureza, as coisas. Essas conversas renovam minhas ideias, me fazem repensar o mundo e me ajudam a criar histórias. Nunca imaginei que me tornaria escritora. Digo que esse foi um presente que a vida me deu. Foi mesmo. Não havia livros na minha casa. A vida era difícil, mas tive muita sorte. Na escola em que estudava havia uma biblioteca cheia de livros. Uma grande maravilha! Logo fiquei amiga dos livros e íntima das palavras. Isso fez uma enorme diferença na minha vida. Criei um diário. Escrevia todos os dias. Quando estava triste ou quando estava alegre. Assunto era o que não faltava. Um dia, de repente, meus sentimentos foram se revelando no papel em forma de poesia... Foi o começo do começo. Mas até aí não me imaginava escritora. Quando me tornei professora, adorava contar histórias pros meus alunos. Um dia, resolvi inventar histórias especialmente pra eles. Foi nesse momento que nasceu o desejo de ser escritora. Levei anos pra publicar o meu primeiro livro e realizar esse sonho. Depois que isso aconteceu, um mundo novo se abriu pra mim. E nunca parei de ler livros de literatura, porque sei que esse tipo de leitura alimenta as ideias da gente. E as ideias são fundamentais pra criar histórias. Escrevi O menino de olhar apertadinho que enxergava longe pra homenagear meu marido. Ele foi um menino criado numa casa grande, com quintal enorme, rodeada de passarinhos fora das gaiolas. Sua infância foi feliz, entre muitos irmãos, muitas árvores, crianças vizinhas e liberdade pra brincar, brincar, brincar até cansar... Assim como um passarinho, minha imaginação pediu licença poética e voou pra espiar um pouco da infância desse sempre menino de olhar apertadinho e contar pra todo mundo algumas das suas travessuras, misturando um pouquinho de verdade com um pouquinho de invenção, é claro. Este livro, vou confessar, é uma declaração de amor pro meu marido. E isso não é invenção.; Jussan, Cláudia (Ilustrador) - Sou mineira de Belo Horizonte. Desenhar sempre foi minha brincadeira preferida. Para transformar meu prazer em profissão, estudei: fiz bacharelado em desenho e mestrado em artes visuais na UFMG. Neste livro, peço licença à autora e tomo para mim suas lembranças, pois partilho de memória semelhante: um dos meus irmãos se encaixa na descrição do personagem; também um colega de classe da época do colégio se parece com ele… Ambos de olhos apertadinhos, cabelos lisos, pés descalços e sorrisos largos. Murilo pode representar vários meninos de vontades parecidas, pois ele é a memória de coisas boas: pipa, picolé, bolinha de gude, chão de terra batida e correrias ao ar livre. É também a lembrança e a superação dos desatinos de quem cresce: paixão não correspondida, desavenças no ambiente escolar, sentimentos que parecem nos encolher e acabam por aumentar nossa vontade de crescer, crescer rápido. Recordações… Para quem as viveu, é um prazer relembrar, e, para as novas gerações, um prazer em conhecer, assim como visitar uma cidade histórica ou folhear o álbum de fotografias de família. No meu caso, vivi de perto, junto com meus irmãos, a experiência de uma infância longa e demorada, sem ter o tamanho suficiente para alcançar os nossos sonhos… Mas foi também, muitas vezes, uma infância divertida, ingênua, pura e simples. Ilustrar este livro foi para mim um prazer saudosista e esperançoso, por ter podido resgatar um tempo que passou, transformando-o num sentimento permanente, em saudade desenhada, impressa e colorida.

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