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Nossa vingança é o amor: antologia poética (1971-2024)



Cristina Peri Rossi, poesia latino-americana, exílio e resistência, poesia feminista, autoras uruguaias, poesia bilíngue espanhol-português


Sinopse

Poeta, romancista, contista, ensaísta e tradutora, Cristina Peri Rossi (Montevidéu, 1941) é uma das principais escritoras de língua espanhola do nosso tempo. Com mais de quarenta livros publicados e traduzida para mais de vinte idiomas, recebeu diversos prêmios por sua obra, entre eles o Prêmio Cervantes, em 2021.


De um lirismo contundente, seu primeiro livro de poemas, Evoé, lançado em 1971, causou escândalo ao explorar o erotismo lésbico. No ano seguinte seus livros foram censurados e seu nome foi proibido nos meios de comunicação em seu país. Em outubro de 1972, às vésperas do golpe que implantaria a ditadura militar no Uruguai, fugiu para a Europa e exilou-se em Barcelona, onde vive até hoje.


Consciente de que “O poeta não escreve sobre as coisas/ senão sobre o nome das coisas”, criou uma obra multifacetada, não dogmática, atravessada pelos temas do exílio, do desejo — em suas múltiplas dimensões — e por um anseio constante de transgredir toda ordem estabelecida pelo sistema patriarcal. Nossa vingança é o amor reúne — em edição bilíngue, com seleção e tradução de Ayelén Medail e Cide Piquet — 150 poemas de seus dezoito livros de poesia, além do discurso da autora para o Prêmio Cervantes e de um posfácio assinado por Ayelén Medail. “No sonho/ eu quis perguntar/ à bela gladiadora/ qual era o sentido do combate/ por que a luta/ qual era o troféu.// Sorriu e me disse:/ Luta-se/ apenas/ porque se vive.”

Metadado adicionado por Editora 34 em 09/05/2025

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Metadados adicionados: 09/05/2025
Última alteração: 09/05/2025

Autores e Biografia

Rossi, Cristina Peri (Autor) -

Cristina Peri Rossi nasceu em Montevidéu, no Uruguai, em 1941, filha de Julieta Rossi, professora primária, e Ambrosio Peri, trabalhador têxtil, ambos descendentes de imigrantes italianos. Começa a estudar Biologia na Universidade de Montevidéu, mas se forma em Literatura Comparada pelo Instituto Artigas, onde, em 1964, obterá uma cátedra universitária. Paralelamente à docência, dedica-se à escrita e à militância política na esquerda independente. Em 1963 publica seu primeiro livro, Viviendo, que reúne três narrativas breves, e em 1969 saem Los museos abandonados e El libro de mis primos, sendo então reconhecida como uma das escritoras mais importantes de sua geração por nomes como Mario Benedetti e Julio Cortázar. Em 1971 publica seu primeiro volume de poemas, Evoé, causando escândalo ao explorar o erotismo lésbico. Em 1972 sua obra é censurada e Cristina perde sua cátedra. Em outubro de 1972 foge de navio para a Espanha. às vésperas do golpe militar uruguaio de 1973. Radica-se então em Barcelona, onde trabalha como professora de literatura, tradutora e jornalista, publicando em periódicos como El País, Diario 16, La Vanguardia e El Mundo. Desenvolve também uma intensa carreira literária, dedicando-se à poesia, ao romance, ao conto e ao ensaio, e tem mais de quarenta obras publicadas, dentre elas Julio Cortázar y Cris (2014), sobre sua amizade com o escritor, La insumisa (2020), uma autobiografia ficcional, e Fata Morgana (2024), seu mais recente livro de poemas. Em 2021 foi a sexta mulher a ganhar o Prêmio Cervantes de Literatura, o mais importante da língua espanhola. Vive em Barcelona.

; Medail, Ayelén (Tradutor) -

Ayelén Medail nasceu em Entre Ríos, na Argentina, em 1987, e é pesquisadora, tradutora, editora e professora. Graduada em História pelo Instituto Superior de Profesorado Dr. Joaquín V. González (Buenos Aires) e em Letras pela UNIP (São Paulo), possui mestrado em Ciências da Comunicação e Cultura pelo Programa de Pós-Graduação em Integração Latino-Americana da USP, onde estudou a poética de Alfonsina Storni, Gabriela Mistral e Juana de Ibarbourou. Reside no Brasil desde 2012, onde cursa o doutorado em Letras na USP, pesquisando os ensaios de Gabriela Mistral a partir de uma abordagem crítica feminista. É editora da revista Entrecaminos, do Programa de Pós-Graduação em Letras e Literatura Espanhola e Hispano-Americana da USP, e da revista Canarana, de arte e cultura. Como professora, atua no Instituto Cervantes de São Paulo. Traduziu, entre outros, O jardim onírico de Clarice Lispector, de Daniela Tarazona (2024), Saboroso cadáver, de Agustina Bazterrica (2022), A arte do erro, de María Negroni (2021) e História do leite, de Mónica Ojeda (2021).

; Piquet, Cide (Tradutor) -

Cide Piquet nasceu em Salvador em 1977 e estudou Letras na USP. É editor, tradutor e poeta. Trabalha na Editora 34 desde 1999, atuando especialmente nas coleções de poesia, literatura russa e literatura estrangeira. Traduziu 20 haicais de Issa, de Kobayashi Issa (Igarapé, 2020, e-book disponível na plataforma Issuu), Só para maiores de cem anos, de Nicanor Parra (Editora 34, 2018, com Joana Barossi), Esta vida: poemas escolhidos, de Raymond Carver (Editora 34, 2017), e Histórias para brincar, de Gianni Rodari (Editora 34, 2007), entre outros. Publicou traduções de ensaios e poemas em livros, revistas e antologias como Serrote, Piauí, Modo de Usar & Co., Escamandro e Revista Cult. De sua autoria, publicou as plaquetes malditos sapatos: 18 poemas de amor e desamor (Hedra, 2013, coleção Sem Chancela) e Poemas e traduções (Quelônio, 2017), além de colaborações em blogs, revistas e antologias. Ministrou cursos, palestras e oficinas sobre edição e tradução na Casa Guilherme de Almeida, Casa das Rosas, Espaço Cult, Universidade do Livro da UNESP e na Escola de Comunicações e Artes da USP, em São Paulo.

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