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O cartógrafo sem bússola
vilém flusser, prolegômenos a uma teoria do pensamento líquido



Teoria do conhecimento; Comunicação; Filosofia


Sinopse

Ciência e imaginação tiveram, ao longo da história, uma relação de amor e ódio. Hoje, quando a humanidade parece encontrar-se em uma encruzilhada e necessitamos imaginar outros futuros, essas núpcias de Apolo e Dioniso são cada vez mais necessárias. Vilém Flusser foi um pensador que experimentou trafegar nas fronteias entre saberes, utilizando, sem economia, pitadas de imaginação. É, possivelmente, nesse sentido que seu interesse pelo mundo aquático e as criaturas marinhas adquire um sentido maior. Meio que não deixa traços, substância movente na qual a imaginação exercita seus poderes, a água é o ambiente ideal para a constituição de um pensamento do risco. Diante da crise de legitimidade que as ciências humanas atravessam, com o fechamento de cursos e a suspeita social que se ergue contra essas disciplinas, sua defesa não deve ficar a cargo dos mesmos princípios que geriram os saberes exatos. É, precisamente, pela imaginação que elas devem buscar caminhos para perseguir objetivos humanos. Flusser não acreditava em ciência fria. Para ele, o conhecimento só tem sentido se envolvido diretamente nas intrigas e nos dramas da humanidade. Desse modo, é necessário, mais que nunca, afirmar o valor da arte e da criação como esferas fundamentais da experiência de cada indivíduo. Nem só de pão vive o homem. Existe uma dimensão da busca humana que não pode ser expressa em parâmetros calculáveis. A utilidade tem valor somente quando acompanhada do inútil.

Metadado adicionado por Sulina em 07/08/2023

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Metadados adicionados: 07/08/2023
Última alteração: 07/08/2023

Autores e Biografia

Felinto, Erick (Autor)

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