Autores e Biografia

Caldeira, Cleusa (Organizador) - Cleusa Caldeira é uma teóloga afro-brasileira comprometida com a tradição da teologia da libertação latino-americana. Com doutorado e pós-doutorado em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE), e mestrado pela PUC-PR, Cleusa é uma voz importante na teologia afro-brasileira. No centro de seu pensamento teológico está a experiência de luta e resistência da comunidade negra, por isso, ela cunhou o termo “Teoquilombismo”. Através desta teologia da resistência negra, ela se conectou com a longa tradição da teologia africana e diversos países africanos, tais como Quênia, Costa do Marfim, Gana, Zimbábeu e África do Sul. Nesse cruze transatlântico e processo de africanização, Cleusa se vinculou ao Circulo de Teólogas Africanas Preocupadas (Circle of Concerned African Women Theologians). A teóloga afro-brasileira se tornou a primeira latino-americana a ingressar no Círculo e é hoje a coordenadora do Circulo Brasil. Pastora na Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, ela também integra a Rede de Mulheres Negras Evangélicas. Sua pesquisa na FAJE, apoiada pela Capes, com bolsa PNPD, destaca-se por sua significativa contribuição acadêmica.

Sumário

Sumário
Introdução, 11
Parte I – Resistências epistêmicas, éticas, espirituais,
culturais das mulheres africanas, afrodiaspóricas e
ameríndias, 25
I Lobolo: uma linguagem simbólica ligada à tradição e
que desafia o tempo e as gerações, 27
Introdução, 27
1 O lobolo, 29
2 Uma breve história da prática do lobolo na região
sul do Rio Save, 31
3 O lobolo e as expectativas das famílias e da
sociedade na tradição, 35
4 O lobolo e os desafios lançados pela sociedade
atual, 41
Considerações finais, 43
Referências, 44
II Feminismo negro, afrocentricidade e teologia negra
feminista: um encontro inadiável e imprescindível, 47
Introdução, 47
1 Contribuições do feminismo negro, 49
2 Contribuições da afrocentricidade, 51
3 Contribuições da teologia feminista negra, 53
4 Interseção entre feminismo negro, teologia negra
e afrocentricidade, 55
5 A experiência das mulheres negras evangélicas, 77
Considerações finais, 59
Referências, 60
III Tecendo o sagrado com fios quebrados e queimados, 63
1 Sentir/pensar de caminhos compartilhados, 63
2 Memórias que desenharam o tecido que
oferecemos, 65
3 A cura dos corpos como um caminho cósmico-
-político, 69
4 Reconstituindo o Bem Viver, 74
5 Tecendo as espiritualidades ancestrais, 78
6 A harmonização das forças duais, 80
7 Seguindo as forças vitais femininas, 86
Referências, 91
IV Espiritualidade, ecofeminismo e decolonialidade a
partir de algumas poetisas e cantoras afro-colombianas
e caribenhas, 93
Introdução, 93
1 O pensamento ancestral, 98
2 A miscigenação cultural triétnica, 106
Conclusão, 110
Referências, 111
V Os protagonismos de mulheres negras em suas
organizações no Nordeste do Brasil, 115
Introdução, 115
1 Mulheres negras nordestinas e seus
agenciamentos, 118
2 Organizações de mulheres negras do Nordeste do
Brasil, 126
2.1 Dados coletados durante o Encontro da Rede
de Mulheres Negras, 128
2.2 Organizações de mulheres negras na Região
Nordeste do Brasil, 130
2.3 Recorte e categorização dos dados coletados, 134
3 Práticas educativo-culturais e alternativas de Bem
Viver, 137
3.1 Princípios orientadores das ações e práticas
educativo-culturais, 139
3.2 A ancestralidade como princípio regulador da
religião de matriz africana, 140
Considerações finais, 146
Referências, 148
VI Desigualdade de gênero e as mulheres na Igreja na
Nigéria, 153
Introdução, 153
1 A mulher na Escritura, 156
2 As mulheres na sociedade, 158
3 O papel das mulheres na Igreja, 159
4 Mulheres na história da Igreja na Nigéria, 163
5 Mulheres na liderança da Igreja, 165
6 Mulheres religiosas na Nigéria, 167
7 Teologia feminista, 170
Conclusão, 174
Referências, 179
Parte II – Leitura bíblica na perspectiva da mulher
negra/africana, 181
VII Mulheres ousam fazer releituras originais da
Bíblia, 183
Introdução, 183
1 Esclarecendo os conceitos: “leituras femininas” e
“leituras feministas”, 184
1.1 Leituras “femininas” da Bíblia: interesse
renovado pelas mulheres na Bíblia, 184
1.2 Leituras feministas da Bíblia: uma
“hermenêutica da suspeita”, 186
2 Leituras feministas desenvolvidas por exegetas
africanas e estudiosas bíblicas, 192
2.1 Exemplo de uma leitura feminista popular da
Bíblia, 192
2.2 Uma contribuição de Madipoane Masenya, 194
2.3 Contribuições de Musa Dube, 195
Conclusão, 198
Referências, 199
VIII Feita da costela: uma compreensão de Gênesis
2,18-24, 203
Introdução, 203
1 Percepções sobre a identidade da mulher na
história, 205
1.1 Interpretação da história do Éden pelos Pais
da Igreja, 205
1.2 Transformações históricas e culturais na
perspectiva das mulheres, 207
2 A criação da mulher em Gênesis 2,18-24, 210
3 Feita da costela do homem: a mulher no desígnio
de Deus, 212
Conclusão, 216
Referências, 217
IX Ismael: aquele que sofre, mas também sabe sorrir!
Outros olhares sobre o choro e o riso de um menino
(quase) esquecido, 218
Introdução, 218
1 E o que há por trás dessa história?, 224
2 Quando o riso da criança incomoda, 226
3 Eles querem o nosso choro, mas Ismael ainda
ri…, 231
Considerações finais, 234
Referências, 235
X Leitura feminista negra da Bíblia: Cântico dos
Cânticos 1,5-6 e África como autorreferencial, 238
Introdução, 238
1 Cântico dos Cânticos, 243
1.1 Poemas eróticos na Bíblia(?), 244
1.2 Poemas de Salomão ou poemas femininos?, 248
1.3 O poema da mulher negra em Cântico dos Cânticos 1,5-6, 250
2 Desvendando e transgredindo a estética racista, 251
3 África no centro da autodescrição, 258
Considerações finais, 267
Referências, 268
Sobre as autoras, 273