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Livro Impresso

Laura Lima: Balé literal



Artes, LAURA LIMA


Sinopse

Laura Lima: Balé literal apresenta esta obra da artista Laura Lima, em sua montagem no Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (MACBA). Na instalação, objetos – ou “entes” –, fotografias e frases poéticas e políticas, suspensas em fios de aço, atravessam o museu, em uma estrutura posta em movimento pelo Sindicato, composto por um maquinário com duas bicicletas e uma equipe de manutenção, visíveis para os visitantes. Uma coreografia construída no ar, com agenciamento coletivo, Balé literal convida o espectador a participar desta dança a partir da posição que este ocupa no espaço.

O livro traz imagens de Balé literal em exposição, desenhos e estudos do projeto da obra, assim como os textos estampados nas Urdiduras exibidas na estrutura. Acompanham as imagens um ensaio de Tania Rivera sobre como a obra se insere no Brasil dos dias de hoje e os jogos de poder nela representados, e um ensaio de Marcia Tiburi que aborda, entre outros pontos, o aspecto político de Balé literal, em relação ao momento do país, em que liberdades eram ameaçadas e a cultura era atacada. O livro traz, ainda, uma entrevista de Elvira Dyangani Ose, curadora da exposição e diretora do MACBA, com a artista.


Trechos
“Expor coisas — imagens e objetos de arte — implica tradicionalmente reafirmar o eixo entre uma coordenada horizontal e uma vertical, fixando nele uma obra reificada e fetichizada. Nesse sentido, expor é sempre uma operação de poder que determina o que pode e o que não deve ser visto, confirmando o lugar institucional da arte e estabelecendo a identidade de cada objeto e de seu autor, ao mesmo tempo que oculta o trabalho coletivo que fornece seus alicerces. Tal estrutura parece predeterminada e imutável e ela sem dúvida corresponde à própria ordenação da sociedade, mas a obra de Lima vem provocá-la e colocá-la em crise. E se a tomássemos como um tabuleiro de xadrez? E se a arte pudesse operar nela deslocamentos, mover suas peças de modo inabitual, agenciar outros gestos e palavras?” Tania Rivera

“O Balé literal, de Laura Lima, é uma obra visual performática, teatral e arquitetural composta de uma multiplicidade de obras visuais — muitas delas, esculturas e objetos que funcionam como readymades ou, pela natureza de sua presença, como antireadymades. As “coisas prontas”, desfeitas de sua função de coisas, carregam “inacabamentos”, ou “des-acabamentos”, afirmando que processos precedem resultados, como a existência precede a essência.” Marcia Tiburi

Metadado adicionado por Editora Cobogó em 26/06/2025

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Metadados adicionados: 26/06/2025
Última alteração: 26/06/2025

Autores e Biografia

Lima, Laura (Autor) - Sobre a artista Desde que deixou uma vaca solta na Praia de Ipanema em meados dos anos 1990, Laura Lima apresentou um corpo de trabalho composto por o que ela por vezes descreve como “imagens”. Escapando continuamente de uma classificação fácil, as “imagens” de Laura Lima não são “performance nem instalação nem cinema” e sim tentativas de articular visualmente, na realidade concreta, um glossário pessoal de conceitos que a artista trabalha e retrabalha ao longo dos seus mais de 20 anos de carreira. Outra parte da obra de Lima relaciona-se com a noção de filosofia ornamental. Em obras como Costumes, Galinhas de gala e Ouro flexível, Lima desafia diretamente a visão convencional da ornamentação como algo estranho ou sem importância. O trabalho de Lima busca propor novos entendimentos de definições e conceitos aceitos, desestabilizando e subvertendo o que é tido como dado. Nascida em 1971, Laura Lima cresceu na Cidade de Governador Valadares, Minas Gerais. Ainda muito jovem, Lima mudou-se para o Rio de Janeiro, onde mora e trabalha. A artista formou-se em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro na década de 1990 e cursou a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro. Em 1999, fundou o Organismo RhR (Representativo hífen Representativo) e atuou como sua primeira administradora burocrática. Em 2003, cofundou A Gentil Carioca, ao lado de Ernesto Neto e Marcio Botner, uma galeria dirigida por artistas no Rio de Janeiro, onde atua até hoje como conselheira. Laura Lima recebeu em 2014 o BACA, Prêmio Bonnefanten de Arte Contemporânea, Holanda; e, em 2007, o Prêmio Marcantonio Vilaça. A artista também foi indicada para o Prêmio Francophone de 2011 e o Prêmio Hans Nefkens de 2012. As obras de Laura Lima integram as coleções do Instituto Inhotim, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Hammer Museum, Bonniers Konsthall, Museu Migros fur Gegenwartskunst, Museu de Arte da Pampulha, Coleção Zabludowicz, Bonnefantenmuseum, entre outros. ; Gráfico, Bloco (Projeto gráfico)

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