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O contador, a noite e o balaio



Patrick Chamoiseau, literatura caribenha, poética crioula, literatura pós-colonial, ensaio literário, resistência cultural, Martinica, contadores de histórias, Aimé Césaire e Édouard Glissant


Sinopse

Subvertendo as fronteiras entre ensaio e literatura, Patrick Chamoiseau se interroga em O contador, a noite e o balaio sobre a escrita, a fala e a criação. Partindo da “oralitura”, central na poética antilhana, o autor se volta para o velho negro escravizado, nas Antilhas do século XVII, que à noite se metamorfoseia em “mestre da palavra”. É o contador crioulo, pai fundador da literatura antilhana, que com sua palavra formula uma resistência improvável à colonização. Momento criativo e criador, a palavra crioula inaugura um sistema de forças que se opõe à violência nas plantações.


Por que o balaio e a fala que surge apenas à noite? Circulando por mistérios e não ditos, o autor questiona o trabalho do escritor e visita a intimidade de sua memória com reflexões permeadas de poesia, pois se valem da língua-instrumento “para perceber além da ‘realidade visível’”.


Apresentação de sua estética literária e porta de entrada para sua obra romanesca, o ensaio aborda temas relacionados à dança, à música e a diversos tipos de arte. Passeando por suas filiações literárias, como Aimé Césaire e Édouard Glissant, o autor nos coloca diante dos principais desafios da literatura contemporânea, destrinchando seus pontos de contato com a oralidade dos sábios contadores.


Francês nascido na Martinica (1953), vencedor do Prêmio Goncourt com o romance Texaco (1992), Patrick Chamoiseau é uma das vozes mais expressivas da literatura caribenha, com uma obra vasta que se inscreve no cruzamento das línguas francesa e crioula.

Metadado adicionado por Editora 34 em 27/10/2025

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Metadados adicionados: 27/10/2025
Última alteração: 06/11/2025

Autores e Biografia

Chamoiseau, Patrick (Autor) -

Patrick Chamoiseau, nascido em 1953 em Fort-de-France, Martinica, é uma das vozes mais importantes da literatura caribenha. Graduado em Direito e Economia, exerceu a função de educador social na França e depois na Martinica. Interessado por etnografia, ele se debruça sobre a formas culturais em vias de desaparecimento de sua ilha natal, mas também sobre o dinamismo de sua língua materna, o crioulo. Em 1986, publica seu primeiro romance, Chronique des sept misères, vencedor dos prêmios Loys Masson e Kléber-Haedens, e dois anos depois, Solibo Magnifique. Em 1989, juntamente com Jean Bernabé e Raphaël Confiant, escreve o influente manifesto Éloge de la créolité, inspirado nas teorias da negritude de Sédar Senghor e Aimé Césaire, em que reivindica uma identidade caribenha pautada na mestiçagem cultural. Desde então, assinou diversos ensaios, notadamente Lettres créoles (1999), com Raphaël Confiant, e L’intraitable beauté du monde (2009), com Édouard Glissant. Em 1992 recebe o prestigioso prêmio Goncourt pelo romance Texaco, nome de um bairro negro em Fort-de-France. Mais recentemente lançou Contes des sages créoles (2018), os ensaios de Le conteur, la nuit et le panier (2021), o manifesto poético Frères migrants (2017) e o atualíssimo Que peut Littérature quand elle ne peut? (2025), em que faz uma aposta no poder da literatura em acolher a alteridade e construir relações num mundo cada vez mais polarizado e opressor.

; Amaral, Henrique Provinzano (Tradutor) -

Henrique Provinzano Amaral, nascido em Ribeirão Preto, SP, em 1993, é tradutor, pesquisador e poeta. Doutor em Letras Estrangeiras e Tradução pela Universidade de São Paulo (USP), com estágio doutoral na Université Sorbonne-Paris-Nord, atua como professor de Língua, Literatura e Tradução em Francês na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). É autor dos livros de poemas Quatro cantos (Patuá, 2020) e As lágrimas das aves migratórias (no prelo). Como tradutor e pesquisador, dedica-se sobretudo às literaturas caribenhas francófonas, tendo publicado a antologia Estilhaços: antologia de poesia haitiana contemporânea (Selo Demônio Negro, 2020), além de traduções de Édouard Glissant, Jan Mapou, Jean D’Amérique, Souleymane Bachir Diagne e Sam Bourcier, entre outros.

; Mingote, Michel (Posfácio)

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