A primeira vista / In on it

Maclvor, Daniel (Autor) - Daniel MacIvor nasceu na ilha Cape Breton, no Canadá, em 1962. Atualmente, divide seu tempo entre Toronto e Nova Scotia. Ator, roteirista e diretor de teatro e de cinema, MacIvor escreveu e dirigiu mais de vinte espetáculos e teve sua obra traduzida em diversas línguas. Em 1987, fundou com Sherrie Johnson a companhia da da kamera, que dirigiu até 2007, apresentando seus espetáculos em Toronto, Montreal, Vancouver, e também no Reino Unido, nos Estados Unidos, na Austrália e em Israel. Em colaboração com o diretor Daniel Brooks, criou os monólogos House, Here Lies Henry, Monster, Cul-de-sac e This is What Happens Next. MacIvor também escreveu e dirigiu para o cinema os filmes Past Perfect (2002) e Wilby Wonderful (2004). Em 2002, recebeu o prêmio GLAAD (Aliança Gay e Lésbica contra a Difamação) e o prêmio Village Voice Obie por In On It. Sua peça mais conhecida, Marion Bridge, estreou em Nova York, na Off-Broadway, em 2005 e foi adaptada para o cinema com grande sucesso por Wiebke von Carolsfeld. Em 2006, Daniel recebeu o prêmio Governor General Literary Award por sua série de cinco peças, I Still Love You [Eu ainda te amo], da qual fazem parte In On It e A Primeira Vista. Em 2008, recebeu pelo conjunto de sua obra o prêmio mais importante do teatro canadense, o Prize. Em 2019, recebeu o Winnipeg Theatre Awards por sua peça New Magic Valley Fun Town. MacIvor escreveu inúmeros trabalhos comissionados para instituições de prestígio como o Wexner Centre da University of Ohio, o National Theatre School of Canada, Mulgrave Road Theatre, a Canadian Opera Company e o Stratford Festival.

Teatro

Sinopse

A primeira vista e In On It são duas peças de Daniel MacIvor apresentadas em mais de dez países. Foram encenadas no Brasil por Enrique Diaz, com grande sucesso. Ambas escritas para dois atores – dois homens, no caso de In On It, e duas mulheres, em A primeira vista –, elas têm em comum o equilíbrio fino entre drama e comédia e um olhar metalinguístico sobre o teatro. De estruturas similares, elas exploram com simplicidade temas delicados, como o olhar do outro, as relações contemporâneas e a questão do afeto no mundo moderno.

Trechos
“E o silêncio está lá, debaixo de todo o blá-blá-blá. Mas ninguém consegue escutar. O silêncio é Deus. O silêncio é Deus dizendo “Shhh”. Mas ninguém consegue escu-
tar. E mesmo se as pessoas fossem capazes de escutar, elas estariam ocupadas demais tentando escutar alguma coisa pra conseguir escutar de fato. A gente nunca vai escutar nada enquanto não calar a boca e parar de ficar tentando escutar alguma coisa com tanto afinco que a gente acaba não conseguindo escutar nada.”

“Uma palavra em minha própria defesa, na qual eu luto contra clichês pra tentar descrever a sensação de algo que de repente se apaga. Não é como uma vela, não é como uma brisa curta e rápida, um barulhinho, um brilho que se apaga devagar e depois, fumaça. É mais como uma janela que bate ou uma cortina que se fecha. Mas não é isso, porque a janela e a cortina dão a impressão de que existe alguma coisa dentro. É um tipo de fim em que uma coisa bate de frente com ela mesma e, sem dar nenhum sinal, vira ar. É uma sensação de alguma coisa que de repente se apaga e que está estranhamente conectada pra sempre com a imagem de um casaco de pele de cordeiro largado no chão.”

Metadado adicionado por Editora Cobogó em 17/07/2024

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