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Livro Impresso

Do colonialismo como nosso impensado



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Sinopse

Muitos leitores interessados em literatura e nos estudos da cultura portuguesa provavelmente já conhecem parte da obra de Eduardo Lourenço – filósofo, ensaísta, defensor da heterodoxia, desconstrutor de mitologias –, cujo pensamento se expande, com vivacidade e complexidade, por diversos campos do saber. Poucos, no entanto, tiveram a oportunidade de se deparar com este arquivo sobre o colonialismo, que esse autor foi construindo, vigorosamente, ao longo de sua extensa trajetória intelectual.

Talvez a maior qualidade desta coletânea resida em reunir textos de diferentes naturezas discursivas – ensaio, monólogo, artigo, confissão, rascunho –, produzidos entre o final da década de 1950 e a descolonização, a ressaca imperial e seus traumas, articulando-os por meio do inventivo conceito de "impensado". São escritos marcados por momentos de urgência histórica, em que o curso dos acontecimentos – verdadeiro aviso de incêndio – convocava sua intervenção crítica. Encontramos, aqui, uma leitura da violência política e simbólica que o fascismo e o colonialismo impuseram ao destino e à cultura portuguesa, com efeitos diretos sobre a crise da experiência colonial em África.

A Europa encontrava-se na fase de abandono dos modernos projetos coloniais, e Lourenço antecipava o que aconteceria, tempos depois, na Guerra Colonial em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, escrevendo textos que viemos a conhecer somente décadas mais tarde sob a rubrica dos Estudos Culturais ou Pós-Coloniais ou Decoloniais. Leiam este livro alertados de que há muito Brasil neste pensamento crítico de Portugal.
Sabrina Sedlmayer

Metadado adicionado por Grupo Autêntica em 30/05/2025

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Metadados adicionados: 30/05/2025
Última alteração: 30/05/2025

Autores e Biografia

Lourenço, Eduardo (Autor) - Eduardo Lourenço (1923-2020) foi um dos mais influentes ensaístas e pensadores portugueses do século XX. Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas pela Universidade de Coimbra em 1946. Publicou seu primeiro livro, Heterodoxia I, em 1949. Lecionou em diversas universidades europeias e, entre 1958 e 1959, atuou como professor convidado de Filosofia na Universidade Federal da Bahia, em Salvador. Essa experiência no Brasil teve impacto duradouro em sua reflexão sobre a identidade portuguesa e o legado colonial. Autor de vasta obra ensaística, com títulos marcantes como Pessoa revisitado (1974) e Nós e a Europa ou As duas razões (1988), recebeu diversas distinções, como o Prêmio Camões (1996), a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada (2003) e o Prêmio Pessoa (2011).

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Autêntica conta com mais de 700 publicações em seu catálogo. Reconhecida por seu trabalho com o público acadêmico e por suas obras destinadas às áreas das Ciências Humanas, a editora foi crescendo com o passar dos anos e passou a publicar livros com temas mais abrangentes e diversificados, como literatura brasileira e estrangeira de qualidade, com nomes de peso como Maura Lopes Cançado, Ferreira Gullar e Virginia Woolf. O catálogo contempla também obras de Antropologia, Cultura Negra, Sociologia, Historiografia, Comunicação, Cinema e Teatro, Biblioteca Escolar, Linguística, Educação, entre outros. A editora assumiu o desafio de trazer para a língua portuguesa obras de Filosofia fundamentais para seus leitores. Exemplos dessa empreitada são a tradução bilíngue (latim-português) da Ética, de Spinoza, e o Vocabulário de Foucault – Um percurso pelos seus temas, conceitos e autores, do argentino Edgardo Castro. Em 2011, criou a coleção Filô, contemplando autores clássicos e contemporâneos da Filosofia, que vão de Platão e Espinosa, a Walter Benjamin, Giorgio Agamben e Slavoj Žižek. Publicações importantes em áreas mais específicas da Educação, como Pedagogia/Formação de Professores, Filosofia da Educação, Educação de Jovens e Adultos (EJA), Educação Matemática, Ensino da Escrita e da Leitura, História da Educação, entre outras, integram o catálogo. Atualmente, a editora aposta em publicações de luxo, com capa dura e acabamento sofisticado, de nomes como James Joyce, Rubem Braga, Campos de Carvalho, Foucault e Thomas Moore. Além disso, é a responsável pela publicação de O Sumiço, tradução em língua portuguesa de La Disparition, romance de Georges Perec todo escrito sem a letra “e”.

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