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Livro Impresso

Luto à flor da pele
tatuagens in memoriam em leitura psicanalítica



luto, tatuagem, memória


Sinopse

Enquanto signo não standard de luto, as tatuagens surpreendem pela rápida e ampla absorção não só entre jovens. Quando iniciamos nosso estudo, nos perguntávamos sobre o estatuto desse signo e sua função no luto, intrigados como estávamos se esse tributo não seria apenas mais uma “nova onda ornamental” no contexto da banalização da morte e do luto ou até mesmo uma forma de negação. Mas quem realmente teria a palavra para dizer o que se passa senão os sujeitos tatuados por ocasião de luto?

Se atualmente o luto é vivido solitariamente, sem contar tanto quanto no passado com o suporte dos ritos e do público que o acompanhava, sobra cada vez mais para o sujeito a tarefa de encontrar ou inventar um modo particular de ritualizar o pesar fazendo valer o direito à memória e à rememoração (logo, comemoração) dos mortos.

Nesse contexto, as novas expressões de luto parecem responder à persistente necessidade humana de fabricar signos para se lembrar dos mortos conferindo-lhes alguma duração. Mas não só. No luto que abre um “furo no real”, convoca-se nada menos que todos os recursos simbólicos e imaginários para forçar, no furo, uma escrita possível da perda. Se “a pele é o que há de mais profundo no homem”, como escreveu o poeta, a tatuagem in memoriam transita entre dois registros, o do visível e o do invisível. Sua presença é uma sombra, a marca de uma ausência irremediável.

Metadado adicionado por Blucher em 07/07/2022

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ISBN relacionados

9786555060843 (ISBN do e-book em ePUB)


Metadados adicionados: 07/07/2022
Última alteração: 05/01/2023
Última alteração de preço: 05/01/2023

Autores e Biografia

Pinho-Fuse, Miriam Ximenes (Autor)

Sumário

Introdução
1. A interdição do luto
2. A prescrição do luto
3. Novas modalidades de relação com os mortos

1. A dessocialização da morte
1. Figurações da morte em três tempos
2. Luto desritualizado, luto privado
3. A morte redescoberta

2. O luto em seu caráter público ou o luto como ritual social
1. O que são ritos?
2. Rituais fúnebres: revisitando os clássicos
3. Perspectiva, finalidade e funções dos ritos fúnebres
4. Pelo direito ao rito
5. Reconfigurações dos ritos no contemporâneo 206

3. “Essas coisas têm de subsistir de alguma forma”: modos de se resistir à transitoriedade
1. A procriação e a glória, ou o nome e o renome
2. O túmulo literário ou a posteridade em letras

4. Uma analítica do luto
1. Freud: o trabalho do luto
2. Dos limites da rememoração: no meio da travessia, o real
3. Lacan: luto furo no real
4. Uma escrita do luto

5. Luto à flor da pele: as tatuagens in memoriam
1. Uma escritura corporal
2. Luto encor(ps): o tributo encarnado
3. Um rito fúnebre individual

6. À flor da pele

Referências

Apêndice: O problema de Hamlet – Balizamentos e anotações marginais ao seminário de Lacan “O desejo e sua interpretação”
Uma breve incursão por Elsinore
As origens da peça
O texto da peça
O estilo precioso do bardo
O problema de Hamlet: soluções
Ellas Sharpe com Hamlet
Referências



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