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Manifesto Sampler: Invasores de corpos



arte, cultura, ensaios, contracultura, Plágio, cópia


Sinopse

Manifesto Sampler: Invasores de corpos, de Fred Coelho e Mauro Gaspar, é sobre criar a partir do que já existe usando o artifício do sampler — prática tão comum na criação musical, que combina trechos de músicas existentes —, e propõe a apropriação de outros textos sem se deter ao conceito de obra fechada, pura ou original. Ao incorporar textos e ideias de outros autores, a escrita sampler rompe com a noção de completude e pureza de uma obra.
O Manifesto sampler é sobre poder construir por meio das ideias alheias, “um manifesto pela cultura do corte e cola, da costura, do amálgama, [...], um documento sobre o tempo em que as palavras e as coisas precisam se libertar do seu valor de mercado e circular livremente — ao menos no campo das ideias e da criação”, como diz Fred Coelho.

Concebido originalmente em 2005, o MANIFESTO SAMPLER MMV > Fotogramas chega às mãos do leitor para difundir e expandir a ideia de samplear a escrita. Esta edição traz, ainda, um segundo manifesto, escrito em 2025 — celebrando 20 anos do primeiro —, “Manifesto Sampler MMXXV > Fluxos”, um novo texto manifesto que, segundo Mauro Gaspar, busca “renovar as vozes, incorporar as silenciadas e ampliar o horizonte, celebrando o fluxo, a música do tempo”.



Trechos

“A ideia conceitual da escrita sampler é abrir um sulco na escrita. O texto não é um condomínio gradeado — o sulco se abre e propõe novos fluxos textuais, musicais, visuais.”

“O que ‘é incorporado’ vira ruína junto com ‘o que já existe’. Só sobra o abismo do desgarrado. O novo solto sem referências. Esse é o bom sample: sem pai nem mãe. A escrita como regime errante da letra órfã.
O escritor não é mais soberano, é também presa dessa letra órfã que circula.
Só uma letra órfã pode pedir uma escrita viva.”

“Quem trabalha com a escrita sampler não é aquele que não tem o que dizer, é aquele que tem coisas demais a dizer, tem vozes demais falando dentro de si, e as expressa musicalmente, como um fluxo, como um processador de linguagem e sensações.”
“Escrever é um esforço inútil de esquecer o que está escrito (nisto nunca seremos suficientemente borgeanos). Por isso, em literatura os roubos são como as recordações: nunca totalmente deliberados, nunca demasiadamente inocentes. As relações de propriedade estão excluídas da linguagem: podemos usar as palavras como se fossem nossas, fazê-las dizer o que queremos dizer.”

Metadado adicionado por Editora Cobogó em 04/12/2025

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Metadados adicionados: 04/12/2025
Última alteração: 04/12/2025

Autores e Biografia

Coelho, Fred (Autor) - Fred Coelho é pesquisador, escritor e professor de graduação no Departamento de Letras e de Pós-Graduação em Literatura, Cultura e Contemporaneidade da PUC-Rio. Fez graduação e mestrado em História no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da UFRJ e doutorado em Literatura pela PUC-Rio. Publicou, entre outros, os livros Jards Macalé — Eu só faço o que quero (2020), Livro ou livro-me — Os escritos babilônicos de Hélio Oiticica (2010), A semana sem fim – Celebrações e memória da Semana de Arte Moderna de 1922 (2012) e Eu, brasileiro, confesso minha culpa e meu pecado — Cultura marginal no Brasil 1960/1970 (2010). Foi colunista do jornal O Globo entre 2015 e 2018. Trabalhou como assistente de curadoria do MAM Rio entre 2009 e 2011, e na ocasião organizou a publicação Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro — Arquitetura e memória (Cobogó, 2011). Foi curador de exposições como Tropicália — Um Disco em Movimento (CCBB, 2017) e colaborou com textos para exposições e livros de artistas como Luiz Zerbini, Cabelo, Gisele Camargo, Raul Mourão, Maria Laet, Vania Mignone, Carlos Vergara, Luiza Baldan, e outros.; Gaspar, Mauro (Autor) - Mauro Gaspar nasceu em 1967, em São Paulo. Formado em Jornalismo e Estudos Literários, tem se dedicado especialmente ao universo dos livros. É editor, alvinegro e pai da Nina. ; Dias, Ana (Capista)

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