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Livro Impresso

Brás, Bexiga e Barra Funda



Brás Bexiga e Barra Funda, António de Alcântara Machado, modernismo brasileiro, literatura paulista, contos brasileiros, imigração italiana em São Paulo, linguagem modernista, literatura dos anos 1920, prosa modernista, Revista de Antropofagia, Carlos Drummond de Andrade, Antoine Chareyre, edição fac-similar


Sinopse

António de Alcântara Machado (1901-1935), herdeiro de uma família tradicional de São Paulo, teve uma passagem fulgurante pelo meio intelectual brasileiro. Mesmo com a morte precoce aos 33 anos, foi jornalista, cronista, crítico literário e teatral, historiador, fundador dos periódicos Terra Roxa, Revista de Antropofagia e Revista Nova, deputado federal eleito em 1934 e autor de três livros que são marcos do nosso modernismo: Pathé-Baby (1926), Brás, Bexiga e Barra Funda (1927) e Laranja da China (1928).


Brás, Bexiga e Barra Funda, cujo título remete a três bairros operários da capital paulista, com forte presença de imigrantes italianos, traz onze contos escritos em uma linguagem veloz e precisa, incluindo clássicos como “Gaetaninho”, “Carmela” e “Corinthians (2) vs. Palestra (1)”, além de um prefácio intitulado “Artigo de fundo”. Este texto, espécie de manifesto do autor, aponta as diretrizes de uma nova prosa, acompanhando as revoluções modernistas que haviam ocorrido nas artes plásticas, na música e na poesia.


A presente edição, fac-similar (mas que respeita a ortografia atual), foi organizada pelo editor e crítico francês Antoine Chareyre, também autor do posfácio. O volume inclui notas explicativas aos contos, cinco textos adicionais de Alcântara Machado, bibliografia e uma fortuna crítica que apresenta um verdadeiro achado do organizador: uma resenha de Carlos Drummond de Andrade, inédita em livro, de 1927, assinada com o pseudônimo de Antônio Crispim.

Metadado adicionado por Editora 34 em 07/11/2025

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Metadados adicionados: 07/11/2025
Última alteração: 11/11/2025

Autores e Biografia

Machado, António de Alcântara (Autor) -

António de Alcântara Machado nasceu em 25 de maio de 1901 em São Paulo, segundo filho de José de Alcântara Machado (autor de Vida e morte do bandeirante, membro da ABL e senador) e Maria Emília Castilho. Fez o primário no Colégio Stafford (1908-1912), o secundário no Colégio São Bento (1913-1918) e formou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, que cursou entre 1919 e 1923. Em 1921 estreia na imprensa, assinando dois artigos, e em 1923 passa a trabalhar como crítico de teatro do Jornal do Comércio (edição de São Paulo). Em 1925 passa uma temporada na Europa, entre março e novembro, e em 1926 publica seu primeiro livro, Pathé-Baby, com as crônicas da viagem. Em 1926 funda a revista Terra Roxa e Outras Terras, e em 1927 publica Brás, Bexiga e Barra Funda, com onze contos focalizando a imigração italiana em São Paulo. Em 1928 lança Laranja da China, seu segundo livro de narrativas curtas, e funda com Oswald de Andrade a Revista de Antropofagia. Em 1929 publica o ensaio historiográfico Anchieta na capitania de São Vicente, que vence o Prêmio da Sociedade Capistrano de Abreu. Viaja novamente à Europa, colaborando com crônicas para os Diários Associados entre 1929 e 1930. Em 1931 funda com Paulo Prado e Mário de Andrade a Revista Nova. Em 1932 torna-se superintendente da Rádio Record durante a Revolução Constitucionalista, e em 1933 publica Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do padre Joseph de Anchieta, S. J. e passa a escrever o rodapé literário de O Jornal (RJ) e do Diário de São Paulo. Em 1933 torna-se secretário da Bancada Paulista na Assembleia Nacional Constituinte e em 1934 elege-se deputado federal, mesmo ano em que é nomeado diretor do Diário da Noite (RJ). Em 14 de abril de 1935 falece no Rio de Janeiro, aos 33 anos, em decorrência de uma crise de apendicite. Postumamente serão publicados seu romance inacabado Mana Maria, em 1936 (incluindo quatro contos inéditos em livro), e a coletânea de crônicas Cavaquinho e saxofone, em 1940.

; Chareyre, Antoine (Organizador) -

Antoine Chareyre, nascido na França em 1980, vive em Paris, onde atua como professor de letras, pesquisador independente em literatura, tradutor do português e do espanhol para o francês, e editor. Seus projetos de tradução e edição crítica são geralmente dedicados a autores e obras das vanguardas latino-americanas e, especialmente, do modernismo brasileiro. No campo brasileiro, lançou Bois Brésil (poésie et manifeste) de Oswald de Andrade (La Différence, 2010), ao mesmo tempo que o ensaio de Haroldo de Campos, Une poétique de la radicalité (Les Presses du Réel, 2010), além das coletâneas Poèmes modernistes et autres écrits (anthologie 1921-1932) de Sérgio Milliet (La Nerthe, 2010) e Cocktails (poèmes choisis) de Luís Aranha (La Nerthe, 2010). Seu interesse pela obra de António de Alcântara Machado teve início com a tradução de Pathé-Baby (Petra, 2013), seguida pela de Brás, Bexiga et Barra Funda (L’Oncle d’Amérique, 2021), livro com que inaugurou uma editora própria. Também estudou a vida e obra de Patrícia Galvão, com edições de Parc industriel (Le Temps des Cerises, 2015) e da “autobiografia precoce” de Pagu com o título Matérialisme & zones érogènes (Le Temps des Cerises, 2019); as notas e o posfácio ao romance chegaram a integrar uma nova edição brasileira de Parque industrial (Linha a Linha, 2018). No campo hispano-americano, traduziu e organizou o volume Stridentisme! (poésie et manifeste, 1921-1927) do mexicano Manuel Maples Arce (Le Temps des Cerises, 2013), e acompanhou, como editor, as edições de Orogénie et autres poèmes français do equatoriano Alfredo Gangotena e Horizon carré et autres poèmes français do chileno Vicente Huidobro, ambas prefaciadas por Émilien Sermier e lançadas pela editora L’Oncle d’Amérique (2025). Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Paulo Prado e o próprio Alcântara Machado são alguns dos muitos escritores que Chareyre segue estudando, com traduções e edições ainda na gaveta.

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