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Livro Impresso

Digno é o cordeiro
memória de um ano sombrio



Faraco, Sérgio (Autor) - Sergio Faraco Nasceu em Alegrete, no Rio Grande do Sul, em 1940. Entre os anos 1963 e 1965, viveu na União Soviética, tendo cursado o Instituto Internacional de Ciências Sociais, em Moscou. Mais tarde, no Brasil, bacharelou-se em Direito. Em 1988, seu livro A dama do Bar Nevada obteve o Prêmio Galeão Coutinho, conferido pela União Brasileira de Escritores ao melhor volume de contos lançado no Brasil no ano anterior. Em 1994, com A lua com sede, recebeu o Prêmio Henrique Bertaso (Câmara Rio-Grandense do Livro, Clube dos Editores do R.G.S. e Associação Gaúcha de Escritores), atribuído ao melhor livro de crônicas do ano. No ano seguinte, como organizador da coletânea A cidade de perfil, fez jus ao Prêmio Açorianos de Literatura – Crônica, instituído pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Em 1996, foi novamente distinguido com o Prêmio Açorianos de Literatura – Conto, pelo livro Contos completos. Em 1999, recebeu o Prêmio Nacional de Ficção, atribuído pela Academia Brasileira de Letras à coletânea Dançar tango em Porto Alegre como a melhor obra de ficção publicada no Brasil em 1998. Em 2000, a Rede Gaúcha SAT/RBS Rádio e Rádio CBN 1340 conferiram ao seu livro de contos Rondas de escárnio e loucura o troféu Destaque Literário (Obra de Ficção) da 46ª Feira do Livro de Porto Alegre (Juri Oficial). Em 2001, recebeu mais uma vez o Prêmio Açorianos de Literatura – Conto, por Rondas de escárnio e loucura. Em 2003, recebeu o Prêmio Erico Veríssimo, outorgado pela Câmara Municipal de Porto Alegre, e o Prêmio Livro do Ano (Não-Ficção) da Associação Gaúcha de Escritores, por Lágrimas na chuva, que também foi indicado como Livro do Ano pelo jornal Zero Hora, em sua retrospectiva de 2002, e eleito pelos internautas, no site ClicRBS, como o melhor livro rio-grandense publicado no ano anterior. Em 2004, a reedição ampliada de Contos completos é distinguida com o Prêmio Livro do Ano no evento O Sul e os Livros, patrocinado pelo jornal O Sul, TV Pampa e Supermercados Nacional. No mesmo evento, é agraciada como o Destaque do Ano a coletânea bilíngüe Dall’altra sponda/Da outra margem, em que participa, ao lado de Armindo Trevisan e José Clemente Pozenato. Seus contos foram publicados nos seguintes países: Alemanha, Argentina, Bulgária, Chile, Colômbia, Cuba, Estados Unidos, Paraguai, Portugal, Uruguai e Venezuela. Foi escolhido patrono da 70a Feira do Livro de Porto Alegre (2024).; Machado, Ivan Pinheiro (Capista)

Ditadura militar, Tortura, Preso político, Lágrimas na chuva, Golpe militar, Repressão, Estado de direito, Operação Condor, Golpe de 1964, Hospital do Kremlin, Memórias, Doi-Codi


Sinopse

“Em meu primeiro passo na calçada, dois homens me seguraram, um em cada braço [...]. Tentei me libertar, mas um dos braços me foi torcido às costas, fazendo com que me curvasse e fosse ao chão. [...]
− Não faz escândalo – disse um dos policiais –, ninguém está interessado nos teus gritos.
[...]
No outro lado da avenida, tive de entrar num Fusca bordô, onde aguardavam o motorista e outro homem. Os dois policiais, ambos robustos, sentaram-se no banco traseiro, espremendo-me no meio. Levaram-me para um sobrado de dois pisos na rua Duque de Caxias no 1705, quase defronte à Praça do Portão. [...]. Deixaram-me encerrado numa peça do piso superior, de parco e arruinado mobiliário: a escrivaninha, a máquina de escrever, a cadeira almofadada e três ou quatro cadeiras comuns. Para me vigiar, foi chamado um guarda-civil. Finalmente, acabava a angústia de não saber quando seria preso. Começaria uma outra. Chegara a minha vez.”

Anos de horror

Em 1963, Sergio Faraco, então jovem membro do Partido Comunista Brasileiro, viajou a Moscou às expensas do Partido Comunista da União Soviética para estudar. Acabou se indispondo com o autoritarismo e preso em isolamento no Hospital do Kremlin (espécie de gulag urbano), para ser “reeducado”. Retornou em 1965 a um Brasil onde ocorrera um golpe e se iniciara a ditadura militar – que, é claro, não deixaria impune um jovem militante recém-chegado do berço do comunismo.
Ainda alquebrado pela experiência soviética, Faraco foi preso pela Interpol em Porto Alegre, num sobrado da rua Duque de Caxias, e dali não saiu incólume.
Esta importante obra documental rememora e revive os anos de horror de 1964 a 1985 no Brasil. Vigia então o Estado repressor, em que todas as garantias e liberdades individuais estavam suspensas, em que imperava o denuncismo, com vizinhos, conhecidos e até amigos desconfiando uns dos outros, e no qual mesmo uma delação sem fundamento podia significar um caminho até a tortura e a morte.
Um relato magistralmente escrito, profundamente humano, universal, atual e necessário.

Metadado adicionado por L&PM em 11/09/2024

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ISBN relacionados

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Metadados completos:

  • 9786556665153
  • Livro Impresso
  • Digno é o cordeiro
  • memória de um ano sombrio
  • 1 ª edição
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  • Edição convencional
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  • Faraco, Sérgio (Autor) - Sergio Faraco Nasceu em Alegrete, no Rio Grande do Sul, em 1940. Entre os anos 1963 e 1965, viveu na União Soviética, tendo cursado o Instituto Internacional de Ciências Sociais, em Moscou. Mais tarde, no Brasil, bacharelou-se em Direito. Em 1988, seu livro A dama do Bar Nevada obteve o Prêmio Galeão Coutinho, conferido pela União Brasileira de Escritores ao melhor volume de contos lançado no Brasil no ano anterior. Em 1994, com A lua com sede, recebeu o Prêmio Henrique Bertaso (Câmara Rio-Grandense do Livro, Clube dos Editores do R.G.S. e Associação Gaúcha de Escritores), atribuído ao melhor livro de crônicas do ano. No ano seguinte, como organizador da coletânea A cidade de perfil, fez jus ao Prêmio Açorianos de Literatura – Crônica, instituído pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Em 1996, foi novamente distinguido com o Prêmio Açorianos de Literatura – Conto, pelo livro Contos completos. Em 1999, recebeu o Prêmio Nacional de Ficção, atribuído pela Academia Brasileira de Letras à coletânea Dançar tango em Porto Alegre como a melhor obra de ficção publicada no Brasil em 1998. Em 2000, a Rede Gaúcha SAT/RBS Rádio e Rádio CBN 1340 conferiram ao seu livro de contos Rondas de escárnio e loucura o troféu Destaque Literário (Obra de Ficção) da 46ª Feira do Livro de Porto Alegre (Juri Oficial). Em 2001, recebeu mais uma vez o Prêmio Açorianos de Literatura – Conto, por Rondas de escárnio e loucura. Em 2003, recebeu o Prêmio Erico Veríssimo, outorgado pela Câmara Municipal de Porto Alegre, e o Prêmio Livro do Ano (Não-Ficção) da Associação Gaúcha de Escritores, por Lágrimas na chuva, que também foi indicado como Livro do Ano pelo jornal Zero Hora, em sua retrospectiva de 2002, e eleito pelos internautas, no site ClicRBS, como o melhor livro rio-grandense publicado no ano anterior. Em 2004, a reedição ampliada de Contos completos é distinguida com o Prêmio Livro do Ano no evento O Sul e os Livros, patrocinado pelo jornal O Sul, TV Pampa e Supermercados Nacional. No mesmo evento, é agraciada como o Destaque do Ano a coletânea bilíngüe Dall’altra sponda/Da outra margem, em que participa, ao lado de Armindo Trevisan e José Clemente Pozenato. Seus contos foram publicados nos seguintes países: Alemanha, Argentina, Bulgária, Chile, Colômbia, Cuba, Estados Unidos, Paraguai, Portugal, Uruguai e Venezuela. Foi escolhido patrono da 70a Feira do Livro de Porto Alegre (2024).; Machado, Ivan Pinheiro (Capista)
  • Ditadura militar, Tortura, Preso político, Lágrimas na chuva, Golpe militar, Repressão, Estado de direito, Operação Condor, Golpe de 1964, Hospital do Kremlin, Memórias, Doi-Codi
  • Literatura nacional
  • Memórias (BIO026000)
  • Categoria -
    Memórias
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  • 2024
  • 25/09/2024
  • Português
  • Brasil
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  • Livre para todos os públicos
  • --
  • 14 x 21 x 1.05 cm
  • 0.17 kg
  • Brochura
  • 120 páginas
  • R$ 54,90
  • 49019900 - livros, brochuras e impressos semelhantes
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  • 9786556665153
  • 9786556665153
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  • "1. Sergio Faraco será o patrono homenageado da 70a Feira do Livro de Porto Alegre (de 1o a 20 de novembro de 2024). 2. Trata-se da aguardada sequência do livro de memórias Lágrimas na chuva, publicado em 2002, em que o autor conta sobre sua desventura na Rússia, para onde foi estudar, na década de 60; ele acabou preso no Hospital do Kremlin (espécie de gulag urbano) e foi dopado à força. 3. Neste volume, o autor conta os acontecimentos após sua volta, já no Brasil da ditadura militar: ele foi perseguido, preso e torturado pelas forças de repressão. 4. Com uma prosa enxuta, o autor reconstrói o clima de denuncismo que imperava na ditadura militar, em que não se podia confiar em amigos, conhecidos e familiares, e em que uma denúncia - mesmo que falsa - poderia significar tortura e até a morte. 5. O livro é um documento que ajuda as velhas gerações a relembrar e as novas a conhecer o que significou a ditadura militar (1964-1985), período em que todos os direitos individuais estavam suspensos e vigia no Brasil o Estado de repressão (em vez do Estado de direito). 6. Conforme o autor explica no livro, ele não tinha vontade de voltar a essas memórias, mas, diante dos movimentos políticos atuais, achou que era preciso contar essa história, para que as arbitrariedades do regime militar nunca seja esquecido. 7. Ele relembra casos como a Operação Condor, nos quais até mesmo crianças foram alvo das forças de repressão. 8. Faraco é um dos mais festejados contistas brasileiros ainda vivo, junto com Dalton Trevisan. Recebeu diversos prêmios e teve suas histórias traduzidas em vários países. 9. Evento de lançamento na Feira do Livro de Porto Alegre, domingo dia 3 de novembro às 16h30 (Espaço Força e Luz, Rua dos Andradas 1223), seguido por sessão de autógrafo às 18h."

Metadados adicionados: 11/09/2024
Última alteração: 25/09/2024

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