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Livro Impresso

Trens rigorosamente vigiados



literatura tcheca, Segunda Guerra Mundial, Bohumil Hrabal, resistência ao nazismo, romance de formação


Sinopse

“O incrível casamento do humor plebeu com a imaginação barroca” — assim Milan Kundera descreve a obra de seu compatriota e contemporâneo Bohumil Hrabal, um dos escritores mais importantes da literatura tcheca do pós-guerra.


Publicado em 1965, Trens rigorosamente vigiados é o seu livro mais conhecido, em boa parte devido ao filme homônimo de 1966, uma colaboração do autor com o diretor Jiří Menzel que recebeu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1968. Nesta novela, acompanhamos as angústias sexuais do jovem narrador Miloš Hrma em sua conturbada passagem para a vida adulta. O pano de fundo é o cotidiano pacato de uma pequena estação ferroviária, em cuja morosidade se imiscuem a resistência à ocupação nazista da Tchecoslováquia e a brutalidade dos eventos finais da Segunda Guerra Mundial. Através de uma prosa excêntrica, calcada no registro coloquial e capaz de saltar, numa mesma frase, do mais baixo calão ao lirismo mais elevado, Hrabal compõe uma narrativa que se equilibra o tempo todo entre o grave e o absurdo, o trágico e o burlesco.


Este é o primeiro livro de Bohumil Hrabal publicado no Brasil em tradução direta, a cargo de Luís Carlos Cabral. A edição traz ainda um ensaio biográfico de Šárka Grauová, professora da Universidade Palacký, da República Tcheca, escrito especialmente para esta edição.

Metadado adicionado por Editora 34 em 30/09/2025

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Metadados adicionados: 30/09/2025
Última alteração: 06/10/2025

Autores e Biografia

Hrabal, Bohumil (Autor) -

Bohumil Hrabal nasceu em 1914 em Brno, região da Morávia, e passou a infância em Nymburk, onde seu padrasto administrava uma pequena maltaria e cervejaria. Após se formar no ginásio de Nymburk, mudou-se para Praga, onde começou o curso de direito na Universidade Carolina, estudos que foram interrompidos pela ocupação nazista e o decorrente fechamento de todas as universidades do país. Durante sua vida, ocuparia uma série de empregos pouco convencionais para um intelectual: foi escriturário, ferroviário, corretor de seguros, caixeiro-viajante, operário de siderúrgica, montador de cenários no Teatro S. K. Neumann, onde atuava como figurante ocasional, e operador de prensas numa indústria de reciclagem de papel. Teve uma estreia literária tardia, quase aos 50 anos de idade, tornando-se conhecido na Tchecoslováquia já com os primeiros livros, Uma pérola no fundo (1963) e Pábitelé (1964). Obteve reconhecimento internacional com Trens rigorosamente vigiados (1965), cuja adaptação para o cinema, com roteiro do próprio Hrabal e direção de Jiří Menzel, foi premiada em 1968 com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Nesse mesmo ano, em reação às reformas encadeadas pela Primavera de Praga, ocorre a invasão do país pela União Soviética e países do Pacto de Varsóvia. Junto com outros escritores, Hrabal é impedido de publicar. Durante os sete anos de “silêncio” que se seguiram, escreve seus livros mais famosos, cujos manuscritos tiveram ampla circulação ilegal antes de virem a público: Eu servi o rei da Inglaterra (1971) e Tosquias (1974), também adaptados para o cinema com sucesso, e Uma solidão ruidosa (1976). Nas décadas seguintes, Hrabal dedicou-se ao gênero memorialista, introduzindo experimentalismos formais, como em Vita nuova (1987), escrito sem qualquer sinal de pontuação. Considerado um dos maiores escritores tchecos do século XX, Hrabal soube se equilibrar entre uma imensa liberdade criativa e as demandas de uma época autoritária, forjando um estilo único, a um só tempo trágico e bonachão. Foi também um escritor profícuo: no ano de 1997, em que morreu ao cair da janela de um hospital, já havia publicado mais de oitenta livros.

; Cabral, Luís Carlos (Tradutor) -

Luís Carlos Cabral é um tradutor literário de renome. Verteu diversos títulos do espanhol, entre eles Três tristes tigres, de Guillermo Cabrera Infante (José Olympio, 2009), que recebeu o 2º lugar no Prêmio Jabuti em 2010. Do tcheco, traduziu Malá Strana: vestígios de Praga, de Jan Neruda (Record, 2011), Prêmio Paulo Rónai da Fundação Biblioteca Nacional em 2011; As aventuras do bom soldado Švejk, de Jaroslav Hašek (Alfaguara, 2014), 2º lugar no Prêmio Jabuti em 2015; e A guerra das salamandras, de Karel Čapek (Record, 2011).

; Grauová, Šárka (Posfácio)

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