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Livro Impresso

As lágrimas amargas de Petra von Kant



Teatro, dramaturgia, peça, dramaturgias


Sinopse

As lágrimas amargas de Petra von Kant, peça do cineasta e escritor alemão Rainer Werner Fassbinder, estreou no teatro em 1971 e foi encenada em todo o mundo. Ao ser filmada pelo próprio Fassbinder um ano depois, tornou-se um clássico cult do cinema. Este volume traz duas versões da peça: o texto integral de Fassbinder, traduzido do alemão por Marcos Renaux, e Petra, adaptação feita pela Cia.BR116 em 2024.
A história se passa na casa de Petra von Kant, estilista bem-sucedida, controladora e culta, da elite alemã, que vive em Colônia. Sua principal companhia é Marlene, sua assistente e secretária, a quem Petra convoca a responder a todas as suas demandas. Recém-divorciada do marido, Petra se apaixona pela jovem, bela e frágil Karin. Ao longo da peça, o relacionamento conturbado entre as duas mulheres desmorona, em meio a conflitos que levam Petra ao fundo do poço. Nesse estado, Petra recebe a visita da mãe e da filha para celebrar o seu aniversário.
As lágrimas amargas de Petra von Kant explora as dinâmicas de poder nas relações humanas através de uma personagem complexa, que combina desejo, narcisismo, solidão e insegurança. Com cortes e outras modificações na trama original, a versão de Petra, adaptada pela Cia.BR116, atualiza e reafirma a relevância da peça de Fassbinder para o público contemporâneo.

Trechos
“Amor, olha, eu entendo o que você diz. E isso pode muito bem valer pra você e pro Lester. Pode ser que essa pressão na cabeça seja exatamente o que vocês precisam. Só que... sabe, o Frank e eu, era pra gente amar um lindo amor. E bom, isso pra nós sempre significou saber exatamente o que se passa com o outro. A gente não queria um casamento morno, que usasse esses métodos. A gente sempre queria tomar decisões, queria estar sempre bem despertos, sempre... livres.”

“Sabe, Karin, a humanidade é má. No fim das contas ela suporta tudo. Tudo. A humanidade é dura e bruta e todos somos substituíveis. Todos. A gente tem que saber disso.”

Metadado adicionado por Editora Cobogó em 17/07/2024

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Metadados adicionados: 17/07/2024
Última alteração: 17/07/2024

Autores e Biografia

Fassbinder, Rainer Werner (Autor) - Rainer Werner Fassbinder nasceu em 1945, em Bad Wörishofen, na Bavária, Alemanha. Foi um diretor, ator e dramaturgo, considerado uma das principais figuras do Novo Cinema Alemão. Cresceu numa família burguesa culta e, depois do divórcio de seus pais, foi criado pela mãe, uma tradutora, como filho único. Desde criança Fassbinder era um cinéfilo fervoroso, indo freneticamente ao cinema. “O cinema foi a família que eu não tinha em casa”, diria Fassbinder. Estudou teatro na Fridl-Leonhard Studio, em Munique e aos 22 anos, em 1967, juntou-se ao Action-Theater, onde trabalhou ativamente como ator, diretor e dramaturgo. Em 1968, tornou-se o diretor da companhia — que passou a se chamar Anti-Theater —, e, ao longo de 18 meses, dirigiu 12 peças, das quais quatro foram escritas por ele. Seu trabalho, profundamente ancorado na cultura alemã do pós-guerra, abordou personagens em busca da própria identidade, o amor não correspondido e sentimentos próprios à condição humana como a solidão, o medo, o desespero e a angústia. Em menos de 20 anos de carreira, Fassbinder dirigiu 43 longas-metragens, dentre eles Berlin Alexanderplatz, 3 curtas-metragens, 24 peças de teatro e duas séries para a televisão. Em fevereiro de 1982 recebeu o Urso de Ouro do Festival de Berlim por seu filme O desespero de Veronika Voss. Quatro meses depois, em 10 de junho, faleceu aos 37 anos de idade, em Munique. ; Renaux, Marcos (Tradutor) - Marcos Renaux é tradutor de peças teatrais e dramaturgista. Trabalhou com vários diretores de teatro, entre eles Maria Taís, Pedro Granato, Antonio Abujamra, Gabriel Villela, Hector Babenco, José Wilker, Marco Ricca, Mauricio Paroni de Castro e William Pereira. Traduziu peças de autores tão diversos quanto Sam Shepard, Harold Pinter, Stephen Spender, Martin McDonagh, Richard Kalinoski, Patrick Süskind, Friedrich Dürrenmatt, Bertolt Brecht, Heiner Müller, Ariel Dorfman, Peter Turrini, Karl Gassauer, Georg Büchner e Anton Tchekhov, entre outros. Desde 2016 dedica-se com exclusividade ao trabalho de tradução e dramaturgismo na Cia.BR116, de Bete Coelho e Gabriel Fernandes, para a qual traduziu peças como Mãe coragem, de Bertolt Brecht, Gaivota, de Anton Tchekhov, e As lágrimas amargas de Petra von Kant, de Rainer W. Fassbinder.

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