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Livro Impresso

Jacarandá
Romance



genocídio de Ruanda, romance de memória, reconciliação e trauma, literatura africana contemporânea, identidade e diáspora africana


Sinopse

Jacarandá conta a história de Milan, garoto criado em um subúrbio de Paris, filho de pai francês e mãe ruandesa. Em 1994, ano do genocídio ruandês perpetrado pelos hútus contra os tútsis, Milan se depara com as imagens desse conflito exibidas pelos jornais franceses. Tempos depois, embarca numa viagem de retorno a Ruanda, buscando entender os silêncios profundos de Venancia, sua mãe, e as origens de sua família nesse país. Lá conhece Stella, filha de Eusébie, sobrevivente dos massacres. Através do seu olhar, acessa o sofrimento de um luto coletivo ainda em curso. Conhece também o ímpeto de uma sociedade que almeja se reinventar coletivamente depois da experiência do horror extremo.


Se Jacarandá é sobre a dor e as feridas abertas do genocídio ruandês, ele é também uma ode à vida. Com escrita poética e ouvidos atentos, o autor mobiliza afetos, revisita memórias, evoca gestos mínimos que sustentam a humanidade diante da catástrofe. Ao longo da narrativa, os conflitos não são apagados, tampouco resolvidos, eles ganham forma no entrelaçamento de vozes e no esforço cotidiano de reconstruir vínculos. Como a árvore que dá título ao livro, cujas raízes atravessam gerações, o romance acolhe os mortos e afirma a força de permanecer vivo num mundo cindido, que trilha com coragem os caminhos difíceis da reconciliação.


Nascido no Burundi, Gaël Faye é escritor, compositor, rapper e cantor franco-ruandês. Jacarandá, sucesso de público e crítica em diversos países, é o seu segundo romance.

Metadado adicionado por Editora 34 em 27/06/2025

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Metadados adicionados: 27/06/2025
Última alteração: 27/06/2025

Autores e Biografia

Faye, Gaël (Autor) -

Nascido no Burundi em 1982, Gaël Faye é escritor, compositor, rapper e cantor franco-ruandês. Filho de pai francês e mãe ruandesa, refugiou-se na França em 1994 com a irmã, escapando da guerra civil que devastou seu país. Em Paris, durante a adolescência, descobriu o rap e o hip-hop, estilos que marcariam sua trajetória artística. Formou-se em Finanças e trabalhou em Londres antes de abandonar o mercado financeiro, em 2008, para dedicar-se integralmente à música. No mesmo ano, fundou o grupo de rap Milk Coffee & Sugar e, mais tarde, gravou seu primeiro álbum solo, incluindo canções como “Petit pays”, que homenageia o Burundi e evoca a experiência do exílio na França. Essa música inspirou seu primeiro romance, Petit pays (2016), vencedor do Prix Goncourt des Lycéens, publicado no Brasil como Pequeno país. Seguiram-se obras como L’ennui des après-midi sans fin (2022), evocação poética da infância do autor no Burundi, e, em 2024, Jacaranda, seu segundo romance. Aclamado com o Prix Renaudot, o livro aborda as consequências do genocídio de 1994 em Ruanda, entrelaçando memórias pessoais e coletivas por meio dos percursos de Milan e Stella, personagens marcados por silêncios, perdas e tentativas de reconciliação. Dois anos antes, Gaël Faye já havia lançado um EP intitulado Mauve Jacaranda que incluía a canção “Butare”, nome da cidade ruandesa onde morou a sua avó materna. Desde 2015, Faye vive em Kigali, onde segue desenvolvendo seus projetos artísticos e literários.

; Botaro, Mirella do Carmo (Tradutor) -

Nascida em São Paulo, em 1986, Mirella do Carmo Botaro reside atualmente em Paris, onde desenvolve atividades de pesquisa, ensino e tradução. É doutora em Estudos Brasileiros, Portugueses e Africanos Lusófonos pela Sorbonne Université. Vencedora do prêmio de tese GIS Études Africaines en France/CNRS e de uma menção honrosa do prêmio de tese da associação de Brasilianistas da Europa (ABRE), sua pesquisa aborda as relações literárias entre a África e o Brasil sob a perspectiva da tradução. Traduziu no Brasil, entre outras obras, Pelourinho, de Tierno Monénembo.

; Camargo, Raquel (Tradutor) -

Nascida em João Pessoa, em 1987, Raquel Camargo é tradutora, editora e pesquisadora. É doutora em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), com estágio doutoral na Sorbonne Université. Em sua tese, dedicou-se ao estudo de transferências linguístico-culturais que permeiam a atividade tradutória, com foco no romance Là où les tigres sont chez eux, de Jean-Marie Blas de Roblès. Como tradutora, trabalha prioritariamente com literatura africana francófona e literatura contemporânea francesa, tendo traduzido, no Brasil, autores como Patrick Chamoiseau, Gaël Faye, Abdellah Taïa, Scholastique Mukasonga, David Diop, Françoise Vergès, Monique Wittig e Pauline Delabroy-Allard, entre outros.

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