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Livro Impresso

Metamorfoses da crítica



memória, Criação, Ensaio


Sinopse

O que acontece quando uma peça de teatro nos afeta de verdade? O que se passa em nós quando uma criação nos atinge fisicamente, como um fio desencapado, um soco
no estômago, uma paixão avassaladora, a morte de alguém próximo? Que tipo de reações a energia bruta contida em uma obra de arte é capaz de desencadear? Que associações “livres” provoca? Que memórias evoca? A que novas perguntas convoca?

Metamorfoses da crítica contém 15 ensaios de Patrick Pessoa, professor, dramaturgo, crítico teatral, curador e editor, que, cada um a seu modo, tentam responder às perguntas acima. Ao escrever sobre peças como Depois do filme, de Aderbal Freire Filho, Vaga carne, de Grace Passô, História do olho: um conto de fadas pornô-noir, de Janaína Leite, e Breu, de Pedro Brício, o autor se vale de diferentes formas – conversas, cartas, panfletos, agradecimentos, crônicas, autobiografia – para pensar a dramaturgia contemporânea em debate com a filosofia, a política e a história da arte. O que esses ensaios tão heterogêneos têm em comum é que nascem de uma relação erótica com o teatro, da urgência de escrever para continuar convivendo intimamente com as peças que mais nos marcaram.

Este novo livro do autor de Dramaturgias da crítica aposta que a crítica teatral é uma nova apresentação das peças que motivaram a sua escrita, e faz essas peças continuarem em cartaz por um tempo indefinido, depois de findas as suas temporadas nos teatros.

Trechos

“As sensações brutas, imediatas, por mais que nos arrebatem e atravessem, por mais que nos sacudam e transtornem, por mais que se apoderem da gente e nos levem aonde não sabíamos que éramos capazes de chegar, as sensações brutas nos pedem delicadeza. (…) Elas precisam de tempo para ressoar, respirar, fumar um cigarro na saída do teatro e ficar com aquele olhar fixo de míope sem óculos.”

“Eu saí então do teatro dançando, com a impressão de estar afinado com o ritmo da vida, me regozijando por não ser mais um estrangeiro neste mundo. Como disse De Pauw: ‘Nada de demasiada paz, porque ainda há tempo para uma outra vida, se preciso for. Para outra vida, e talvez uma vida melhor, também, mesmo que a anterior já tenha sido boa.’ Uma segunda vida, não resta dúvida, fundamentalmente dependente da possibilidade de articular narrativamente os fragmentos dispersos da nossa experiência descontínua do tempo. O que, a meu ver, é não apenas a tarefa da arte, mas sobretudo a da crítica.”

Metadado adicionado por Editora Cobogó em 19/02/2025

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Metadados adicionados: 19/02/2025
Última alteração: 19/02/2025

Autores e Biografia

Pessoa, Patrick (Autor) - Patrick Pessoa é doutor em filosofia pela UFRJ/Universität Potsdam (Alemanha). É professor associado do Departamento de Filosofia da UFF e dos Programas de Pós-Graduação em Filosofia da UFF e em Artes da Cena da UFRJ. Além de professor, é dramaturgo, crítico teatral, curador e editor da Revista Viso: Cadernos de Estética Aplicada (desde 2007). Como dramaturgo, já colaborou com os diretores Aderbal Freire-Filho, Malu Galli, Bel Garcia, Marcio Abreu, Daniela Amorim, Jörgen Tjon A Fong, Marco André Nunes, Adriano Guimarães, Dani Lima e Raquel Karro. Como crítico teatral, colaborou regularmente com o jornal O Globo e a revista Questão de Crítica. É autor de seis livros: A segunda vida de Brás Cubas: A filosofia da arte de Machado de Assis (2008), finalista do Prêmio Jabuti de Teoria e Crítica Literária; A história da filosofia em 40 filmes (2013), Oréstia: Adaptação dramática (2013) e Labirinto (2017), os três em parceria com Alexandre Costa; Nômades (Cobogó, 2015), em parceria com Marcio Abreu; Dramaturgias da crítica (Cobogó, 2021), a primeira parte de um díptico concluído agora com Metamorfoses da crítica.

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